O que sera que ele esta aprontando?

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Nathan


Escutei a porta do galpão se fechar, ela tinha ido embora, ela realmente estava me deixando. Senti uma lágrima rolar sobre o meu rosto, não fiz questão de limpar, sabia que a partir dali muitas outras iam vir. Entrei em uma sala qualquer e me sentei no chão. Eu fui tão estupido por não ter conseguido falar para ela o que eu sentia, maldito orgulho, agora eu perdi a única pessoa que eu amei. Como eu podia ser tão burro, estupido, pra deixar as coisas chegarem a esse ponto? Porque eu não engoli a porra do meu orgulho e falei pra ela que a amava de verdade?

Parei de pensar e deixei as lágrimas dominarem o meu rosto. Cada gota que caia era uma facada no meu coração.

Depois de um tempo escutei alguns barulhos fora da sala, era os meninos que haviam chegado.

- Drew? – gritou Ryan do lado de fora.

- Já vou. – gritei de volta, limpando meu rosto e passando água. Esperei uns 10 minutos, ate diminuir o inchaço do choro e sai da sala. Eles estavam se preparando para testar os equipamentos do roubo. – Não vamos mais fazer o roubo. – falei assim que eles notaram minha presença.

- Como assim? – perguntou Chaz.

- Esquece o roubo caralho. – gritei. Eu tinha que descontar a raiva que eu estava sentindo de mim mesmo.

- Mas dude. .. – Ryan começou a falar, mas o interrompi.

- Vamos soltar o Alfredo. – Falei e eles arregalaram os olhos.

- Ta maluco cara? – falou Chris surpreso.

- Ele esta na responsabilidade da equipe da Kate, ela sabe disso? – Ryan perguntou.

- Kate morreu. Esqueci que algum dia ela ajudou a gente. – falei frio indo em direção á saída.

- Nathan . – Chaz me chamou.

- Quero um plano pronto para amanhã, quero soltar ele ainda essa semana. – falei e sai do galpão deixando eles lá.

Entrei no carro, liguei e acelerei, saindo dali.

1 Mês depois

Kate

- Kate, quer um café? – perguntou Jessie entrando na minha sala.

- Não, já estou de saída. Outro roubo. – falei desanimada.

- Já tem dois dias que você não dormi amiga. O que esta acontecendo? – ela perguntou fechando a porta da sala.

- Não quero ir pra casa e ficar pensando no Miller. – falei me levantando. – Tenho que ir Jess. – falei pegando minha arma e alguns cartuxos de bala. Ela assentiu e eu logo sai da sala.

Esse mês foi um verdadeiro inferno. Meu pai tinha falado que eu havia tirado férias e tinha viajado, então quando cheguei aqui, ninguém sabia que eu estava morando com o Nathan. Tenho ficado mais tempo aqui do que em casa, mas era melhor assim, porque pelo menos no trabalho eu não pensava no Nathan.

Desci as escadas e fui até a sala de interrogatório, o marginal disse que queria ser interrogado por mim. Mereço. Entrei na sala e não falei com ninguém, fui direto para sala onde o bandido estava. Abri a porta fazendo ele me olhar.

- Fala logo, não estou com um pingo de paciência hoje. – falei arrogante ficando de frente para ele.

- Calma meu anjo. – ele disse debochado. Minha vontade foi de meter a mão na cara dele, mas a lei não deixava.

- Olha aqui, eu estou perdendo meu precioso tempo falando com um marginal de merda como você, então ou você fala logo e confessa a droga do roubo, ou mando te prender, te acusando do crime. Não preciso de uma confissão sua pra fazer isso. –disse com uma frieza que me deu ate medo de mim mesma.

- Tenho um recado do Miller. – ele disse abaixando a cabeça.

- Não me interessa, o assunto aqui não é o Miller. – falei arrogante.

- Eu roubei porque ele mandou, e disse que era pra eu te falar que ele esta de volta, e que era pra você se preparar pra amanhã. – o cara disse com, medo? Ele estava mesmo com medo?

- É so isso? – perguntei seca, mas no fundo aquilo me perturbou. O cara assentiu e eu sai da sala. – Pode prender, ele confessou. – falei para o policial que estava na porta. Sai daquele lugar e voltei para minha sala. – O que esta fazendo aqui? – disse quando abri a porta da minha sala.

- Um galpão foi explodido. – meu pai disse.

- E o que que eu tenho a ver com isso? – perguntei me sentando na minha cadeira.

- Era um galpão do Miller. – ele disse me encarando, tentei não demostrar nenhuma emoção.

- Vou repetir minha pergunta. O que eu tenho a ver com isso? – falei de novo.

- Você vai prender ele ainda hoje. – ele disse se levantando.

- COMO É QUE É? – gritei me levantando também.

- Quero que você prenda o Miller. – ele repetiu com cara de tedio.

- Eu não vou prender ele. – falei com arrogância.

- Vai sim. – ele disse frio.

- Me obrigue? – falei debochada.

- Ou você prende ele ou eu te demito. – ele disse sorrindo vitorioso. Eu ri sem humor.

- Onde eu pego minha demissão? – perguntei debochada. – Vamos lá, demitir sua melhor agente, demitir a pessoa que comanda a melhor equipe dessa cidade, demitir a pessoa que prendeu quase 100 bandidos durante esse mês. – falei sorrindo. Ele me encarou com raiva.

- Kate... – ele começou mais o interrompi.

- Kate o caramba, eu falei quando eu vim trabalhar aqui que não ia querer saber de nada que o Nathan fazia ou deixava de fazer, que eu não iria prender ele. Respeite isso, ou eu me demito. – falei com um sorriso vitorioso.

Ele não respondeu nada e saiu da sala bufando, me sentei de novo e deitei a cabeça na mesa. O que sera que o Miller esta aprontando?

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