Capítulo 33.

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DEEM PLAY ANTES DE COMEÇAR, O CAP. GANHA VIDA.


Emery.

Quando acordei, Mason não estava mais lá. Suspirei fundo me lembrando de cada detalhe da noite anterior, o seu toque, seu hálito doce o jeito como me olhava. Até aqui ele me desejou e me fez mulher, Mason ajudou-me a descobrir que tipo de pessoa eu quero ser e os medos que eu devo superar. Finalmente eu posso dizer que eu o amei e depois de muito esforço, ele se sentiu amado.

Mas que tipo de pessoa que se entrega para outra dessa forma, não ter abertura para os demônios do passado? Por que só eu que tenho a minha vida exposta para que ele possa enxergar tudo em mim e dele não há nada recíproco? Um vazio tomou conta do meu coração e meu estômago se revirou. Me lembrei das palavras duras de Mason e como as coisas pareciam se esclarecer conforme eu iria redobrando a consciência. O frio me atingiu e as paranoias também, me senti sozinha novamente e não reparei quando comecei a coçar com força meus braços. Fechei os olhos tentando me esquivar desses sentimentos que estavam prestes a me tomar, quando alguém entrou no quarto.

"Emery?" A voz rouca de Mason ecoou no quarto e o cheiro de cigarro tomou conta do ar. "Você está pálida." Ele concluiu e ouvi seus passos se aproximando. Abri meus olhos com a raiva que eu estava sentindo e não pensei duas vezes antes de despejar minhas inseguranças nele.
"Era isso o que você queria esse tempo todo, não é?" Cuspi, fitando sua expressão confusa. Seus cabelos estavam sedutoramente molhados e seus olhos brilhavam na penumbra do quarto. Sua camiseta branca tinha respingos d'água e o cós do seu short revelava a cueca preta.

Balancei a cabeça tentando não me entregar a respiração perfeitamente equilibrada dele.
"Do que você está falando?" Ele se aproximou ainda mais, tentando evitar qualquer tipo de contato. Sentou-se no pé da cama e ainda continuou me fitando com as sobrancelhas juntas.

"Você, Mason. Estou falando de você. Acha que eu não sei? Eu sabia que não deveria ter me entregado assim..." Continuei me coçando e agora minha pele ardia. "Você vai embora agora e nem disse que me ama! Foi muito claro quando disse que não namorava e o que eu fiz?" Joguei os braços na minha frente, dando a entender que o que eu fiz foi ter dado tudo o que eu tinha a ele.

Mason riu e eu o encarei incrédula. Ele passou uma das mãos do cabelo encharcado e mais gotas caíram na cama, seu sorriso era divertido e seu semblante despreocupado. Uma raiva cresceu dentro de mim e minha garganta estava pronta para gritar quando ele falou.
"Eu não vou te namorar e eu sinto muito por não conseguir dizer que te amo." As palavras saíram apressadas e um pouco engasgadas. "Mas você seria muito burra se não visse o que fez comigo." Ele abaixou a cabeça, olhando para o chão, esfregando as mãos uma na outra.

"Não me chame de burra." Eu sibilei, já sentindo as lágrimas deixando minha visão turva. Ele levantou o rosto para mim e agora eu podia ver arrependimento.
"Desculpa. Não foi isso que eu quis dizer..." Ele socou o colchão. "Porra, Emery. Eu estou tentando." Seu rosto parecia contorcido de dor. "Eu não consigo dizer que te amo, por mais que eu queira, por mais que essa vontade esmagadora dentro de mim, a mesma que me faz querer ficar perto de você cada mísero segundo diga para eu ser o que você merece, eu não consigo." Seu tom de voz era arrebatador e eu não conseguia manter a raiva que parecia se retrair novamente. Ele olhou para mim de novo e correu os olhos por meu corpo que estava despido debaixo do edredom. Apertei o pano contra mim tentando evitar essa vergonha que ameaçava me desintegrar.

Ele se colocou do meu lado, ficando deitado no meu colo, molhando o lençol fino que cobria minhas pernas. Eu resmunguei e ele balançou a cabeça provocativamente, molhando meus braços e rosto com a água fria.
"Mason!" gritei, cobrindo o rosto com as mãos e tentando me afastar para pará-lo. Ele me agarrou e com a força do seu corpo caímos na cama. Meus pelos se eriçaram e meu coração disparou ao sentir que o que nos separava era um amontoado de pano que já estava me fazendo suar.

After 6: Depois da calmaOnde histórias criam vida. Descubra agora