Capítulo 17

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                        Aurora




O espaço ao lado da minha cama está vazia e a única certeza que tenho de tudo o que aconteceu na madrugada não ter sido um sonho, é a minha nudez debaixo do cobertor, cansaço e meu centro dolorido. Sinto meus lábios repuxarem em um sorriso quando relembro a cada momento. Espreguiço-me e pulo para fora da cama, encontrando a camisa do Matteo jogada no chão, sinto seu aroma antes de vesti-la e sigo plena até o banheiro, como se eu não estivesse perdido minha aula e já estar mais que atrasada para ir ao C.R.E.M. Victoria me entenderia, já o professor aceitar meu trabalho, eu tinha minhas dúvidas, embora preocupação nem sequer seja uma sombra em minha mente.

Minutos depois estou pronta e com minhas bochechas ardendo por visualizar Matteo em um dos bancos próximo à ilha da cozinha, atento em seu notebook. Petrifico no lugar observando seu corpo relaxado enquanto digita rapidamente, sem suas roupas sempre formais, posso ver alguns traços da sua gigante tatuagem escapando pela camiseta branca que usa, fazendo par com uma calça moletom cinza, os fios negros totalmente bagunçados e molhados, como nunca vi. Matteo é um absurdo de gostoso em seus ternos, principalmente quando usa suas camisas sociais com as mangas arregaçadas, mas assim, é um espetáculo do qual eu nunca me cansaria de assistiria.

— Pare de me espiar e venha comer.

Assusto-me com sua ordem, dada sem nem ao menos olhar para trás.

— Como sabia?

— Palpite. Venha, Aurora! — ordena mais uma vez, desta olhando para mim.

Seus olhos percorrem lentamente meu corpo e sinto-me aquecida.

— Sim, senhor! — bato continência, brincando.

Eu estava nervosa e um pouco envergonhada. Ele sorri de lado quando me sento sem jeito no banco e faço uma careta. Idiota!

— Confortável?

Cretino!

— Como nunca — sorrio forçada.

Ele está me provocando.

Penélope surge em seguida, desejando-me boa tarde e perguntando o que desejo comer. Digo que traga o que têm e logo estou devorando um delicioso bife, sobre o olhar atento de Matteo, que chega a ser desconcertante.

— Quê? — pergunto de boca cheia.

— Vai se engasgar. Aqui — apanha meu guardanapo e limpa meu queixo — Quantos anos você tem?

Tomo um pouco do suco para ajudar a comida descer. Verdade seja dita, eu parecia como alguém que não come há dias.

— Vamos voltar a isso?

Ele inclina-se para sussurrar em meu ouvido.

— Se vamos, teremos que mandar Penélope para longe. Ou, ela verá a patroa sendo fodida sobre o balcão.

A combinação das palavras, seu hálito quente tão próximo e o que sinto por ele, me fazem estremecer apenas com a possibilidade de tal coisa.

— N-nós dois aqui? — pergunto como uma retardada. O desgraçado sorri malicioso e divertido com a minha situação, não ligo — Quero!

MATTEO - I Livro Da Trilogia Irmãos Moretti (CONCLUÍDO) 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora