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A semana se passou como um peso, foram dias difíceis, e a vida não parava para esperar. Hailey e eu tivemos que tomar uma decisão sobre o que faríamos com a nossa casa, já que parecia grande demais para nós duas. Resolvemos vendê-la, já que papai estava disposto a fazer isso também. Não demorou para que aparecesse um comprador, e assim foi feito.
Estamos de mudança, mas cada uma em seu próprio apartamento. Não ficaríamos longe uma da outra, porém, escolhemos morar em lugares diferentes, seria bom para nós, de qualquer forma.
— Já acabou por aí? – Hailey está no telefone, coloquei no viva-voz para terminar de abrir as caixas que trouxe.
— Ainda não, preciso guardar algumas coisas.
— Ah, eu também. – Parece desanimada. — Você não quer passar a noite aqui comigo?
— Quero, acho uma boa ideia. – Me aproximo do celular, pegando-o.
— Está bem, vou comprar algumas coisas para comermos enquanto assistimos filme. Você pode chamar Melissa e Bonnie, se quiser.
— Vou falar com elas. Preciso desligar agora, nos vemos depois. – Mordo o lábio.
— Tudo bem.
Encerro a chamada, deixando o aparelho de lado para pensar em alguma coisa produtiva pela primeira vez na semana. No fim, acabo jogada no sofá, entristecida, abraçada a uma almofada.
É manhã ainda, tenho um almoço marcado com Tristan, será a nossa despedida, já que ele vai embora pela noite. Não gosto de pensar muito nisso, ainda não me adaptei à ideia.
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Ele chega no horário que marcamos, sorrindo assim que me vê. Eu poderia me animar, mas a única coisa que passa pela minha cabeça, é que não vou ver esse sorriso em muito tempo.
— Oi, meu amor. – Me beija, se acomodando em seu lugar, em seguida.
— Oi – respondo, forçando um sorriso.
— Eu te conheço, o que aconteceu?
— Nada. – Dou de ombros, escondendo minhas mãos no sobretudo grosso.
Ele suspira, me analisando, mas desvio o olhar para a rua, vendo as pessoas bem agasalhadas. Não quero ser a namorada chorona, que deixa o namorado inseguro sobre seguir seu sonho apenas porque é super apegada. Passamos uma semana maravilhosa juntos, sempre tão grudados, cuidando um do outro, talvez seja por este motivo que me sinto tão angustiada.
Vamos passar o reveillon distantes, já que ele precisa ir hoje, o último dia de dezembro.
— Você já fez seu pedido? – Ele pergunta, cortando meus pensamentos.
