Boa noite garotas, vai mais um capitulo ! Espero que gostem e espero os comentarios, e obrigado a todas que acompanham essa história, vocês são demais! Beijos
“Quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel – O Menestrel.”
Lembro que minha mãe uma vez me disse “a palavra dita não volta atrás, por isso pense bem antes de dizer.”,talvez se tivesse lembrado do seu conselho naquela noite, teria evitado ofender Ricardo, e não estaria tão arrependida como me sinto agora.
Depois de pensar muito e reviver todas as palavras ditas, percebi o quanto fui precipitada em não acreditar nele, Suzana já tinha colocado suas garras pra fora naquela insinuação do liquido derramado no meu vestido na noite do karaokê, mostrando o quanto era astuta e queria Ricardo. Mas no momento a fúria me cegava, estava magoada por imaginar que ele estava me enganando e meu lado irracional não me deixou pensar.
Nos ferimos para nos proteger, dizendo coisas que talvez em qualquer outro momento não seria dito, porque é mais fácil flagelar o outro do que sofrer sozinho.
Sua forma de induzir que tinha corrido para os braços do Bruno me deixou possessa. Como se eu tivesse tudo em mente. Já tinha explicado e afirmado que não existia a hipótese de eu e Bruno reatarmos. Encontra-lo aquela noite na praça foi uma surpresa, e toda sua atenção comigo, suas palavras de conforto, não forço de maneira alguma algo além de cuidado. Não tenho nem como agradecê-lo por tudo que fez, mesmo dizendo que ainda me amava, me consolou quando outro cara me machucou , só me deixou quando percebeu que estava melhor.
No calor do momento ainda me referi a Ricardo e a tão misteriosa Fernanda, com desdenhe, aquilo saiu da minha boca como um veneno, acho que naquele momento minha dor de cotovelo falou mais alto e sem pensar falei. Sua reação foi pior que imaginava, seus olhos transpareciam ódio misturado com tristeza, seu punho fechado, seu corpo inteiramente tenso, só me fez entender o quanto essa mulher é preciosa e o quanto o fez sofrer. Ele me manteve no escuro sobre quem era ela, mesmo tendo presenciado seus pesadelos, preferiu não me contar quem era, não tínhamos nada concreto como homem e mulher, mais antes de tudo éramos amigos. O que me faz acreditar que há algo muito pior por trás de tudo isso que não o deixa se abrir.
Depois dessa noite horrenda não nos falamos mais, faz cinco longos e intermináveis dias que não ouço sua voz. Dizer que estou sentindo falta dele seria pouco. Sinto falta do seu sorriso, do seu abraço, dos seus beijos, seu calor durante as noites, seu perfume que me embriagava, até das suas piadas chatas, sinto falta dele inteiro. O que esse homem fez comigo?!
Ele não tentou nenhum contato, da mesma forma que não tentei – apesar de ficar com o celular na mão o tempo inteiro, esperando qualquer sinal dele – No hospital pouco nos vemos, acho que esta me evitando, mas também não faço esforço para encontra-lo, das duas únicas vezes que nos encontramos pelos corredores, senti uma vontade absurda de pular nos seus braços e dizer o que preciso dele e a falta que me faz, porém meu orgulho jamais me deixaria, então somente fiz o mesmo que ele, desviei meu olhar e continuei andando.
Nesses dias tentei manter minha rotina, ia para meus plantões que era entediante, depois chegava em casa coloca minha roupa de ginástica e seguia para minha caminhada, mais agora ia acompanhada da minha amiga. Quando contei a Clara tudo o que havia acontecia, ela não recebeu muito bem as novidades da minha vida, disse que arrancaria as bolas do Ricardo a próxima vez que o encontra-se, quanto a Suzana, se fosse ela passaria bem longe da louca da minha melhor amiga, o perigo era iminente.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Surpresas da Vida
RomanceTodos os personagens neste livro são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência. PLÁGIO É CRIME - Art. 3 da lei 9.610/98 violar direito autoral dá pena de detenção de 3 meses á 1 ano ou multa. Logo após a morte d...