Feather

Preocupações

Leiftan P.O.V

A Ewelein e os outros enfermeiros pegaram a Katie dos meus braços, e as levaram até a enfermaria. Corri atrás deles, que começaram o mais rápido possível a cuidar dela. Se algo acontecer com ela, eu não me perdoarei... Acabei de descobrir que ela sente o mesmo por mim, e já tenho risco de perdê-la... EU SOU MESMO UM IDIOTA! Dou um murro no pilar da enfermaria, que assusta a Ewelein.

- LEIFTAN! Estamos trabalhando! Não faça isso!

- Desculpe Ewelein...

Uma lágrima começa a rolar pelo meu rosto.

Eles fecharam o ferimento dela, e passaram pomadas. Como a Katie acabou perdendo muito sangue, fizeram uma transfusão, usando o meu, os dois são compatíveis.

Ewelein decidiu levá-la ao seu quarto, para descansar. Fiz essa tarefa por ela, a carregando novamente, como aquele momento...

Pousei-a delicadamemte na cama e acabei sorrindo por causa daquela lembrança de hoje mais cedo. Encaro seu belo rosto, e acaricio sua bochecha. Nunca me importei muito com ninguém, mas claro, a Katie foi a primeira excessão... Eu a amo muito... Minha mão, que acariciava sua bochecha, acabou parando em seus lábios. Ainda me lembro do nosso primeiro beijo, na Cerejeira... Me aproximo dela, e a beijo.

- Eu te amo, ok? -sussurro- Ninguém nunca mais vai te machucar...

Encosto nossas testas. Esse gesto me traz muitas lembranças...

Katie P.O.V

Durante todo o meu coma, o calor que emanava do colar não cessava, e sempre estava envolvida nele. Isso é muito estranho... Depois de um tempo, consigo acordar. Abro lentamente os olhos, e vejo um Leiftan adormecido ao lado da minha cama. Levo a minha mão em sua direção, e acaricio seus cabelos e bochecha. Ele acaba acordando, e seus olhos verde-esmeralda eram a única coisa que tinha vontade de ver ao acordar. Ele sorri, boceja, e eu aproximo meu rosto do seu. Ele me beija assim que chego mais perto. Mesmo cansado, ele consegue transmitir toda a preocupação dele comigo atravéz de um beijo.

-Me desculpe, eu deveria ter sido mais cuidadosa... - sou cortada na hora no meio da minha frase com outro beijo dele.

- Você não sabe o quanto estou grato por você ainda estar viva... - ele começa a lacrimejar, e esconde seu rosto na beirada da cama.

- Leiftan... - pego seu queixo, e levanto seu rosto, o fazendo olhar para mim. - Eu não deveria ter me arriscado tanto, eu sei, me desculpe...

Seco a única lágrima que escorreu em seu rosto, e continuo o carinho que fiz para ele acordar. O Leiftan acaba se perdendo nesse carinho, e apoia a cabeça na minha mão.

- Não precisa pedir desculpas... Você ainda está viva, e para mim, é a única coisa que importa... - ele se aproxima, e me dá um outro beijo. Um lento, como nosso primeiro. E como todos os nossos beijos, esse me incendiava por inteira.

Como eu amo o Leiftan... AH! Isso é tão estranho, mas não é ruim... Nunca sei como me sentir em momento algum quando estou com ele, o Leiftan me deixa simplesmente louca...

Eu não sabia que o amor podia chegar à esse nível de loucura... É um tanto imprevisível.