CAPÍTULO 32
Contém cenas de violência psicológica
Homofobia
Palavras de baixo calão
Marina
As coisas não estavam nada boas para o nosso lado, eu sentia todo meu corpo tremer, estava apavorada minhas pernas bambas, mais parecia as pernas do homem elástico, eu tinha que tomar uma atitude agora na frente de todos ou chorar para o resto da vida, apertei a mão da Bia e forcei as palavras a saírem da minha boca.
― Mamãe estou indo com a senhora para casa, ― e virando para meu pai era agora ou nunca, ergui a cabeça uma vez que ninguém além de Bia estava vendo a minha tremedeira continuei firme. ― Está ouvindo seu Alberto? Estou indo com minha mãe, mas a Bia vai junto e hoje eu durmo na casa dela, ou ela na minha.
O suspiro ofegante foi audível, mas não poderíamos dizer com certeza de onde veio se de minha mãe, com seu olhar assustado, como uma corça ou de dona Luiza altiva como uma leoa, o certo é que seu Alberto mais uma vez perdeu a compostura, pois adiantou os passos e pegou meu braço apertando e querendo me arrastar a força, minha coragem veio não sei de qual lugar, mas olhei para ele e com uma calma, que com certeza não era minha, disse entre dentes.
― LARGUE O MEU BRAÇO. ― Falei pausadamente. ― Me solte, e nunca mais ponha suas mãos em mim tentando me forçar a ir onde não quero ou para me bater, a Bia vai sim para minha casa ou eu para a dela, quer o senhor queira ou não.
Meu pai com uma certa dificuldade largou o meu braço, talvez ciente que no momento, diante de todos era o melhor a se fazer e voltou para perto dos meus irmãos, que se afastaram indo para o lado de minha mãe como se ele tivesse contraído uma doença.
Depois que disse isso sai puxando a Bia para pegar as mochilas dentro da casa. Uma vez lá dentro, só nós duas ela suspirou fundo e desabafei:
— Vida, eu estou toda me tremendo, olha! — Estiquei a mão que tremia no ar.
— E eu que acho que me borrei toda. — Bia afirmou estática realmente ela estava, mas branca do que o normal.
Meus irmãos entraram todos abraçando a Bia e a chamando de cunhada e tal, Bernardo abraçava a irmã pedindo desculpa por ter dado a nossa localização. Tia Luiza olhava minha mãe, que tinha os olhos rasos d'água e as duas conversavam só com olhos, o que será que elas diziam?
Por várias vezes eu tinha percebido esses olhares entre minha mãe e a dona Luiza, como se as duas guardassem um segredo só delas, ou ainda como se as duas se entendessem só com o olhar.
Depois de pegarmos tudo e a mãe da Bia fechar o apartamento saímos todos, eu e Bia fomos com Marcelo meu irmão número um e minha mãe, pasmem, foi com a mãe da Bia, só as duas, e seu Alberto ficou em pé olhando sem acreditar no que via e sem autoridade alguma para impedir minha mãe de ir, acho que ele aprendeu na marra que minha mãe agora era uma mulher livre, tomara que eu esteja certa.
POUCO TEMPO DEPOIS.
Fabiana
― Vamos todos entrar e resolver essa situação da melhor forma possível, somos duas famílias que se conhecem desde sempre e é em cfamília que vamos resolver. — Digo olhando direto para Luiza, estendendo o convite para todos, ciente que não seria uma conversa tranquila.
Diante do antagonismo do meu marido que olhava para a outra família com ares de repulsa, todos entraram e se sentaram ao redor da piscina, que era um local aberto e amplo, pronto para reuniões, com cadeiras e mesas espalhadas por todo o espaço amplo.
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🏳️🌈Marina Ama Biatriz (Meu primeiro amo)r Vol. 01 ( Romance Lésbico)
RomanceSINOPSE Marina tem tem 15 anos faltando 4 meses para completar 16 é uma garota como outra qualquer. Negra assumida tem orgulho da cor, de uma família numerosa e cheia de amor, como toda adolescente é cheia de sonhos, e...