IMPERFEITA - VOL I

Capítulo 13: um pouco de intensidade não faz mal a ninguém

Hey, pessoas! Eu sei, vários capítulos atrasados, mas tenho explicação para isso: bloqueio mental. Simplesmente não consegui escrever NADA durante os últimos dias, mas hoje estou aqui, em uma tentativa de entreter vocês em mais um capítulo, que talvez não esteja tão interessante assim, mas que será fundamental para a história. Me perdoem pela demora, espero que tenha uma ótima leitura! :D
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O fim de semana passou rápido, e eu não fiz nada além de ficar suportando visitas indesejadas em casa. Os amigos falsos dos meus pais adoram passar um tempo pela humilde residência dos Downey, e eu odeio ter que ficar fingindo o tempo todo que gosto deles.
Gostaria de ser como minha irmã, que desenrola uma conversa com todos facilmente e parece amar os assuntos banais dos milionários. É um porre.

É noite de domingo, no momento estamos todos na sala de jantar. Minha mãe parece feliz com algo, mas não me importo em prestar atenção no que ela está dizendo. Meu pai, como sempre, apenas ouve e come, como se não pudesse fazer mais nada além daquilo. E de fato, não pode.
Hailey, ao contrário de mim, sorri a cada palavra que salta da boca artificial de Felicia. As duas se dão tão bem.

— E você, Hope?

Levanto a cabeça, olhando para minha mãe, que parece ter me incluído no assunto de propósito, apenas para soltar palavras sujas para mim e me diminuir.

— Desculpe, não sei do que estão falando – respondo.

Ela solta um riso, olhando rapidamente para o meu pai, que nada faz.

— Está vendo? – Começa. — É por isso que você é o patinho feio da família, está sempre por fora em tudo. Você deveria ser como sua irmã.

Eu não disse?

Engulo em seco, irritada com o que sai de sua boca, mas apenas bebo um pouco de água e me recomponho. Eu adoraria ter coragem de dizer algo a altura, mas simplesmente não consigo, não tenho forças e nem coragem.

Felicia se levanta, vindo até o outro lado da mesa, onde Hailey e eu estamos sentadas. Ela puxa a nós duas, fazendo-nos levantar de nossos lugares.

— Veja! Olhe para sua irmã, olhe, garota! – Grita.

Respiro fundo e olho para minha irmã, vendo-a com uma expressão de pena. É só isso que ela consegue fazer por mim: ter pena. E eu odeio. Ela poderia sentir qualquer coisa, até mesmo raiva, mas pena não, eu não suporto.

— Você precisa ser como ela. Hailey é linda, educada, ambiciosa, ama a vida que tem. – Me olha com desdém. — Já você, parece que está morta. Não consigo acreditar que saiu de mim.

Não sei o que acontece, mas meu peito parece explodir, e quando percebo já soltei tudo o que estava pensando:

— Nem eu – murmurei, encarando-a como nunca, — não consigo acreditar que saí de uma mulher podre e vazia que só pensa em dinheiro. Você não ama ninguém, nem a si mesma, por isso é tão falsa. Você é, sim, como uma boneca, Felicia: não tem nada além da superficialidade.

É rápido, mas consigo sentir a dor e a surpresa do tapa que levo no rosto. Não desvio o olhar dela, vendo seus olhos marejados de ódio, algo que ela sempre sentiu por mim.