Prólogo

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Notas Iniciais:

Bruce Banner/Hulk e Os Vingadores pertencem à Marvel.

Amelia Prescott e demais personagens originais são meus.

Cronologicamente, a história se passa depois do filme Era de Ultron e antes de Guerra Civil.

A história é um spin-off da minha saga Trapaças do Destino/Trapaças do Coração. Se você não leu essas histórias, mas quer acompanhar essa aqui sem ficar confuso, sugiro a leitura deste post explicativo para entender melhor: https://goo.gl/kjrspL

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Boa leitura <3

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Olivia Mills acreditava que a primeira vez que vi sua melhor amiga, Amelia — ou  Amy, como costumam chamá-la — foi durante uma festa de aniversário de Stark, na Torre dos Vingadores. Mas ela estava enganada. Aquela foi a primeira vez que eu e Amelia nos esbarramos. Que ficamos face a face oficialmente. Que ela me fitou nos olhos por breves segundos. Mas não foi a primeira vez que eu a vi de fato.
Isso aconteceu bem antes, no começo de tudo, quando fui incumbido de monitorar Loki — recém-banido para a Terra por Thor. Foi quando tive que seguir Olivia até uma boate chamada Inferno e protegê-la, caso o deus trapaceiro aparecesse e algo desse errado.
Exato, pode-se dizer que a primeira vez que vi Amelia foi no inferno. Ela estava lá, dançando com seu irmão, Josh, e com Olivia. No meio de uma confusão de pessoas, música alta, luzes e bebidas. Distraída. Divertindo-se. E tenho que dizer, apesar do inferno a sua volta, ela se assemelhava mais com um anjo.
De alguma forma, Amelia se destacou na multidão. E em algum lugar da minha mente, o Outro Cara me xingou de humano fracote por permanecer estagnado, a distância, nas sombras, incapaz de tomar uma atitude em relação a ela.
A questão é: o que eu poderia ter feito? Tentado uma aproximação, pedido licença e dito: "Olá, desculpe pelo incômodo, mas eu tenho que dizer: você é extremamente... bela”?
De jeito nenhum. Mesmo que eu conseguisse formular essa frase, teria sido uma péssima cantada, convenhamos.
Talvez o Hulk esteja certo, afinal. Eu não teria coragem, de qualquer forma. Em parte porque nunca fui um Tony Stark em matéria de mulheres; também porque eu estava em uma missão naquela noite e precisava manter o foco;  mas principalmente porque, desde o fim da minha história com Betty, há alguns anos, me fechei completamente para certas coisas. Sim, eu estou falando de sentimentos, mulheres e relacionamentos que envolvam esses dois itens.
Tudo estava funcionando muito bem assim, obrigado. Por muito tempo consegui me focar única e exclusivamente na ciência, no trabalho e até na Iniciativa Vingadores. Até a vez em que vi Amelia e ela me olhou de volta, é claro. Foi diferente. Intenso. Até o Hulk se calou na hora. E, devo dizer, não é qualquer pessoa que amansa a fera dentro de mim. Sim, isso foi quando nos esbarramos oficialmente no aniversário de Tony.
Então teve outras vezes. Não sei ao certo em quantas ocasiões observei Amelia a distância ou a vi de relance, mas o fato é que quando eu menos esperava me abrir com alguém, ouvi sua voz ao telefone. Doce, empolgada e acolhedora ao mesmo tempo.
Ela é uma grande fã do Hulk e não fez questão de esconder isso em nossos telefonemas seguintes. Eu não entendo o seu fascínio, porém confesso que era muito bom ter alguém para conversar sobre o Outro Cara, sobre como me sinto em relação a ele e sobre mim mesmo. Sem julgamentos ou expectativas.
Como era de se esperar, logo ela estava curiosa para saber minha identidade secreta. E foi bem aí que tudo aconteceu: Ultron, Sokovia, perdas, danos, destruição e caos. No fim, tudo o que eu queria era desaparecer.
Eu fui embora logo depois de ajudar os Vingadores, Loki e Olivia a derrotarem o desgraçado de platina, como vocês bem sabem. Fui embora para o mais longe que pude. Sem olhar para trás. Ou quase isso. Tive que me despedir de Amelia antes, na verdade. Pareceu errado desaparecer sem vê-la uma última vez e tentar expor os meus motivos para ter tomado a decisão de partir.
O fato é que eu não me encaixava mais ali, com os Vingadores, com outras pessoas. Depois de ter perdido o controle, quando Wanda manipulou minha mente e despertou meus piores medos, eu precisava me distanciar e manter o mundo seguro do Hulk. Inclusive Amelia que, àquela altura, já havia descoberto quem ele era nas horas vagas: eu, o sem graça, fechado e meio atrapalhado Bruce Banner.
Eu pensei que seria isso. O fim, ponto final, sem volta, nada mais importava. Mas fui bem ingênuo ao supor que desaparecer seria uma decisão fácil de cumprir assim. Eu estava enganado. Porque ela importava. E um inimigo misterioso, de alguma forma, descobriu isso. Esse inimigo me quer de volta ao jogo.
Eu acreditei que tinha virado uma página ao ir embora e que tudo ficaria bem com o tempo, mas tudo que aconteceu até aqui parece ter sido apenas a primeira página de algo muito maior. De um livro, de uma trama, de uma história mais complicada do que imaginei. Há muito mais em jogo do que supus. Inclusive... o meu coração e o que realmente gostaria de fazer em relação a Amelia.
Bem, eu ainda não sei como será o final, óbvio, mas saibam que é aqui que a história recomeça. Exatamente de onde paramos. Talvez com algumas mudanças e desfalques, contudo a essência está toda aqui.
Se precisarem de um título, podem chamar essa história de A Bela, o Outro Cara & Eu. Soa meio piegas, eu sei, mas acho que representa muito bem os personagens principais. Não consigo pensar em outra forma de chamá-la, sou um cientista e não um escritor, então fiquemos assim.
Vejo vocês em breve. Quem sabe no próximo capítulo?
Bruce Banner.

A Bela, o Outro Cara & EuOnde histórias criam vida. Descubra agora