Todo o poder de uma aengel

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Katie P.O.V

Assim que saio do leito de Leiftan, vou a procura de minhas armas. É muito arriscado para mim ter que voltar para o campo de batalha, mas eles precisam de mim. Eldarya precisa de mim.

- Achei!!! - pego a bainha com a espada, que estavam ao lado da minha maca.

- Onde é que a senhorita pensa que vai??? - Ewelein sai de uma das salas, me advertindo.

- Eu vou voltar para a batalha, Ewelein.

- MAS NÃO VAI MESMO!!! - a elfa berra, incrédula.

- Eu estou me sentindo muito melhor!!!

- Mas o Leiftan não! - Ela fala. Essa afirmação me pegou de surpresa. É óbvio que ele precisa descansar, mas o que isso tem haver... - Se já tiver esquecido, suas almas estão conectadas! Se você se machucar, seja o mínimo que seja, ele vai se afetar!!! E com seu estado atual, tem risco de mim não conseguir ajudá-lo!!!

Eu realmente me esqueci disso.

Eu não posso arriscar a vida dele, por causa de um ato de heroísmo meu. Se ele se ferir, eu nunca me perdoarei...

- Ewelein...

Nós duas nos viramos ao mesmo tempo, encontrando Leiftan, apoiado em uma coluna.

- Deixe a ir. - ele fala.

- Estão loucos???

- Não, apenas estou permitindo que Eldarya tenha mais chances de permanecer intacta. - Leiftan cala a elfa na hora - Nós dois sabemos que a Katie é cuidadosa, e uma ótima lutadora. Ela não se machucará tão fácil assim.

Sorrio para ele, que retribui. Ele sempre me apoia, não importa o que aconteça, e sua ajuda deixou a elfa bastante acuada.

- Está bem. - Ewelein desiste - Mas se voltar com uma mão ralada, você nunca mais deverá contestar minhas decisões médicas.

- Fechado. - falo, vestindo a bainha da minha espada - Voltarei logo, com Eldarya salva de uma vez por todas.

Os dois assentem com as cabeças, e saio da enfermaria. Desço as escadas rapidamente, até que...

Ouço um estrondo, vindo do corredor dos quartos.

Mas o que...

Quando chego lá, fico espantada com o que vejo.

Todos os quartos estão intactos.

Menos o de Leiftan.

Tudo no local está revirado e destruído, e a porta está arrebentada. Sem pensar duas vezes, corro de volta para a enfermaria, e digo a ele o que vi.

Leiftan ficou espantado com o que disse, e me pediu para levá-lo para lá. Quando chegamos, seu olhar fica perdido ao ver o estrago. De repente, seu rosto se iluminou, e assumiu uma expressão de desespero.

- Não, não, não...! - ele fica procurando algo nos escombros de sua cômoda, até que berra - MERDA!

- O que foi?

- Sejá lá quem for que fez isso, conseguiu o que queria encontrar.

- Como assim? - pergunto.

- Alguém levou meu livro de encantamentos. Esse alguém agora tem todas as fórmulas de como derrotar todos os tipos de faeries. - ele bufa.

- Mas isso é impossível!!! O Q.G está protegido com um escudo impenetrável!!!

- Quem fez isso já estava por aqui a muito tempo, então. - ele diz, com uma fúria contida.

- Não se preocupe Leiftan. Iremos encontrar o culpado.

- Espero... - ele diz, antes de se virar para mim - Agora vá. Não quero te segurar por mais tempo. Vá salvar Eldarya. - o brilho de seu olhar ao dizer isso me alegra e incentiva ainda mais.

Dou um selinho em seus lábios, e murmuro:

- Sei que já disse várias vezes, mas eu te amo.

Ele sorri, antes de me responder:

- Pode me falar mil vezes essas três palavras, pois nunca irei me cansar de ouví-las.

Nos beijamos denovo, antes de me separar dele.

Finalmente, saio dos muros do Q.G, com uma certa dificuldade graças ao escudo. Corro em direção a praia, e a medida que o barulho de espadas se chocando, berros e de flechas cortando os ares fica mais presente, a adrenalina começa a aumentar no meu sangue. Quero acabar com isso logo. Quero e vou terminar essa guerra.

Encontro a grande barreira que separava a batalha de Simon e Lance das demais. Assim que me aproximo, empunho a minha espada, que se torna flamejante novamente.

Juntei todas as minhas forças, e finco a espada no escudo. Começo a tentar abrir uma fenda, para que eu possa entrar lá.

A magia é muito poderosa, e eu mal consigo fazer um mísero corte naquela barreira.

Continuo usando minha força, o máximo que posso. Meus braços estão doendo muito, e estou perdendo o fôlego aos poucos.

De repente, começo a sentir um formigamento nas minhas costas. Uma aura dourada me envolvia, ao mesmo tempo que minha força aumentava cada vez mais. A energia pura lutava contra a sombria, me ajudando a abrir aquele escudo.

Eu tinha finalmente, me tornado aengel.

Um clarão que veio de súbto me deixou cega por uns instantes, até que volto a ver.

Uma enorme fenda se abrira entre as trevas, me permitindo entrar naquele lugar. A minha aura nem minha energia me abandonaram. Sinto que posso lutar contra todo aquele exército, e ainda vencer.

Quando entro no meu novo campo de batalha, vejo meu irmão e Lance batalhando mortalmente.

Até que me veem.

Meu cabelo está esvoaçado pelo vento, e minhas asas aengel iluminam o local, assim como minha aura. Ainda estou empunhando minha espada flamejante, como uma verdadeira guerreira, pronta para enfrentar a batalha de sua vida. Simon dá um sorrisinho de lado.

"Agora o Lance está lascado"

Sorrio com seu pensamento, antes de dizer, com toda a confiança e poder que juntei ao longo desses anos:

- Querem companhia?

FeatherOnde histórias criam vida. Descubra agora