Nada, Simplesmente.

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- Não, meu Deus - digo rindo - eu nunca sai pelada pelo orfanato.

- Não sabe o que tá perdendo, achei que iriam me expulsar depois daquilo - diz ele também rindo .

- Você é realmente louco - falo balançando a cabeça rindo.

- Não tenho culpa se esqueci a toalha.

Estávamos deitados na minha cama conversando sobre nossas vidas, eu tava deitada em seu peito enquanto ele acariciava o meu cabelo, e não, não aconteceu nada.

- Quando eu era pequena gostava de brincar de princesa - digo.

- Primeiro, você ainda é pequena, segundo, Não é nenhuma surpresa isso vindo de uma garota - zomba ele.

- Ah é? E vocês meninos que brincam de heróis que matam vilões e que arrancam cabeça de dragões.

- Okay, talvez eu seja um E.T, nunca brinquei disso - diz ele achando Graça.

- Do que você brincava então? - pergunto.

- Eu me imaginava em uma galeria enorme com vários desenhos meus, e que meus dias sempre eram ocupados por eu ter que da autógrafos as pessoas. - diz ele suspirando - imaginação boba de criança né?

- Não é boba - falo deslizando meu dedo indicador pelo seu peito - ela pode si torna realidade.

- Talvez né - diz pensativo - acho melhor eu ir agora, você precisa descansar.

- Ahh não - falo o abraçando - não quero que vá.

- Mas eu tenho - diz passando a mão em meu cabelo - amanhã podemos nos ver.

- Não sei, amanhã terei que ir ao médico com a minha madrinha - falo triste.

- Fazer o quê lá?

- Novos exames, ver como está meu tratamento e tudo mais.

- Humm entendi, você vai ficar o dia todo lá?

- Bom, iremos pela tarde dessa vez, então talvez demoremos um pouco.

- Entendi, não vou encher seu saco amanhã então, você deve ficar bem cansada dessas consultas.

- Nem tanto, mas ainda quero te ver - digo levantando a cabeça para olhar em seu rosto.

- Quer me ver, ou quer me beijar? - fala sorrindo de lado.

- Os dois - digo deitando novamente minha cabeça em seu peito.

- O que somos? - pergunta ele.

- Nada - digo sorrindo por que só eu entendo, já falei que o Issac era o meu nada uma vez e ele quase chorou, eu tive que rir da quela situação.

- tá bom.. - diz parecendo decepcionado - agora preciso realmente ir.

- Tudo bem - digo me levantando - aliás você precisa dormi também.

- Sim - diz ele levantando também - foi bom passa esse tempo com você.

- Igualmente.

- teremos mais noites assim? - me pergunta ele.

- Talvez sim.. - digo dando um sorriso.

- Olha, não sei se você guarda algum recentimento de mim quando eu era um babaca, mas quero que saiba que..

- Tá tudo bem Kian - falo pegando em sua mão - de verdade.

- Está bem - diz apertando a minha mão devagar - então eu já vou indo.

Logo ele se direciona a porta, o acompanho até lá, mas antes de sair do meu quarto ele se vira para mim e me dá um selinho demorado, dou um sorriso para ele e logo fecho a porta.

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