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Cobra.

Ver o morro assim sempre partia o meu coração, moradores com seus filhos correndo e tentando desviar da confusão, gritaria. Tudo isso era muito triste.

Tava subindo na minha moto quando eu sinto uma arma na minha cintura.

Ribeiro: FP saiu de férias e deixou o filho mais irresponsável no comando? -falou perto do meu ouvido.- CADE A MINHA FILHA? -gritou.

Cobra: Eu não sei, ela não está aqui. -falei sem olhar pra ele.

Rodrigues: Não se finja de sonso, eu sei que ela está aqui, a amiguinha dela falou. -ele falou e apertou mais ainda a arma contra minha cintura.

Escuto um disparo pro alto logo atrás de nós dois. Se viramos e eu vi a minha tia com a pistola dela na mão.

Rodrigues: Não me faça rir, esses são os soldados que o FP tem? -falou rindo.

Minha tia apontou a pistola pra perto do pé dele e atirou. O mesmo deu um pulo.

Bia: Solta o meu sobrinho, agora. -falou calmamente.

Rodrigues: E se eu não soltar? O que você vai fazer? -perguntou com cara de deboche.

A minha tia apontou a arma pra direção dele e olhou diretamente pra ele.

Bia: Se você não soltar ele, você morre aqui mesmo. Meu irmão não te matou por consideração a sua falecida esposa e a sua filha, mas EU não sou o meu irmão. -falou novamente com calma e estalou o pescoço.

Eu nunca vi a minha tia assim, parece que tinha muita coisa envolvida além do morro e da minha vida.

O Rodrigues me soltou e tirou a arma da minha cintura, minha tia ainda estava com a arma apontada pra ele.

O mesmo entrou no carro dele e abaixou o vidro.

Rodrigues: Isso não vai ficar assim, eu vou voltar. -falou com um olhar de raiva.

Bia: Espero que volte mesmo, eu faço questão de ser a primeira a te cumprimentar. -falou e abaixou a arma.

O Rodrigues levantou o vidro e acelerou o carro, indo em direção a barreira.

Cobra: Atira logo tia, tá esperando o que? -falei desesperado apontando pra ela atirar.

O Rodrigues passou da barreira do morro e eu tinha percebido que o tiroteio tinha acabado.

Bia: Você é um irresponsável. -falou e saiu de perto de mim entrando no escritório do meu pai.

Maktub - no Alemão #2TOnde histórias criam vida. Descubra agora