🏳️🌈Marina Ama Biatriz (Meu primeiro amo)r Vol. 01 ( Romance Lésbico)

CAPÍTULO 13 SUA BOCA B

Passei pela cozinha e vi minha mãe dando os últimos retoques, organizando as panelas e pratos para poder ir dormir.

- Vocês demoraram, hein! Seu pai acabou de dormir.

- Fomos à praia de Beberibe e pegamos engarrafamento na volta.

- A sua janta e dos meninos está no fogão, não façam bagunça. Eu também já vou dormir.

- Vou me banhar e trocar de roupa, depois vou conversar um pouquinho com a Bia e esperar o Matias voltar, ele está com a moto dela.

- Ele foi aonde?

- Deixar a Rosely em casa. Parece que eles estão se entendendo.

- É mesmo? Esse menino não esquenta banco na casa de ninguém, tomara que eles se acertem, a Rosely é uma boa menina e você... Não fique conversando com Bia a noite toda, minha florzinha. Seu pai já andou perguntando se você estava em casa. Boa noite.

- Boa noite, mamãe. Quando eu voltar não vou fazer barulho para ele não acordar - disse abraçando minha mãe.

Meu coração parecia a bateria de uma escola de samba no final do desfile, as mãos molhadas denunciavam o meu nervosismo. Apertei a campainha e em segundos a porta foi aberta. Bia estava banhada cheirando shampoo suave que eu não sabia o nome, me pareceu também bastante nervosa, entrei pedindo a Deus que ela não percebesse a tremedeira nas minhas pernas.

- Vem, vamos lá para sala, eu preparei um lanche. Tá com fome?

- Hun-hun, vim direto para cá.

A sala, embora fosse idêntica a minha em questão de formato, se diferenciava na decoração em tons verde-água com uma iluminação toda diferente, as luminárias de led davam um ar de romantismo casando com três conjuntos de sofá em L na cor grafite, no centro da sala um tapete felpudo na cor branca, gostoso de sentir nos pés. Na parede uma TV imensa, tal qual uma tela de cinema e, para completar, um mesa de som dessas que só profissional usa ao lado de uma mesinha com hambúrgueres, suco e refrigerante.

Ela realmente havia pensado em tudo. Sentamos lado a lado e começamos a comer o pão de queijo e ovo com alface, cebola e pimentão. Estava com tanta água na boca que comi sem nem me preocupar se ela estava olhando. Depois de beber o suco de caju, Bia colocou uma música, os primeiros acordes soaram e já sabia quem era da Anitta, uma cantora negra muito parecida com as cantoras norte americanas e, segundo meus amigos, eu era a cara dela. A música "Complicado" estava tocando e senti que ela dizia exatamente o que sentia naquele momento.

- Eu gosto dessa música - falei.

- Eu adoro. Quando vi o clipe a achei sua cara, seu jeitinho. Daí então essa passou a ser meu mantra na hora de dormir.

- As meninas dizem que eu sou uma mistura de Anitta com o rosto da Camila Pitanga, na real... Sou uma mistura do Seu Alberto e Dona Fabiana, do meu pai tenho a altura e o resto é da minha mãe.

- Também acho. Você é muito parecida com sua mãe, vem cá, senta aqui.

Ficamos bem juntinhas ela passou a mão em meus ombros e segurou minha mão entrelaçando nossos dedos.

- Estou ficando vidrada em você... Quando durmo, ou quando acordo, fico ouvindo som em tudo que eu faço e só dá você em meus pensamentos. Morro de ciúme daquele babaca, na real, eu pirei na sua boca, adoro seu sorriso, seus cabelos, deixa eu te beijar vai? - ela falou tudo de uma vez, embora eu quisesse muito, estava morta de medo e vergonha.

- Eu não sei como faz... Nunca beijei - consegui dizer, pois estava com medo dela desistir. Me senti embriagada com o som da sua voz, seu cheiro e a sensação da sua boca junto a minha.