Surpresas da Vida

Capitulo 12

Boa noite minhas lindas, mais um capitulo! Beeijos 

Trim... trim... trim...

Porque o barulho do despertador tem que ser tão insuportável.

Me levanto para dar um tapa nesse pequeno aparelho irritante.

Já sei que o dia hoje vai ser tão bom quanto minha madrugada... SQN

Velei o sono de Ricardo, tentando descobrir quem era Fernanda, porque ele tem pesadelos com ela e o mais importante o que será que ele sente por ela,  mais como nenhuma luz no fim do túnel apareceu, e cansei de me martirizar com esses pensamentos, o sono e o cansaço acabaram me vencendo e adormeci.

Viro-me para acordá-lo, mais para minha surpresa não o encontro, somente acho em cima do seu travesseiro um botão de rosa vermelha e um bilhete.

Uma coisa que aprendi nessa vida é que se voce ganha flores de um homem, quer que não vem coisa boa por ai, ou ele já fez alguma “merda” e está tentando se redimir. Tá sei que estou generalizando e sendo pessimista, mais como disse eu aprendi.

Pego o bilhete

Bom dia Melina

Apareceu um imprevisto e tenho que passar em casa antes do plantão. Nos vemos mais tarde.

Beijos Ricardo .

Hum... Agora voltei a ser Melina, tudo bem que é o meu nome, mais pra ele sempre fui Mel, Melzinha, e o mais novo apelido Pequena, agora voltei a Melina, mais pelo menos ganhei uma rosa. Vai entender!

Pego a flor e coloco em um vidro com um pouco de água e deixo no criado mudo.

Faço meu ritual diário, escovar os dentes, banho, roupas, maquiagem e por ai vai. Depois de pronta, pego minha bolsa e chaves e vou para mais um dia de plantão.

Encontro Ricardo no refeitório, na nossa mesma de sempre, com uma variável, hoje Suzana está na minha cadeira quase se jogando no colo dele, o que me deixa embasbacada é que ele está sorrindo e nem ligando para o comportamento da vaca. Mais como sou uma mulher elegante e com educação, pego uma cadeira e coloco ao lado dele, super discreta igual a um carro alegórico.

- Bom dia – Dou o meu melhor sorriso

Vejo a cara de desagrado da safada, que perde qualquer atenção quando percebo o sorriso do homem que não sai dos meus pensamentos, e sei que é pra mim.

Faço uma dancinha interna!

- Bom dia Mel – Hum... Voltei a ser Mel.

Ouço um bom dia cacarejado, dou um sorriso pra ela. Peço meu café e enquanto como conversamos sobre alguns assuntos do hospital. Sinto um olhar de raiva emanando em minha direção mais nem ligo para a lambisgoia. Ricardo age normalmente como se aquele pesadelo da noite passada e seu sumiço hoje na parte da manhã não fosse nada, bom se ele quer assim, que assim seja. Por enquanto.

Depois do café esquisito, começo o meu plantão, vida de hospital é sempre corrido, crianças com resfriado, sinusite, garganta inflamada, chega as mais arteiras com alguma parte do corpo machucado, ou uma mãe louca pensando que o filho pode morrer a qualquer momento porque caiu de bicicleta, eu entendo a aflição delas, mais gritar ou espernear não vai me ajudar a dar o diagnostico. Mas mesmo com toda essa loucura não me vejo fazendo outra coisa. Minha manhã passou correndo, na hora do almoço recebo uma mensagem da minha amiga/irmã.