Guardião - Livro I

Capítulo 11

THOMAS

-O abraço tá bom, Luizinho, mas eu vou cumprimentar o resto da família – disse o Nicolas se desgrudando do loiro e indo em direção ao Fernando. -Uurg – Nicolas fez uma cara de nojo. -Você não... Robertinhaaa – todos rimos enquanto meu irmão ignorava totalmente meu outro irmão e dava um abraço caloroso na Ferreira morena.

-Que saudades de ti, Nico – quando Roberta e Nicolas se juntavam, ninguém saia ileso. Esses dois juntos é a receita perfeita para o desastre.

-Também senti, Rô – ele logo desgrudou dela e veio em minha direção. -Uurg, você também não – ele passou direto por mim e foi até o Eduardo. -Duduzinhoooo.

-Cuidado com ele, Nicolas – adverti involuntariamente e pude perceber, de canto de olho, a Roberta me olhando e franzindo a testa.

-Fica calmo aí, senhor Surto – disse o ser mais teimoso desta Terra abraçando o Edu com a maior delicadeza.

-Sinceramente, eu devo ser a pessoa mais gentil e paciente deste mundo, porque aturar esse garoto não é fácil – falou Marcela assim que entrou na sala. -Oi, gente.

-Mana – Roberta logo levantou e foi dar um abraço na irmã mais velha. -Cadê a Tina?

-Ela e o Victor ficaram lá em Austin – Victor Thompson é o marido da Marcela e pai da linda Valentina. Eles se conheceram 6 anos atrás num encontro de negócios e começaram a se conhecer algumas semanas depois. Eles oficializaram o namoro 1 ano depois e se casaram depois de mais 3. No ano passado, o xodó da família inteira nasceu e conquistou o coração de todos. Durante parte da gravidez da Marcela, quem cuidou da empresa foi o Victor. Ele conquistou confiança o suficiente do Tio Pedro para que pudesse cuidar do domínio da filha dele enquanto a mesma se preparava para dar à luz a primeira neta dele. Atualmente, ele é Vice-Presidente da DeFerro Ferreira localizada em Austin, que possui distribuição para toda a América do Norte e metade da América Central. Valentina Ferreira Thompson é o bebê mais lindo que existe, e nada mais importa além da minha opinião. Sempre que eu vejo seus olhos castanhos e seu rosto alegre eu sinto uma vontade imensurável de ter um filho, só para poder amá-lo e cria-lo, e um dia eu realizarei esse sonho. -Eu vim as pressas mesmo por causa do aviso.

-Saudades, irmã – disse o Luiz dando um abraço na Ferreira loira.

-Também, meu amor. Thomas, como vai? – perguntou se virando pra mim para me dar um abraço. -Fez a barba. Ficou diferente.

-Não é – adicionou Berta.

-Eu vou bem, Mar. Como vão as coisas nos States?

-O mesmo de sempre, tirando que é primavera e tá começando a fazer um calor horroroso. Parece até Salvador em qualquer dia do ano.

-Not wrong tho – disse Fernando sentado no sofá, que logo também recebeu um abraço.

-E como vai você, Nandinho?

-Eu vou bem – respondeu meu irmão mais novo com um sorriso no rosto.

-Bem até demais – disse Roberta com um tom de deboche na voz.

-Inveja, querida? – rebateu Fernando com o mesmo deboche.

-Nos seus sonhos, querido – era possível sentir a onda de ironia emanando dos dois.

-Meu precioso – falou Marcela chegando próxima do Eduardo. -Sai pra lá, coisa.

-Nossa, Marcelinha. Assim você fere meus sentimentos – disse Nicolas com um tom super dramático na voz.