CAPÍTULO 12 A PRAIA A

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Acordei com meu celular avisando a chegada de uma mensagem, estiquei a mão até a cômoda que ficava ao lado da cama, cômoda essa que usava como mesinha para estudo ou depósito. Liguei e vi várias mensagens das meninas me chamando para ir à praia ou cineminha no shopping. Havia uma da Bia me chamando para fazer qualquer coisa, procurei responder essa em primeiro lugar.

Resolvi fazer uma chamada de vídeo. No segundo toque a tela abriu e a Bia andava com um iPhone na mão indo sentar na ponta da cama muito bem arrumada, usava uma blusa folgada que parecia um vestido.

- Bom dia - deixei uma risadinha escapar - ha! Então o BB dorme de vestido?

- Isso não é um vestido, é uma regata. Só para o seu governo, isso também não é uma calcinha, é uma cueca box - falou levantando a camisa e mostrando uma cueca box preta com uma boca aberta desenhada em vermelho e uma língua imensa esticada e caída para fora com os dizeres: "use a imaginação".

- Palhaça, isso lá é cueca que se use. O que você queria? - Perguntei as gargalhadas.

- Não posso dizer realmente o que eu queria... Brincadeira, que tal a gente ir à praia? Aí fora está um sol maravilhoso e sou uma companhia ideal para tornar o seu dia maravilhoso.

- Convencida - digo.

Começo a me esticar na cama e, sem nem mesmo saber porque estava fazendo aquilo, me aconchego e continuo a falar normalmente.

- A turma mandou mensagem sugerindo a mesma coisa - falei, mas por dentro tudo estava revirando igual a menina do filme "YES OR NO" disse, eu estava com borboletas no estômago, um monte de borboletas voando e me deixando nas nuvens.

- Eu não sou convencida, eu sou consciente do que posso proporcionar a garota que estou querendo namorar e, para ser clara, estou dizendo eu e você, só nos duas e ninguém mais, o que acha?

Será que ela estava mesmo dando em cima de mim ou será que ela estava só sendo educada? Ou sou eu quem estava fantasiando tudo?

Ela havia dito aquilo enquanto me olhava com aqueles lindos olhos verde-mar e aquele sorriso de canto, o que provocou uma colisão das borboletas dentro de mim. Será que estava sendo sincera? Eu achava tudo aquilo um máximo, mas não podia e fui obrigada a dizer o que não queria.

- Não posso, não tenho idade para andar sozinha e nem você também - acabei completando para não dar a impressão de estar dando um fora.

- Eu posso sim sair só para alguns lugares, não posso é beber ou fumar, ou andar em festas a partir de meia noite, mas ir a praia não faz mal. Podemos ir numa boa.

- Mesmo assim, se eu for à praia só com você, o que não e possível já que meu pai não deixaria e meus irmãos iam pirar se eu saísse só, eu não poderia usar biquíni. O que iria me deixar chateada.

- Por causa de que a senhorita não poderia usar biquini? Seria uma festa para os meus olhos - quis saber a curiosa, mas não me sentia à vontade de explicar.

- Você já me viu, esse corpo exagerado que eu tenho, isso é corpo de quem ainda vai fazer 14 anos? Não. Parece mais o corpo de mulher de 20 anos com cara de 15, os homens se acham no direito de me cantar aonde eu vou.

- Nesse ponto você tem razão, já vi mesmo uns caras dizer gracinhas lá na quadra quando você está jogando.

- Eu sei, já vi muitas vezes o Marcos ou Matias querendo sair no braço com os mais afoitos.

- Me convenceu, se não podemos ir só nos duas, como eu queria, vamos com a torcida do flamengo - Ela completou e eu não pude deixar de rir de sua frustração forçada que ela demonstrava fazendo caretas.

🏳️🌈Marina Ama Biatriz (Meu primeiro amo)r Vol. 01 ( Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora