Você teve sua chance e a desperdiçou. Jogaste meu amor no lixo, todo o tempo que doei a ti, ignoraste no teu julgamento e me deixou a deriva, sozinha num mar de tristeza.
Mas agora corra, se afaste de vez. Não adianta, não quero cair mais nos seus l...
É quinta!!!! E amanhã sai Rare, álbum novo da Sel...
Torcendo pra ter música pra ajudar na fic? Com certezaaaaaaa
Enfim, mais um cap antes de finalmente os núcleos se encontrarem, eh isso.
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SELENA
Júnior estava a minha frente, sério. Os braços cruzados e a postura defensiva, o deixavam ainda mais intimidador. Meus lábios se fecharam e um resmungo saira de minha garganta.
— Você realmente acha que é o certo?!
— Não, eu não acho — respirei fundo. — Mas é tudo que eu posso fazer.
— Lena...
— Eu sei que é pedir demais, que posso estar te prejudicando apenas com essa hipótese porque... porque eu sei o quanto você ama meus bebês — engulo em seco, prendendo o choro mais uma vez. Minhas mãos tremiam sob minhas pernas e eu mal podia olhá-lo nos olhos. — Estou desesperada, Júnior. Apavaroda!
— Ele não tem direito nenhum, renegou isso à tempos! Tem ideia do que ele pode fazer comigo?! — ergueu os braços — Não que eu tenha medo dele, mas...
— Vocês se enfrentam em campo e isso pode ser ruim para ambos — resmunguei —, sim eu sei disso.
— Escute Lena, eu amo vocês três — sua feição se suavizou —, de todo meu coração! Mas não me peça para entrar numa mentira enorme apenas porque você se sente insegura, o que você não deveria sentir.
— Mas eu me sinto! Amanhã estou embarcando pra um lugar onde pensei que não ousaria pôr os pés enquanto ele estiver lá. E, para completar, com meus filhos que ele rejeitou!
— Eu não posso e não quero me envolver num possível e muito provável escândalo desse nível, Lena. É perigoso demais, pense na cabeça dos seus filhos e em como eles poderiam ficar confusos com tudo isso — argumenta.
— Tenho medo dele os ver e perceber que são seus filhos, que ele os tire de mim ou que...
— O Paulo pode ter sido um canalha escroto quando fez o que fez contigo, mas duvido que ele seria tão cruel assim. Não é do feitio dele — e nesse momento, uma risada amarga sai pela minha garganta.
— Ah, claro, esqueci que vocês são amigos de pelada — Ney me ignora e levanta, sentando-se ao meu lado e abraçando-me forte.
— Não vou fingir ser o pai dos seu filhos, mas continuarei sendo o melhor padrinho do mundo para eles e, se eles quiserem me chamar de papai um dia, eu aceitarei com todo amor do mundo — sorrio emocionada. No final das contas, a vida me trouxe o melhor amigo que eu poderia ter. — E, também, se eles me chamarem assim na frente do Dybala, quem será eu para os corrigir não é?
