Capitulo 43.

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Emery.

Ele tinha os olhos fechados, me segurando forte em seus braços, imagino que pensando que eu fosse alguma alucinação. Pensei em me mover, chacoalha-lo e dizer que eu estava aqui e que meu corpo não aguenta mais um segundo longe dele.

Tudo em mim formigava enlouquecidamente, meu toque em sua pele gasta e pálida esquentava rapidamente. Aquela energia, uma corrente elétrica que nos envolvia faltando nos engolir estava ameaçando me despedaçar.

Eu estava tão sedenta por ele, pelo seu gosto, sentir seus lábios nos meus, que a pressão na minha intimidade estava pulsando para ser tocada. Suspirei alto, tomando a iniciativa de tocá-lo.

Meus dedos percorreram seu rosto machucado,  traçando cada linha cortada. Parei massageando sua têmpora e alisando o fundo roxo que circulava em seus olhos. Ele mordeu os lábios fortemente e tive que pressioná-los para que ele os soltasse.

"Como pode querer fazer... amor comigo? Mesmo depois das coisas que eu te disse?" Ele ainda me perguntou com os olhos fechados, encostando o rosto na palma da minha mão.

"Mason, eu estou te dando a oportunidade de esquecer tudo isso junto comigo. Você pode tentar ser algo mais ou pode dar meia volta e não me procurar, para sempre." Minha voz saiu firme, decidida e por um momento me perguntei se eu estava sendo racional em dar essa oportunidade que ele não merecia. Uma oportunidade que ele não fez por merecer, mas que meu coração estava implorando para que a Emery o entregasse de bandeja.

Ele apertou minha cintura com mais força e uma descarga elétrica percorreu minha espinha, das pontas dos dedos até o último fio do meu cabelo. Minha respiração descompassou na mesma hora e já podia sentir meu peito subir e descer sem controle. Seus dedos ágeis percorriam minhas costas, circulando alguns desenhos nos meus quadris.

Me mantive concentrada, querendo ver o momento em que ele abriria os olhos para que eu pudesse mergulhar definitivamente na minha perdição. Decretar minha sentença de morte e me perder no meu maior pecado.

Ele brincava com meu corpo e com as minhas emoções, sabendo exatamente o que estava fazendo, deixando minhas pernas bambas e o restante dos meus movimentos sem sentido. Eu já não estava suportando essa tortura, eu queria que ele me tocasse de verdade.

Foi quando ele abriu os olhos. Eles não eram mais sem vida, não estavam mortos e sem rumo. Aqueles olhos eram devoradores, eram olhos desesperados, necessitados, estavam completamente expostos para mim.

"Não se mexa." Sua voz era rouca e baixa, seu rosto era sério.

After 6: Depois da calmaOnde histórias criam vida. Descubra agora