THOMAS
Praticamente 1 semana se passou desde a cirurgia. O estado de saúde do Edu saiu da zona de risco, mas ele permanecia em coma. Ele não respirava mais por aparelhos e era alimentado intravenosamente.
Toda a família ainda se encontrava reunida em Salvador. Para conseguir manter o gerenciamento das empresas, nossos pais decidiram se tornar Diretores Interinos das duas companhias-base da família, além de continuar gerenciando as filias da Inglaterra. Salas foram montadas para que o resto do pessoal também possa comandar suas empresas a partir da base. Como Roberta já se encontrava no fim do semestre, ela retornou para São Paulo no começo da semana para realizar suas provas finais, e entrou em um acordo com os professores para que eles corrigissem os seus exames imediatamente, para que ela tivesse a nota final. Assim, se ela fosse para a recuperação de alguma, ela já a realizaria na próxima semana, voltando para cá logo depois. Felizmente ela foi aprovada em todas as matérias e neste momento está em um avião de volta para a cidade.
Era um sábado ensolarado com algumas nuvens no céu. Eu, meus irmãos, Luiz e os nossos seguranças estávamos todos no prédio da companhia, repassando nosso plano de ataque à base de operações do Leandro. Ele sabia que nós havíamos descoberto sua participação em toda a tramoia montada contra o Edu, mas não sabia que nós tínhamos descoberto onde ele estava fazendo toda essa merda. Todavia, hoje ele vai ter uma surpresa.
Nós relembramos as instruções e as medidas que devíamos tomar. Todos estavam usando colete de proteção na frente e nas costas, além dos revólveres, alguns com dois, alguns com apenas um.
Meus irmãos também estavam com ataduras protetoras em suas mãos, já que eles poderiam precisar usar suas habilidades de luta corporal na invasão. Luiz Gabriel possuía sua katana presa a sua cintura e a mini-besta de Roberta estava à sua espera.
Não demorou muito para que a última pessoa chegasse na base da companhia. Beta já estava devidamente pronta, com seu cabelo preso, sua roupa de combate e seu colete posicionado. Fernando a atualizou dos últimos detalhes enquanto ela posicionava sua arma em seu punho, enquanto todos nós nos movíamos para os carros.
A base de operações do Leandro ficava numa região um pouco afastada da cidade, numa área de transição entre duas cidades litorâneas da Região Metropolitana de Salvador. Nós saímos ao por do sol, chegando no local quando já estava tudo escuro. Nas investigações feitas no local, a Companhia descobriu que a ronda de guardas era menor neste período, o que facilitaria a nossa entrada, mas que ainda assim não seria fácil.
Contando comigo, meus irmãos, metade dos Ferreira, nossos seguranças, os agentes da Companhia e da Polícia Militar, éramos um total de 34. Nos dividimos em 4 carros e 2 vans. No primeiro carro, que ia na frente, estavam 4 policiais, que irão iniciar a invasão devido à autoridade deles. Na van que seguia logo atrás, mais 2 policiais e outros 8 agentes. Eles farão o reconhecimento primário do lugar, derrubando quem estiver na frente e abrindo o caminho. Na segunda van estão mais 8 agentes, o Ricardo, segurança do Luiz e o Roberto, segurança da Roberta. Eles se dividirão em duas entradas possuintes no prédio, que na verdade era mais um galpão dividido.
No carro logo atrás, eu, o Daniel e o Luiz iremos seguir com o primeiro grupo pela entrada à leste. Atrás de nós, Fernando, Juliano e Roberta irão pela outra entrada. E, por fim, os gêmeos e os seus seguranças darão cobertura pelo pessoal da linha de frente.
Pelas nossas contas, é possível que encontremos por volta de 40 capangas, já que Leandro provavelmente deve ter aumentado sua segurança por precaução.
Chegamos próximo ao grande galpão onde o grande inimigo da família pode estar localizado. Luzes eram avistadas de longe, indicando que havia movimentação de pessoas ali. Se Leandro não estiver lá, pelo menos derrubaremos a base deles, o que já vai ser um enorme avanço. Entretanto, eu realmente espero que tudo isso se acabe hoje, porque eu tenho medo de quem eu posso me tornar pra conseguir o que eu quero: a cabeça do filho da puta do Leandro numa bandeja de prata.
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Guardião - Livro I
RomanceIrmãos Castro-Hall - Livro 1 . Thomas é o irmão mais velho dentre os filhos da família Castro-Hall. Com seus apenas 22 anos, ele já é um dos líderes de empresa mais famosos do Brasil. Tendo uma criação voltada justamente para assumir este cargo, ele...