Capítulo 40 - Parte 2

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THOMAS


Com apenas um chute eu arrombei a porta e logo vi dois caras que apontaram suas armas pra mim, mas eu fui mais rápido e atirei neles, os matando. Somente um homem havia sobrado, assustado com o que havia acontecido.

Leandro estava tenso. Seu rosto exaltava medo e a sua expressão era de completo pânico.

-Até que enfim. Já estava ficando cansado de correr atrás de você, seu verme – eu continuava empunhando minha arma e apontando pra ele, que estava completamente desarmado. Um amador completo.

-Thomas, eu...

-Cale essa sua maldita boca, porra – disse extremamente enfurecido. Eu nunca havia sentido tanto ódio assim como neste momento. Meu corpo exalava raiva e eu podia ver que isso estava assustando o merdinha que estava na minha frente. -Se ajoelhe, filho da puta.

-Thomas... p-por favor – ver ele clamando misericórdia por sua vida me deixou realizado. Posicionei a boca do meu revólver bem grudado na sua testa, enquanto ele ficava de joelhos e totalmente exposto.

-Você é um grande desgraçado. Por sua culpa, a pessoa que eu mais amo está desacordada em uma cama de hospital. O que mais me dá raiva é saber que você é o culpado de toda a merda que aconteceu com o Eduardo. E pra quê? Pra tentar nos derrubar? Trabalhou tantos anos pra gente pra nada.

-Me matar não vai adiantar de nada – disse ele com a voz trêmula tentando botar alguma moral. -Tem pessoas comigo que podem fazer a mesma coisa. Vocês vão... – o som da minha arma sendo destravada o assustou e o fez parar de falar.

-Te matar vai enviar uma mensagem. Ninguém mexe com a minha família. Ninguém. Se eu precisar matar outros 100 iguais a você, eu matarei sem problema algum.

Nessa hora, Daniel, Nicolas e Fernando apareceram na sala, seguidos da Roberta e de mais um policial militar.

-Thomas. O que você vai fazer? – perguntou Fernando temerosamente.

-Nada demais, Nando. Não tem com o que se preocupar.

-Thomas – começou o policial. -Eu não te conheço, mas eu imagino que você deve estar sentindo muito ódio e muita raiva neste momento, mas deixe com que a justiça lide com ele. Pelas acusações e evidências, não tem como ele escapar de uma condenação muito longa.

A fala do policial me fez rir, um pouco descontroladamente, assustando meus irmãos e fazendo Leandro tremer ainda mais.

-Seria muito bom pra você, não é, Leandro? – questionei ironicamente. -Aposto que tudo que você quer agora é ser algemado e levado em uma viatura.

-Thom, eu sei que você quer fazer o certo pelo Edu – disse Roberta. -Vai por mim, eu mesma queria poder matar ele, mas não faça isso. Você sabe que se depender de nós ele nunca mais vai sair da prisão. Se você quer fazê-lo sofrer, essa é a melhor forma.

-Sabe, Berta. Eu admiro o seu senso de justiça – respondi aproximando meu dedo do gatilho. -Até porque foi isso que nossos pais nos ensinaram, que até mesmo o mais podre dos ratos merece ser julgado antes de ser condenado.

-Então, mano – falou Nicolas. -Nós já o pegamos, vai ficar tudo bem agora. O Edu vai ficar bem.

Por um momento eu parei para pensar no Eduardo. No seu rosto lindo, no seu sorriso descontraído, no jeito que ele toca o meu rosto enquanto me olha feito um bobão. Eu pensei se ele me perdoaria por isto. Se valeria a pena carregar esta sina comigo.

Suspirei profundamente, enquanto ainda pressionava minha arma rente à testa do desgraçado.

-Gente – falei chamando a atenção deles.

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