CAPITULO 28 DECIDIDA

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                      CAPÍTULO 28.

Fabiana entrou sem fazer barulho para não acordar ninguém, tomou banho no banheiro de baixo mesmo e foi para a cozinha preparar o café de todos. Ás oitos horas em ponto, todos desciam banhados e arrumados, os adultos para trabalhar, as crianças para fazer as tarefas e brincar, pois a tarde iam para o colégio, todo dia era a mesma coisa, a rotina não mudava. Às nove horas todos já tinham saído e Laura, sua fiel escudeira, e ouvinte de seus problemas e aflições ao longo da vida, chegava para ajudar nos serviços da casa, que não eram poucos. Sem sua ajuda e a do Pedro, que cuidava do jardim e da piscina, seria impossível.

Sabia que não daria conta, com tantos filhos e cuidados, principalmente agora quando todos estavam em mudanças de fase. Uns entrando na fase adulta, outros na adolescência e outros na pré- adolescência, e como nunca pode contar com o marido nessa parte, tinha consciência que sozinha seria impossível.

Quando todos estavam na mesa, já tomando o desjejum, faltava apenas Marina, mas pelo o ocorrido na noite anterior, não quis acordar a menina, deixou-a dormir mais um pouco.

— Onde está sua filha? — Alberto indagou com cara de poucos amigos.

— Deve estar na cama, ainda, ontem ela teve uma queda de pressão. Vou deixar que descanse mais um pouco. Hoje à noite eu, você e o Germano vamos ter uma conversinha. 

— Já está tudo resolvido. Não tem nada para conversar, a  não ser que você não concorde com os horários combinados.

— Virginia leve seus irmãos lá para cima, e só desça quando eu chamar. — Ela disse séria e todos se entreolharam.

Enquanto as crianças subiam as escadas, Fabiana encarava o marido, os filhos todos ficaram calados, mas estavam do lado da mãe, sempre, desde meninos sempre ficaram do lado da mãe em qualquer discussão que havia, quando Virginia desapareceu da vista no alto da escada, Fabiana suspirou cansada.

— Preste bem atenção, senhor meu marido. Minha filha, minha filha como o senhor faz questão de dizer, não vai namorar ninguém que não tenha sido escolhido por ela. — Fabiana tremia de raiva em pé ao lado do marido, que a olhava com desdém.

— Isso é o que você pensa. Se não for esse molenga, será outro. Tem mais, não quero mais saber dessa sapatão, nem a filha e tampouco a mãe, aqui dentro da minha casa. — Bebeu o café fumegante ainda de pé sem olhar para ninguém em especial.

— Da nossa casa. Você quer dizer, e elas  virão quantas vezes elas quiserem, porque a casa é minha também, e enquanto eu viver, na minha casa, mando eu! Já que não estou fazendo nada para manchar sua integridade.

— Pois traga elas aqui para dentro. — Dessa vez a encarou a esposa enquanto depositava a xícara lentamente na mesa. Exaltado todo curvado quase caindo em cima de Fabiana que não moveu um centímetro se quer o corpo do marido. Marcelo antevendo que os dois poderiam não medir as consequências, interveio.

— Papai, pára com isso, essa casa é tão sua quanto da mamãe, e não tem nada demais a Biazinha ou a dona Luiza vir aqui, a Bia é como uma irmã  para nós, e vai vir aqui sim, que besteira é essa? — Marcelo o filho mais velho sempre fora um rapaz calmo, menos quando era para defender a família.

— Também acho papai, nada a ver isso, se elas duas quiserem se pegar ninguém vai empatar. — Marcos completou sem pensar nas palavras.

— Você, Marcos, cale sua boca!, Já que também é outro degenerado, só pode estar de acordo com essa safadeza. Até porque você vive de bebedeira e na esbornia, não sabe o que é responsabilidade, vá trabalhar, deixe de viver as minhas custa, vagabundo  imprestável.

🏳️🌈Marina Ama Biatriz (Meu primeiro amo)r Vol. 01 ( Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora