Capítulo 12: beijos e tesão

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Meu estômago está dolorido agora, pareço prestes a desmaiar só pelo fato de estar de mãos dadas com Cobain, ainda no estacionamento da pizzaria.

— Não entendo uma coisa – ele comenta, dando passos lentos.

— O quê? – Pergunto, olhando para seu rosto neutro.

— Por que você se importa tanto com o negócio dos seus pais? Não me leve a mal, por favor, mas você aceitava um relacionamento estranho por eles e...

— É complicado – interrompo sua fala. — Sei que você deve saber o motivo de eu precisar esconder você das pessoas, mas é difícil dizer.

— Tudo bem, não precisa me contar. Mas parece que você aceita muito por pouco.

Ele adivinhou sem ao menos imaginar que estava certo. Eu aceito muito por pouco, de fato.

— Por que você decidiu ficar comigo? – Pergunto, parando ao lado de seu carro.

O vejo coçar a nuca e umedecer os lábios antes de me dar atenção.

— Eu te assistia na sala de música. Várias vezes na semana. Você não saía de lá. – Sorri, fazendo-me repetir o ato. — Até o dia em que resolvi falar com você e percebi o quanto você é uma garota interessante.

Oh, céus! Ele sabia exatamente o que dizer e como dizer. Aquilo soava tão bem saindo de seus lábios, que por um momento me convenci de que sou mesmo interessante. Só por um momento.

— Você é diferente, Hope. – Se aproxima, tocando meu rosto. — Não é artificial, nem esnobe. Gosto de como você é linda sem querer chamar a atenção de todos.

Sorrio, um pouco sem graça. Não costumo receber elogios.

— Não sei o que dizer – sussurro.

— Não diga nada, só entre no carro, quero ter um momento a sós com você.

Passo por ele e dou a volta, entrando no carro primeiro. Passo o cinto de segurança e esfrego as mãos pelas minhas calças, ansiosa. Não sei o que vai acontecer agora, acho que pode ser um teste de seu verdadeiro interesse por mim.

Cobain entra no carro e sorri para mim enquanto coloca o cinto de segurança também, dando partida no carro logo em seguida.

Ele dirige em silêncio, mas percebo que está indo para o mesmo lugar em que me pegou, então fico um pouco decepcionada. Será que ele mudou de ideia e prefere ir embora logo?

Assim que o carro pára, fico alguns segundos como uma estátua, mas resolvo tirar o cinto de segurança para sair. Mas, assim que destravo o cinto, Cobain segura minha mão, fazendo-me olhar seu rosto.
Ele está me olhando como se fosse me engolir viva, então sinto meus pelos da nuca arrepiarem.

— Venha até aqui – diz, firme e sério.

— O quê? – Franzo o cenho.

Então ele estende as mãos para mim, fazendo-me entender o que eu não conseguia acreditar.

Deus, este momento é único. Estou prestes a me sentar no colo de Tristan Cobain, e mesmo que esteja insegura, não hesito em ir para cima dele. Minha respiração está começando ficar diferente, mas ele continua estável, sério e observador.

Fico olhando para ele, sentada em seu colo, esperando. Então, sua mão acaricia meu rosto e o polegar desce para os meus lábios, quase entrando neles.

— Você é tão linda, Downey, espero que saiba disso.

Continuo calada, apenas aguardando. Sua mão continua me acariciando, até ir para a nuca e me puxar para um beijo quente e delicioso. Sua boca se encaixa tão perfeitamente na minha, é incrível como parecemos um quebra-cabeça.

Sinto a excitação aumentando conforme sua mão desocupada sobe por meus quadris, cintura e seio, onde faz uma massagem viciante. Gemo baixo, rebolando sem medir meu ato, mas Cobain parece aprovar, pois me puxa ainda mais para ele.
Sua mão pára com a massagem, me surpreendendo ao puxar meu body para baixo e deixar meu seio esquerdo exposto, arrepiado de tesão.

— Você é uma delícia. – Morde o lóbulo da minha orelha.

Mordo o lábio, vendo-o encostar a cabeça no banco para me olhar, lambendo os lábios quando vê meu seio arrepiado, esperando por um toque.

Porém, ganho muito mais que isso. Cobain aperta minha carne e o coloca na boca, chupando e lambendo meu mamilo como se tivesse um sabor maravilhoso. Não consigo conter um gemido, tentando manter contato com a ereção embaixo de mim. A esta altura, já estou rebolando como se dependesse disso, sentindo que posso chegar a um orgasmo logo, logo.

— Cobain, eu quero você – digo, segurando em seus cabelos.

Ele chupa meu seio uma última vez e se afasta, me encarando com luxúria no olhar.

— Hoje não.

Sua resposta vem como um balde de água fria.

— Eu fiz algo errado? – Arrumo minha roupa.

Ele sorri, mordendo o lábio de forma maravilhosamente sexy. Seus cabelos estão bagunçados e os lábios inchados e avermelhados. Perfeito.

— Não, não fez. Eu adoraria foder você bem aqui. – Coloca uma mecha insistente atrás da minha orelha.

Devo estar parecendo um tomate, morrendo de vergonha pelo que ele disse.

— E por que não faz isso? – Pergunto, segurando um sorriso.

Ele se inclina um pouco, me apertando contra sua ereção ainda vívida.

— Não fale assim, Hope, você merece muito mais do que uma foda dentro de um carro. – Sorrio, sentindo meu peito ficar aquecido. — Vamos sair de novo, que tal?

Hmmm... – finjo estar pensando, — pode ser.

Ele me puxa para mais um beijo, e quando saio do carro, sigo para casa quase flutuando, ainda mais apaixonada por Tristan Cobain.

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