Capitulo 23

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Mais um capitulo para voces, está pequeno mais espero que gostem. Pode ser que o proximo capitulo saia ainda essa semana, varias emoções nos esperão! rsrsrs beijos

Acordo sentindo meus olhos ardendo, fecho no mesmo instante, mas uma pontada na cabeça me atinge. Tudo está sensível devido ao choro de ontem. Abro os olhos lentamente dessa vez, para me adaptar a claridade do quarto, Ricardo dorme ao meu lado com seu braço e perna enroladas em mim.

Ontem não tinha psicológico para continuar nossa conversa. Ficamos durante vários minutos sentados no chão da sala, ficamos abraçados e dividindo nossos choros até nos acalmar. Depois me pegou no colo e levou para o banheiro, preparou a banheira e ajudou a entrar. Parecia um fantoche em suas mãos. Ensaboo e me lavou. Cuidou de mim como quem cuida de uma criança. Quando deitamos na cama, a única coisa que meu corpo queria, era se entregar ao sono.

Levanto, tentando não acorda-lo. No banheiro me olho no espelho, e minha aparência só não me assusta porque já esperava, cabelos revoltos, olhos inchados e vermelhos, olheiras em volta. Poderia dar uma boa interprete de noiva cadáver. Lavo o rosto para tentar melhorar. Penteio o cabelo.

Sigo para fazer um café, que de preferência seja bem forte pra espantar a preguiça.

Sento a mesa para tomar minha xícara, quando sinto dois braços me rodeando, e sinto seu beijo em minha cabeça.

- Bom dia – sua voz rouca reverbera dentro de mim.

- Bom dia – respondo.

Observo como se mexe pela cozinha, para pegar seu café. Ele esta somente com sua samba canção – que deveria ser proibida, para conseguir mantém minha sanidade durante as manhãs – seu tronco definido, suas costas largas são uma tentação, porem nada se compara quando ele fica de frente para mim e tenho a visão do seu peitoral. Isso faria até as freiras suspirar. Um homem com todo esse porte físico, e a postura de durão,quando se vê na sua escuridão se transforma em uma criança indefesa se fechando somente para si.

Ele se senta ao meu lado para tomar seu café, desvio o olhar e presto atenção na minha xícara. O clima entre a gente continua pesado. Comemos no mais absoluto silencio – silencio, esse parece ter se tornado o nosso melhor amigo – termino de comer, lavo a louça que sujei.

Sigo para sala e me sento no sofá, olhando para TV que passa um noticiário. Vejo quando senta no sofá ao lado, mas diferente de mim que encaro a TV, ele me encara.

- Mel, precisamos conversar – diz cauteloso.

Olho em sua direção

-Precisamos.

- Sei que estou estragando tudo, mas não sei o que fazer – vejo desespero em seus olhos

-Amor –levanto da onde estou, e sento ao seu lado no sofá – eu estou aqui – tento tranquiliza-lo

- Mas será que vai estar, quando te contar tudo que aconteceu ?

-Te deixar está fora de cogitação, eu vou estar aqui independente do que me conte – acaricio sua costa – e se não estiver preparado para me contar, não precisa , quero que me conte quando achar que é a hora, não se sinta obrigado e nem pressionado á isso.

- Tenho medo de te perder, você foi e é a melhor coisa que me aconteceu em todo esse tempo – sua voz esta embargada pelo choro – eu sei que não mereço toda essa felicidade que estou vivendo, mas não sei mais ver minha vida sem você nela - uma lagrima escorre pelo seu rosto, que faz meu coração se quebrar em pedaços, o abraço forte.

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