Capitulo 34

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Boa noite ou boa madrugada minha lindas rsrs, demorei mas cheguei. Mais um capitulo do nosso lindo casal. Espero que gostem. XOXOXO E Juliana minha linda beta, obrigado por tudo, sem você eu... continuaria sendo a mesma rsrss, brincadeira. Mas agradeço imensamente por você tem entrado na minha vida, obrigado. Beijo sua vaca

Isaac

Termino de colocar as roupas na mala estendida na cama, enquanto minha mãe me olha sem entender.

- Filho pra onde você vai?

- Já disse, eu preciso sair, preciso sumir desse lugar.

Ficar aqui me remete a um passado misturado com felicidade e tristeza, e no momento isso é o que menos preciso.

Olho para a senhora de olhos tristes e fundos, encostada na batente da porta do meu quarto.

- Mas por quê? Por que vai nos deixar?

Aproximo dela, e a abraço apertado.

- Mãe, eu fiz coisas de que vou me arrepender profundamente, para o resto da minha vida, e necessito de um tempo longe de tudo. É covarde, eu sei, mas é a única coisa que sei fazer – lamento.

- Não fale assim meu amor! Não sei o que você fez, e respeito se não quiser contar, mas está arrependido e sei que no final tudo se ajeita – acaricia meu rosto e mantém seu olhar de compaixão, que só uma mãe pode ter.

- Preciso ir mãe.

- Mas e seu pai?

- Ele vai sobreviver.

Meu pai nunca mais esteve presente desde que minha irmã se foi, então não fará nenhuma diferença estar aqui ou não. Lamento pela minha mãe, mas não posso continuar aqui.

Pego minha mala, carteira e chave, a abraço e beijo sua cabeça.

- Tchau mãe.

- Tchau filho, te amo – sua voz sai fraca pela emoção.

Entro no meu carro e dou partida. Realmente não sei para onde vou, mas sigo sem olhar pra trás. Paro no transito caótico de São Paulo, e olho para o porta-retrato que peguei antes de sair de casa. Na foto estamos todos felizes. Mamãe, papai, Fernanda, Ricardo e eu. Nesse dia resolvemos passar o domingo no parque do Ibirapuera, todos estavam radiantes, o dia estava ensolarado, andávamos de bicicleta e pedimos para uma moça que passava para tirar a foto. Foi um dia tão feliz como todos os outros. Suspiro, com as lembranças.

Penso na merda que fiz. Não consigo ainda acreditar que fui capaz de ferir Ricardo, poderia ter acontecido algo muito pior do que o coma. Desde aquele dia em que o vi deitado no chão desacordado, por minha estupidez, não deixei de acompanhar seu estado de saúde, sempre dava um jeito de entrar naquele hospital, sem ser notado pelos seus familiares, e tentava conseguir informações do seu estado. Os primeiros dias foram horríveis, queria eu estar lá naquela cama. Seu estado era crítico, via toda a aflição nos rostos das pessoas que o amavam, e isso só acabava mais comigo. Me fez lembrar dos rostos abatidos da minha família quando tudo aconteceu. Mas nada se compara com a culpa que senti, quando descobri que sua nova mulher estava grávida. Porra! Eu quase o matei, e ele vai ser pai.

No dia em que a polícia estava lá, dei um jeito de ficar perto da porta, para descobrir se ele sabia quem era que tinha o agredido. E no final ele sabia. No mesmo instante pensei em me entregar e acabar com tudo. Mas o que ouvi logo depois me deixou sem reação. Ele preferiu não prestar queixa, disse que nada pior aconteceu, e preferia deixar tudo que aconteceu para trás. Claro que começou uma discussão dentro do quarto, porém não fiquei mais ali. Sai daquele hospital quase que fugindo.

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