Capítulo 18: amor e sexo

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Foi uma noite divertida, com toda a certeza que tenho. Cobain e eu jogamos várias vezes, e em todas elas eu fui melhor que ele. Sorte que o garoto é um bom perdedor.

Comemos coisas que matariam minha mãe do coração, e foi ótimo.

Agora, estamos caminhando pela praia. A areia está morna e macia, fazendo-me suspirar de prazer. Há muito tempo eu não me sentia tão bem, é como se estivesse aliviada.

— O que você mais gosta de fazer? – Pergunto, de repente.

Estamos abraçados. É a melhor sensação que eu pude experimentar na vida. Tristan Cobain com um dos braços sobre meus ombros, envolvendo meu pescoço por trás. Ele tem um cheiro ótimo.

— Lutar.

— Você luta? – Franzo o cenho. — Como?

— Estou te contando um segredo, então é melhor isto não sair daqui.

— Se sair, o que você vai fazer? – Olho seu rosto, tão perto do meu.

Ele pausa nossa caminhada, me virando de frente para si.

— Vou ter que te matar. – Me olha intensamente, e sinto meu corpo inteiro ficar arrepiado.

É claro que ele está brincando, mas a maneira como me olha é... desconcertante.

— Eu prometo, não vai sair daqui. Afinal, você guarda um segredo meu, certo? – Levanto uma sobrancelha.

— Certo. – Sorri.

— Então, me conte mais sobre esse lance de luta. Você é algum tipo de profissional ou o quê? – Dou de ombros, cruzando os braços.

Está frio, e a água do mar parece rebelde.

— É luta ilegal, por isso ninguém pode saber, não quero manchar o nome da minha família.

— E por que continua fazendo, então? – Dou um passo em sua direção, louca por um abraço que possa me aquecer.

— Acho que para me distrair. – Dá de ombros. — Está com frio?

Aceno com a cabeça freneticamente, rindo com ele da tremedeira repentina do meu corpo. Encantada, o vejo tirar sua própria jaqueta e colocar sobre meus ombros.

— Você vai congelar, Cobain! – Me encolho.

— Não está tão frio assim, você realmente pegou uma gripe, me desculpe por isso.

— Se me lembro bem, eu joguei você na água, então tudo bem. – Sorrio.

Ele retribui, aceitando minha resposta. Noto seu cenho levemente franzido, seria imperceptível para outra pessoa, mas eu sei cada pequeno detalhe dele, e sou apaixonada por cada um.

— Quero levar você a um lugar – diz, depois de segundos calado.

— Ah... hoje? – Pergunto, preocupada com o horário.

Ele apenas acena com a cabeça, então pego meu celular do bolso e checo as horas. Vinte e uma horas e doze minutos. Meus pais vão pirar, mas já quebrei tantas regras hoje, que uma a mais não fará diferença.

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Percebo que Cobain pega o mesmo caminho de hoje à tarde, quando fomos ao lago, porém, não paramos para pegar a pequena trilha.

Apenas observo, em silêncio, quando entramos por um caminho muito bonito, enfeitado com pedras brancas e flores coloridas. Então, logo à frente, vejo uma casa muito bonita, toda revestida em madeira e vidro.

IMPERFEITA - VOL IOnde histórias criam vida. Descubra agora