Guardião - Livro I

Arco IV - Capítulo 34

EDUARDO

Acordar ao lado do Thomas naquele dia foi maravilhoso. Sabe quando dizem que você muda depois de determinados acontecimentos? Eu conseguia sentir isso plenamente.

Ver o meu homem deitado e dormindo pacificamente do meu lado é uma das imagens que eu vou guardar pra sempre em minha memória. Seu rosto apresentava calmaria e o seu corpo estava relaxado. Também, depois da extensa noite que tivemos, não era pra menos. Thomas conseguiu me manter acordado até às 4 da manhã. Como? Eu não sei. Eu, Eduardo Ferreira, a pessoa que mais preza por uma boa noite de sono neste mundo, ficou acordado até tarde da madrugada, mas também não vou reclamar do motivo pelo qual eu fiquei acordado, porque eu definitivamente faria de novo, mas talvez não numa terça-feira.

Passei mais alguns minutos o admirando em silêncio, até que não resisti e comecei a fazer um leve carinho em seu cabelo e em seu rosto, o que o fez acordar.

-Se você for me acordar assim, eu vou querer que você durma aqui todo dia – disse Thomas ainda de olhos fechados, mas com um sorriso no rosto.

-A nossa família não construiu um apartamento enorme pra mim para eu viver no seu, Thomas – respondi a ele rindo.

-Deixa o seu só pra Roberta e vem viver comigo ué – continuou ele também rindo.

-Atabom que eu vou dar a Roberta o luxo e o prazer de ter um apartamento só pra ela. E você pare de xaxo porque eu estou a literalmente 1 minuto de distância.

-Poderia ser menos né – falou Tommy abrindo os olhos e me puxando para um beijo.

-Caralho, homem. Eu acabei de acordar.

-Eu não ligo – disse rindo e me beijando novamente.

Me deixei levar pelo beijo por alguns segundos, até que a realidade me bateu ao ver os raios de sol pela janela.

-Tá, tá, tá, Thomas – falei nos separando e me virando para pegar meu celular. -Eu tenho que ir me arruma pra... O QUE? – pulei de susto com um grito ao olhar para a tela do aparelho e ver que já eram 11 da manhã. -MEUS DEUS, EU ESTOU MUITO ATRASADO - sentei na cama pronto para levantar, quando duas mãos me puxaram de volta e um corpo enorme ficou em cima do meu. -Thomas, o que tu tá fazendo? A gente precisa ir trabalhar.

-Não precisa não – respondeu beijando e mordiscando meu pescoço de leve, o que me fez perder um pouco o foco.

-Preciso sim – me mantive firme tentando não me deixar levar pelos arrepios que ele estava me causando.

-Não precisa não porque eu mandei uma mensagem para a Paloma falando pra ela refazer a minha agenda de hoje e comunicar o seu assistente para fazer o mesmo, porque nós dois iríamos faltar.

-Você o que? Quando que tu fizeste isso?

-Eu sabia que nenhum de nós iria acordar cedo para ir trabalhar então eu mandei a mensagem antes de irmos dormir.

-E não pensou em me avisar?

-Não, porque eu sabia que você iria surtar sobre isso. Agora vamos não falar mais de trabalho – Thomas voltou a me provocar e recomeçou com os beijos, dessa vez indo além do meu pescoço.

Eu mal percebi quando Thomas abaixou minha cueca e começou a me chupar. Involuntariamente arqueei minhas costas e soltei um gemido rouco. Ainda não acostumado com a sensação, fui até o céu e voltei com os movimentos que ele fazia. Levei minhas mãos até sua cabeça e a forcei pra baixo, somente me causando mais prazer.

Minutos depois estava eu me desmanchando dentro da boca do Thomas, que levantou o rosto com um sorriso, se aproximando de mim.

-Nada como um bom leite matinal – falou ele em um tom pervertido, dando um beijo na minha bochecha e levantando da cama, indo para o banheiro.