Sabina ainda não tinha visto Pepe de novo, na sua cabeça, era até uma coisa boa, depois da vergonha que ela passou na festa de Bailey, vomitando tudo que podia bem ao lado dele. Diarra e Hina estavam ensaiando junto a ela.
— Sabi, você não parece muito focada, aconteceu alguma coisa? — Diarra colocou suas mãos nos ombros de Hina.
— Eu vomitei tudo na privada, e ele ficou lá, segurando meu cabelo. — ela escondeu seu rosto em suas mãos, balançando a cabeça negativamente.
— Isso parece fofo e nojento. — Hina sorriu.
— Acho que ele me odiou. Me colocou na cama, mas quando eu pedi pra ele ficar um pouco mais, ele disse que era melhor eu descansar e ir embora.
— Pra mim, esse foi um gesto de cavalheirismo. Não quis se aproveitar de uma garota bêbada.
— Pode ser, mas pode ser que ele não queira mais ver a minha cara. Nunca mais. — Sabina continuava a se lamentar.
Hina sentou ao lado da amiga, rindo a abraçando ela pelos ombros.
— Tenho certeza que você entendeu as coisas do jeito errado. Por que não fala com ele e resolve isso?
— Ficou maluca? Eu acho que prefiro ficar deitada na minha cama, sozinha, chorando.
— Drama Queen. — Diarra disse rindo, vendo Sabina sumir pelos corredores.
— Podemos voltar a ensaiar agora?
— Claro.
— Você não me disse o que aconteceu entre você e aquele garoto loiro. Josh, né? — Shivani disse, levando uma colher da sua sobremesa até a boca.
— Não disse porque não aconteceu nada. Josh e eu dançamos um pouco, mas nada além disso.
— Mas você queria alguma coisa além de dançar?
— Acho que eu não estava no clima, sabe? Ele é bem legal e bonito, mas não era exatamente o que eu queria, eu fui pra curtir mesmo, dançar, beber e dar risada.
— E se ele te chamasse pra sair, tipo, agora, você iria?
— Posso saber por que você está me interrogando? Eu quem deveria fazer as perguntas.
— Que perguntas, Any?
— Pensa que eu não vi como você e Bailey ficavam se encarando no carro? Eu não sou tonta Shiv.
— Tonta não, mas paranóica...
— Você acha que me engana, e eu finjo que acredito, tá bom? — Any deu risada, enfiando o dedo no iogurte da amiga.
Era madrugada quando Noah acordou com o barulho alto de seu estômago roncando. Ele sentou em sua cama e olhou para os dois lados, seus amigos ainda estavam dormindo, o que era de se esperar, já que passavam das três da manhã. O garoto soltou um longo suspiro, sabia que não ia conseguir voltar a dormir de estômago vazio, então, com todo seu cuidado e delicadeza, levantou da cama e atravessou o quarto lentamente, abrindo a porta com calma. No corredor, ele percebeu como estava escuro, não tinha luz alguma ali, exceto pela pouca claridade da lua que entrava por entre as longas cortinas das janelas.
— Isso é meio macabro. — sussurrou para si, andando pelo corredor.
Continuou nas pontas de seus pés até chegar ao gramado, onde conseguiu apoiar os pés por completo, mas ainda caminhava devagar, silenciosamente. Quando chegou ao prédio principal, sentiu-se aliviado, mas essa sensação logo foi embora. Escutou um ruído estranho vindo de um dos corredores, era algo como um choro. Sentiu seu coração bater mais forte, as mãos tremerem e a respiração falhar. Imaginou todos os cenários de todos os filmes de terror que já assistiu antes, e pensou em como era burrice seguir o som misterioso, mas ainda sim, seguiu o barulho.
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Sant Belard - Now United
FanfictionSant Belard era uma escola para meninas, não para boas meninas, mas para as melhores meninas, até que a diretora Elisa resolveu fazer uma pequena experiência, aceitando meninos no internato. Os garotos deixaram a vida das meninas de ponta cabeça, de...