A volta para casa me trazia paz, mas ao mesmo tempo uma tristeza de saber que as pessoas que foram meu alicerce e porto seguro, não estarão mais aqui pra me ajudar. Meus pais fazem muita falta, eles eram tudo que eu tinha, era filha única e eles também. Quando eles partiram dessa vida, não tinha mais ninguém na minha família. Era eu contra o resto do mundo. Só não me senti tão só, porque tinha Clara, que não era apenas amiga, era minha irmã. E a minha esperança de ainda construir uma familia, Bruno, meu noivo. Eles são o que tenho de mais precioso.
Aproveitei que estava no táxi e liguei para Clara. Na segunda chamada, ela atendeu.
- Mel?
-Clarinha minha linda, como você esta?
-Eu to bem e você? Já esta de volta?
-To bem, acabei de chegar na rodoviária e estou indo pra casa, que tal um jantar hoje?
-Ótima idéia, preciso matar essa saudade.
- Eu também estou com muitas saudades, e precisamos colocar a conversa em dia, e aproveitar para falar sobre meu casamento e mais uma coisinha que estou pensando...
Preciso falar com alguém das minhas suspeitas. Á uns dias estava me sentindo mal, e estava com meu período atrasado. Não quero criar falsas esperanças, mas essa hipótese pode ser real.
-Me conta logo o que é, agora que começou termine!
-Não vou te contar, só de noite, beijinhos e até mais tarde. - Ri sabendo que ela vai me matar por isso.
-Vai me pagar por isso, você sabe né? - o se sei! - mil beijos amiga.
Desligo o celular, e fico pensando se minha suspeita for confirmada. Estar grávida do homem que eu amo, fruto do nosso amor. Encosto minha cabeça no banco e fecho meus olhos, me entregando as lembranças da nossa última noite de amor, antes dele voltar para nossa cidade. Nossa vida sexual sempre foi regular, até mesmo no abrigo, davamos um jeito de se esgueirar em algum canto para matar nosso desejo, e pode até parecer clichê, mas a cada vez que nos amamos vai ficando melhor. Ele me entende e me completa como ninguém. Nos conhecemos na adolescência, morávamos no mesmo bairro, com o tempo viramos amigos. E cono dizem da amizade nasce o amor, começamos a namorar aos 18 anos. E agora, depois de 9 anos juntos, vamos nos tornar marido e mulher. Fico tão absorta em meus pensamentos, que quando dou por mim, o carro ja está estacionado em frente de casa.
Olho para frente da minha casa, que continua como deixei. A cor continua a mesma, a grama esta aparada, algumas flores estão aflorando pelo jardim. Ficar esses dois anos fora foi revigorante, mas não há nada como a nossa casa, o nosso lar.
E lá está ele, parado na porta, olhando em direção do carro, nas mãos carrega um enorne buquê. Ele está lindo, não, pera, ele é lindo, branquinho, cabelos loiro escuro, aqueles lábios que da vontade de morder a todo momento, seu corpo bem definido, e tudo isso distribuído em seu 1,90. Às vezes acho que ele é muito pra mim, eu com 1,70, morena de sol, cabelos castanhos escuros perto da cintura, não sou magra mas também não sou gorda estou satisfeita com meu corpo, mas mesmo assim acho que ele é muita área para meu caminhãozinho. Mas não ligo faço quantas viagens for necessárias.
Desço do carro, e corro até ele, que me espera de braços abertos, e me jogo no meu lugar favorito. Ele me abraça apertado, enquanto dou muitos beijos em seu rosto.
-Amor que saudade! - digo depois de beijar sua boca.
-Eu também, desculpa não ter ido te buscar na rodoviária, tive alguns problemas pra resolver - vejo um vestígio de preocupação em seu rosto - isso é pra voce. - Ele me entrega as flores
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Surpresas da Vida
RomanceTodos os personagens neste livro são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência. PLÁGIO É CRIME - Art. 3 da lei 9.610/98 violar direito autoral dá pena de detenção de 3 meses á 1 ano ou multa. Logo após a morte d...