Capítulo 40

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                         Matteo

O médico explicou para Nikolai e eu, quê o que ocorreu ao Alek, foi envenenamento. Mais exames deveriam ser feitos, contudo, não havia dúvidas que o homem vinha sendo envenenado há alguns meses, pequenas doses em curtos espaços de tempo. A enfermeira, já havia sido detida e o sobrinho do velho cuidaria disso pessoalmente. O médico, que tinha saído muito cedo, sem sinal até agora. Não era preciso muito para saber quem estava por trás de tudo isso. Havia sido Ivan quem o contratou, não era nada complicado ligar os pontos. Aurora conversa com o avô recém-descoberto, enquanto a espero do lado de fora do quarto. Só de imaginar o risco que correu ao ir até o desgraçado do Ivan, algo dentro de mim, volta a se agitar.

— Seu celular — Nikolai avisa, me fazendo despertar.

É uma mensagem de Luca, avisando que foi feito o que eu havia lhe pedido e querendo saber de Aurora, era estranhamente familiar ver meu irmão voltando a se importar novamente, talvez não fosse um caso perdido. Assim que termino de lhe responder, o nome de Antonella surge na tela. Encerro a chamada sobre o olhar atento de Nikolai.

— Não faça Aurora sofrer. Ela lhe ama. Não terei problema algum em acabar com a fonte do sofrimento dela, mesmo que isso signifique estar em guerra novamente — avisa, sério, convicto de cada uma das suas palavras.

— Você tem minha palavra que isso não será necessário, Nikolai! Amo sua prima mais que tudo. Espero que possamos ser amigos, ou nós dêmos bem, no mínimo — estendo minha mão.

Nikolai e eu nunca fomos próximos, uma ou outra palavras trocadas, mas, com ele sendo primo de Aurora, sabia que isso iria mudar, e que fosse de um bom jeito. Ele me analisa, busca alguma pista que não seja nada além da verdade, até finalmente retribuir o aperto de mão.


                       ^°^°^


Já é muito tarde quando finalmente chegamos em casa, foi preciso muito, junto aos Petrov, para conseguirmos convencer Aurora de não dormir no hospital e que, eu a traria para visitar o avô, junto ao primo avisando caso algo ocorresse, não importando a hora. Penélope nos oferece alguma comida, coisa da qual rejeitamos e muito tímida, pergunta como a patroa e Alek estão, assim que nos encontramos na sala. Tom certamente havia lhe contado sobre o ocorrido. Ele não me contava, embora, suspeitasse que algo estava rolando ou indo para acontecer entre os dois. Tom merecia alguém ao seu lado e Penélope era uma boa pessoa, ficaria feliz pelo meu amigo, por ela também.

— Boa noite, Pen.! — Aurora retribui e ela caminha até seu quarto — Que dia, senhor Moretti — suspira, se jogando no sofá.

— Na próxima vez, será muito atencioso da sua parte me avisar sobre seus planos, já não sou tão jovem como você. Me dê um pouco de paz.

— Aí, meu velhinho — zomba, enchendo minha bochecha de beijos — Precisamos conversar — suspira novamente, deitando a cabeça em meu ombro — Descobri coisas… Coisas terríveis.

Uno nossas mãos.

— Não sou pai do bebê. Sei que Antonella traía Armando com outro além de mim. Outros, na verdade — revelo, fazendo com que ela me olhe sem acreditar — Você não foi a única bancando o Holmes — digo com sua surpresa.

— Sobre você não ser o pai, não fazia ideia. Como você está se sentindo?

Ela era mesmo inacreditável. Aurora poderia muito bem me criticar, apontar meus erros ao ter me envolvido com Antonella ou, comemorar por eu não ser o pai da criança, mas, não, ela estava preocupada comigo. Em como eu estava me sentindo, por saber que Antonella, mesmo sendo uma farsa, foi importante em uma fase da minha vida. Sem dúvidas, eu era o filho da puta mais sortudo do mundo. Era grato por finalmente ter puxado para fora a venda dos meus olhos a respeito disso. Ter a oportunidade de enxergar e amar a grande mulher ao meu lado. Ainda era difícil crer, mas, começava a me dar conta disso.

MATTEO - I Livro Da Trilogia Irmãos Moretti (CONCLUÍDO) 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora