- Parece que só aqui pra gente se encontrar. - disse Marina.
Valentina sorriu por ser um rosto conhecido.
- O que você faz aqui? - perguntou Valentina.
- Estamos comemorando o aniversário de um funcionário do hospital e você? - perguntou Marina.
- Botando a cabeça em ordem. - disse Valentina.
- Até demais. - se divertiu Marina ao ver o estado de Valentina.
- Vem, comemora com a gente, depois eu te levo em casa. - disse Marina.
Valentina foi e conheceu os colegas de Marina que eram divertidos, continuaram ali rindo e bebendo até Valentina não enxergar quase nada a sua frente.
- Você veio de carro? - perguntou Marina.
- Sim. - disse Valentina com a voz embolada.
Marina pegou a chave de Valentina e a colocou no carro.
- Não precisa, eu to bem. - disse Valentina.
- Esta sim. - concordou Marina e ligou o carro.
Chegou ao apartamento de Valentina.
- Chegamos. - disse Marina.
Valentina estava dormindo no banco ao lado e Marina teve que acorda-la
- Vamos eu te ajudo a subir. - disse Marina.
Marina deitou Valentina na cama e ela a empurrou para cima dela.
- Não te faz de difícil. - disse Valentina.
- Você ta muito bêbada. - disse Marina.
- Para com isso, Sophia, vem aqui. - repetiu Valentina de forma embolada.
Marina a deitou e saiu do quarto, pegou água e analgésico e colocou do lado da cama. Dizem que a bebida entra e a verdade saí, Marina percebeu então quem era a mulher que Valentina estava apaixonada.
No outro dia Valentina acordou com muita dor de cabeça viu um analgésico ao lado da cama e tomou com um pouco de água. Tentou se lembrar como tinha chegado em casa, mas na sua mente só haviam flashes sem sentido. Lembrou de ter entrado em um carro mas não sabia com quem.
Só lembrava do bolo que Sophia havia dado nela, não se prestou a avisar, talvez tenha caído em si e voltado para sua noiva, fato era que Valentina não iria correr atrás.
Levantou e tomou um banho, foi até a sala e encontrou Marina dormindo no sofá. Aquele sofá estava virando uma cama naquela casa ultimamente. Foi até Marina e aos poucos ela foi acordando.
- Bom dia. - disse Marina.
- Bom dia. - respondeu Valentina sem graça sem saber ao certo o que havia acontecido na noite anterior.
- Você não lembra de nada, não é? - se divertiu Marina.
- Muito pouco. - disse Valentina.
- Eu peguei seu carro e te trouxe até em casa, acabei dormindo no sofá. - disse Marina.
- Não rolou mais nada? - perguntou Valentina.
- Não, mas teria rolado se eu me chamasse Sophia . - disse Marina.
Se abrisse um buraco naquele momento Valentina queria entrar de cabeça e nunca mais aparecer.
- Você chamou o nome dela. - disse Marina.
- Desculpa eu... - começou Valentina.
- Não precisa dizer nada, eu notei a tensão entre vocês o dia que ela esteve aqui. Você deve realmente ama-la. - disse Marina.
- Ela me perturba demais é a minha kriptonita. - disse Valentina sem graça.
- Eu entendo. - disse Marina.
- O mínimo que eu mereço é um café, por ter salvo você. - brincou Marina.
- Claro. - disse Valentina indo até a cozinha preparar o café da manhã.
As duas saíram de casa juntas e foram cada uma para seu trabalho. Valentina pediu para a secretária marcar um dia para Sophia e sua cliente assinaram os papéis do divórcio, para em fim fechar o ciclo Sophia de sua vida.
Depois de um tempo a secretária voltou a sala de Valentina, informando que a reunião teria que ser adiada pois Pérola estava em coma.
- Como assim? Que história é essa? - perguntou Valentina.
- Não sei, senhora a corporação Bush me repassou essa informação.
Será que era por isso que Sophia não tinha ido ao jantar? Várias teorias surgiram na cabeça de Valentina, ela precisava saber a verdade. Pegou o celular e ligou para Julio, ele saberia de tudo.
- Oi Julio.
- Oi Val, se não é a minha ex empregada modelo. - brincou ele.
- Desculpa te ligar assim, mas queria saber notícias de Pérola. - disse Valentina.
- Ela acabou ingerindo várias pílulas e agora esta em coma. Sophia esta lá com ela. - disse Julio.
- Você poderia me dizer em qual hospital, Julio? Queria fazer uma visita. - disse Valentina.
Julio passou o endereço do hospital e Valentina não pensou duas vezes ao sair do escritório.
- Cancela todos os meus compromissos de hoje. -ordenou.
Chegou no hospital e foi procurar pelo quarto de Pérola, a recepcionista informou que só familiares podiam vê-la. Para sua sorte Marina estava entrando na recepção e viu Valentina.
- Duas vezes no mesmo dia, vou enjoar de você. - brincou Marina.
- Vim ver uma amiga, mas só a família pode entrar. - disse Valentina.
Marina foi até a recepção falou alguma coisa com a secretária que Valentina não conseguiu ouvir.
- Me acompanha. - disse Marina.
Marina levou Valentina até o quarto de Pérola.
- Você tem 10 minutos. - disse Marina saindo dali.
Valentina entrou no quarto e viu Pérola aparentemente dormindo, ao seu lado numa poltrona estava Sophia dormindo com uma cara péssima.
Valentina foi até ela e fez um carinho em seu rosto despertando-a.
- Val? - disse Sophia acordando.
- Sou eu. - disse Valentina.
Sophia levantou da poltrona e a abraçou, Valentina retribuiu e elas ficaram naquele abraço durante algum tempo.
- Como ela esta? - perguntou Valentina depois de saírem do abraço.
- Em coma pode acordar amanhã ou só Deus sabe quando. - disse Sophia.
- Entendo. - falou Valentina.
- A culpa é minha Val, eu causei isso a ela. - disse Sophia engolindo lágrimas.
- Você não fez nada, por mais triste que possa parecer ela fez uma escolha. Vem cá. - disse Valentina puxando Sophia novamente para seus braços
- Você quer um café, comer alguma coisa? - perguntou Valentina.
Sophia fez sinal com a cabeça que não.
- Vamos até o refeitório do hospital comprar algo para você. - disse Valentina.
- Eu não quero deixa-la sozinha. - disse Sophia.
- Eu falei com Julio ele vem daqui a pouco, o único problema é que só estão permitindo a presença de familiares no quarto. - disse Valentina.
- Eu vou resolver isso ja, você fica aqui com ela? - pediu Sophia.
- Claro. - falou Valentina e Sophia saiu do quarto.
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Amor Improvável - 2° temporada
RomanceSophia e Valentina viveram um amor torrido cheio de paixão e desentendimentos, o orgulho fez com que cada uma seguisse o seu destino. Passados 4 anos as duas tinham seguido as suas vidas separadamente, mas quis o destino que elas se reencontrassem d...