CAPÍTULOS 25

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CAPÍTULO 25

ENQUANTO ISSO NA CASA DA BIA ...



 Bia entrou em casa a força, com a mãe segurando seu braço e a forçando se sentar. Roberta e Bernardo sentaram ao seu lado e a abraçaram com carinho.

— Fique aqui. Lá você não ajuda em nada. — Luísa impediu Bia que estava indócil querendo a todo custo voltar .

— Mamãe, acho ela desmaiou e eu não posso ficar a seu lado. Que porra é essa? Ela é minha namorada, tenho o direito de estar lá. Eu não tenho medo do pai dela aquele babaca homofóbico. ― Dava socos e esperneava tentando se levantar quando sua mãe pediu para Bernardo afastar para o lado e sentou ao seu lado, abraçando e beijando sua cabeça, enquanto falava suavemente.

— Tá certo. Tá certo, ele é tudo isso e muito mais, mas filha, você tem que entender que ele é o pai dela, tem todo direito de mandar e desmandar dentro daquela casa, que é dele e é sustentada por ele.

― Pelo amor de Deus mãe, os tempos mudaram, não vivemos mais na idade média, mulher já pode até votar, quanto mais tomar decisões dentro da casa. ― Roberta que passava na sala de volta da cozinha com um copo com água parou por instantes dando sua opinião.

― Em qualquer casa talvez, mais na casa do Alberto, ele é a autoridade, pelo menos é isso que ele acha. ― Luisa sentou de lado desafivelando a rasteirinha e jogando perto de onde estava sentada. ― Marina só tem dezesseis anos e pela lei, é menor e vulnerável, o pai tem o pátrio poder, além do mais, ele bebeu muito, acha que está fazendo o melhor para a filha, dá um desconto. A Fabiana vai conversar com ele, os meninos vão conversar com ele, amanhã é outro dia.

Bia estava inquieta e Luíza continuou tentando  acalmá-lá.

— Esfria sua cabeça, sua irmã ficou lá, qualquer coisa ela toma a frente, apesar de tudo Alberto nunca tocou num fio de cabelo das filhas  desde que nasceram, ele é louco por elas, quando as coisas acalmarem a gente vê como vai resolver isso.

  Luíza não tinha muita certeza do que dizia, mas ver sua filha naquele estado fazia seu coração sangrar. Das filhas, Biatriz era a mais parecida com ela, desde menina já demonstrava suas preferências, na forma de se vestir, andar, brincar e agir, nas férias que passavam na casa de Fabiana, ela e Marina desde sempre foram grudadas, um laço forte as unia. Parecia que a história se repetia com mais cores e sabores, sua filha estava vivendo o primeiro amor e já vinha cheio de preconceito por parte do pai, nada ia ser fácil para as meninas.

  Luísa lembrou de sua adolescência quando se apaixonou a primeira vez era  outra menina, outros tempos, correndo com uma flor para entregar a coleguinha. 

 Agora  era a vez de sua filha sofrer  de amor e ela não podia fazer nada, essa era a historia de sua filha, e  Biatriz era tão impulsiva.

  Se não aquietasse o coração dela, era bem provável que Biatriz invadisse a casa de Fabiana e tiraasse a namorada lá de dentro trazendo a desgraça para as duas famílias.

  Ela não queria, em hipótese alguma, perder a amizade que nutria pela mãe de Marina ao longo dos anos.

― Roberta, leva sua irmã e fica com ela no quarto. Bernardo vá lá e pergunte a algum dos meninos como está tudo por lá.

— Vou ficar aqui  mãe, não posso simplesmente ir dormir sem saber o que está acontecendo lá.

— Certo, fique aqui, mas sem teimosia. Você não conhece o Alberto, ele é capaz de coisas terríveis se descobrir que a filha é assim, com certeza vai dar um jeito de colocar num colégio interno.

🏳️🌈Marina Ama Biatriz (Meu primeiro amo)r Vol. 01 ( Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora