Capitulo 25

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Boa Tarde meninas, como prometido aqui esta o novo capitulo. Finalmente descobriremos quem é Fernanda, e o mistério que atormenta Ricardo.

Sendo sincera esse foi um dos capitulos mais dificeis que escrevi, foi um empenho enorme para cada palavra. Houve partes em que escrevi e apaguei varias vezes. Quis fazer o meu melhor para vocês, mas talvez não tenha conseguido. Por isso peço que se acaso não tiver do agrado me falem e peço enormes desculpas. Não foi facil, teve partes em que até me vi emocionada, mas ai está. Espero que tenha conseguido colocar tudo da maneira que agrade e esclareça tudo o que aconteceu. Enfim chega de desculpas rsrsrs

Boa leitura XOXOXO.

Musica do capitulo - Demons - Imagine Dragons (Boyce Avenue)

- Á cinco anos atrás, conheci Fernanda na faculdade, na época era somente um cara idiota que queria ter todas as mulheres possíveis em uma noite só. Mas com ela foi diferente,a queria de qualquer maneira,  e como eu sempre tinha o que queria, eu tentei, tentei até que ela cedeu. Depois de um tempo começamos a namorar.

- Então vocês foram realmente namorados? – forço a minha voz a sair.

Tá! Uma pergunta idiota, ele acabou de falar que sim, mas eu precisava perguntar e ouvir a sua resposta.

- Como disse sim, nós éramos namorados.

Eu sabia que ela era uma pessoa importante na vida dele. Merda! Já não gostei do começo e provavelmente não irei amar o fim.

- Continuando, aos poucos fui percebendo que era aquilo que queria, com o passar dos dias nosso relacionamento foi ficando mais sério, deixei de ser tão babaca, larguei as farras da faculdade, as garotas a minha volta já não me interessavam.

Minhas pernas já começam a se mexer em sinal de nervoso. Caramba! Como é difícil ver seu namorado falando de outra mulher dessa forma, meu ciúme já está aposto para o ataque, mas tenho que controla-lo porque se disse algo, é capaz dele parar de falar, e mais do que nunca eu preciso saber.

 - Nossas famílias ficaram felizes pelo nosso namoro. Isaac se tornou meu melhor amigo, como se fosse o irmão que eu nunca tive. Nosso namoro não poderia ser melhor – ele para e solta um longo suspiro, gira seu tronco, ficando de frente para mim, sua outra mão toca a minha perna que se mexe inquieta – Mel, entenda, estou te contando tudo isso é pra que você saiba realmente o que aconteceu. Mas em cada palavra que sair da minha boca, não se esqueça que eu te amo ok ? – seus olhos imploram o meu entendimento.

Ouvir o homem que você ama, falar da sua paixão por outra mulher, sendo ela, a mesma com quem tem sonhos a noite, é como colocar seu dedo no batente de uma porta que está fechando, no final vai doer. Mas foi isso que pedi! Eu quis saber a verdade e agora ela está aqui, sendo despejada, e preciso aguentar até o fim.

- Eu também te amo – passo minha mão no seu rosto, que se inclina com minha demonstração de carinho – e estou aqui pra te ouvir – ele segura minha mão que estava em seu rosto e a beija sua palma

- A cada dia que se passava, tinha a certeza de que era ela, comecei a construir a ideia de se casar, ter filhos, e formar uma família, a minha família. Queria ser igual ao meu pai, um marido, um pai e um homem extraordinário – sua voz começa a ter um pouco de dificuldade para sair por causa da sua emoção – queria que Fernanda me olhasse com os mesmos olhos que minha mãe olhava para meu pai quando ele chegava depois de um dia de trabalho, pensava nos meus filhos sentindo o mesmo orgulho que sentia do meu pai.

Uma lagrima escapa de seu olho, ele a enxuga rapidamente.

- Estava tudo em meus planos, ia esperar para depois da formatura. Ia ser durante um jantar entre nossas famílias, eu ia pedir sua mão – puxa seus cabelos como gesto de irritação, se levanta e começa a andar pela sala enquanto fala –e tudo estava certo seria em um sábado. Mas na terça feira da mesma semana tudo mudou. Estávamos na sala de casa assistindo um filme, enquanto aguardávamos meu pai chegar do trabalho. O telefone tocou, uma maldita ligação que eu atendi. A pessoa do outro lado da linha, talvez não tivesse a noção da noticia que estava dando, ou talvez fazia. Ela rodeou um pouco no assunto até dizer que meu pai. Meu herói. O meu porto seguro tinha sofrido um grave acidente. – vejo a dor em seus olhos perdidos – Um grande congestionamento. Poxa! Morávamos na capital isso é a coisa mais normal, todos os dias 7/24. Mas naquele dia houve um engavetamento e meu pai estava envolvido, foram seis carros e um caminhão. Meu pai estava sem cinto de segurança, ele odiava, dizia que apertava, mesmo a gente brigando com ele para usar que algo poderia acontecer, ele batia o pé e dizia que nada aconteceria. Acho que isso é coisa de super-herói eles sempre pensam que nada pode atingi-los – um sorriso melancólico aparece em seu rosto triste – mas naquele dia meu super-herói descobriu que ele não era imortal – mais lagrimas escorrem e dessa vez ele não pensa em enxuga-las – o impacto da batida arremessou seu corpo para frente, contra o para-brisa, ele não resistiu e faleceu no local – meus olhos ardem pelas lagrimas, faço menção de levantar, mas sou detida pela sua mão estendida me pedindo para parar – eu não preciso de consolo – diz com a voz grossa, mesmo embargada pelo choro.

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