Capítulo 13

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THOMAS


-Toda reunida? – perguntou Samuel. -Isso significa que...

-Meu pai e o Tio Pedro chegaram – completei. -Eu vou precisar subir agora – disse me levantando do chão. Estendi a mão para a Luísa levantar e o Samuel que lute.

-Okay, Tommy. Eu também preciso ir agora. Tenho um trabalho pra terminar.

-Também vou mano, eu tenho algo pra fazer aaaaaaaaaaaaa – bradou Samuel do nada nos assustando. -AGORA TUDO FAZ SENTIDO.

-Agora, Muca? Sério.

-Não isso, Lu – respondeu ele se virando pra mim. -Agora faz sentido o fato de você sempre ter rejeitado qualquer ideia de eu ir trabalhar pra sua família. Você sempre me jogava a desculpa de que você é meu amigo e não daria certo, mas eu nunca comprei e achava que tinha algo a mais.

-Aé – disse coçando a cabeça com uma expressão de culpado enquanto arrumava as coisas do quarto para poder sair. -Tem isso também.

-Bem. Agora eu entendo totalmente – falou ele enquanto saíamos do quarto. -Graças a Deus eu não trabalho pra sua família – parei de girar a chave na porta e virei pra ele com uma cara de incredulidade. -Não me leve a mal, mas se quiser, me leve a Berlim.

Descemos as escadas rindo descontraidamente do comentário dele. O clima estava bem mais leve e eu estava me sentindo melhor depois de contar tudo pra eles.

-Voltem bem e me avisem quando chegarem em casa – disse aos dois que já estavam dentro do elevador.

-Okay, papai Thomas.

-Até mais, Tommy.

-Até. Amo vocês.

-Também te amamos – disseram ambos em uníssono logo antes da porta fechar. Esperei que o elevador descesse até o térreo e voltasse para o meu apartamento para que eu pudesse subir até a cobertura.

Assim que eu cheguei no apartamento dos meus pais, eu fui até a mesa de jantar e era exatamente lá que todos os homens das famílias estavam, exceto o Eduardo, que provavelmente deve ter ficado aos cuidados das mulheres, já que iríamos discutir exatamente sobre ele.

-Filho – disse meu pai vindo até minha direção e me dando um abraço.

-Saudades, pai – de fato eu sentia muitas saudades do meu velho. Todos nós tínhamos muito carinho e respeito por nossos pais, pois eles que nos deram foco e nos ensinaram sobre responsabilidade durante a fase mais "descontrolada" da nossa vida, que foi a adolescência. -Saudades suas também, Tio Pedro.

-Thomas – falou o pai dos Ferreira enquanto me abraçava.

-Bem – disse o meu pai se sentando numa das cadeiras da cabeceira da mesa enquanto todos nós nos ajeitávamos nas mesmas. -Vamos ser breves porque eu e o Pedro vamos voltar amanhã à noite.

-Mas já? – perguntou o Nicholas. -Achei que vocês iam ficar até quinta ou sexta.

-Bem que queríamos, filho, mas temos muito trabalho a fazer lá em Northampton.

-Mas não se preocupe jovem, em 3 semanas estamos de volta – a família iria se reunir novamente para o aniversário do Eduardo, que seria em uns 20 dias. -Agora indo direto ao assunto. O que sabemos sobre o ataque? – nesse momento todos olharam para mim em busca de uma resposta.

-A companhia e a unidade ainda estão analisando as balas e os veículos. Não teremos uma resposta concreta até, pelo menos, o fim da semana.

-Okay. Então vamos trabalhar com o que podemos fazer agora – disse o meu pai. -O André foi ferido e não poderá operar por 2 semanas pelo o que eu fiquei sabendo.

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