Um lugar desconhecido

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Mery P.O.V

Acordo junto com o Grindel e o Staw, e estou abraçando o meu amiguinho, o Sky. Começo a olhar ao redor, meio tonto. Nós estamos no Q.G??? Nós conseguimos sair de perto da moça má!!!! Olho pros meus amigos, e sorrio:

- Nós estamos salvos daquela moça malvada!!!

- A moça da enfermaria curou o nosso dodói, ela é muito legal!!! - Grindel disse.

- Eu tenho que encontrar meu papai e a minha mamãe! - Staw respondeu.

- Eu também! Minha mamãe deve estar preocupada!!! - digo e saimos correndo até o Refúgio.

Vou correndo até a minha casinha, e entro.

- Mamãe!!! Eu cheguei!!! A Guarda conseguiu me salvar!!!

A mamãe não me respondeu. Que estranho!

- Mamãe??? Onde você está??? - procuro em toda a minha casinha, mas ela não está lá.

Saio da minha casinha, e encontro o Grindel e o Staw, também um pouco desesperados.

- MERY! NÃO TEM NINGUÉM AQUI! - Staw disse, chorando um pouco.

- O QUE? Mas como assim???

- A gente procurou as tendas do nosso grupo, mas não tinham nenhum nômade, então entramos no Q.G, e não tinha ninguém! NINGUÉM!!! - Grindel começou a se desesperar.

Não acreditando, percorremos o Q.G inteiro, mas realmente não tinha ninguém. Paramos na Sala das Portas.

- Não pode ser! O que será que aconteceu? - digo, chegando a minha vez de me desesperar.

Foi quando um moço chegou. Ele estava todo vestido de preto, e não dava para ver a sua cara. Além disso, ele segurava um treco, era uma arma que tinha a lâmina meio torta e bem afiada na ponta.

- QUEM É VOCÊ??? - o Staw grita com muito medo.

- Fique calmo, eu não vou machucá-los... - o moço responde.

- ESSE TRECO NA SUA MÃO DIZ OUTRA COISA! - Grindel disse ao moço.

Em resposta, o moço de preto coloca o treco que segurava no chão.

- Agora vocês ainda acham que os machucarei?

- Hummm... - o Staw continua apavorado.

- Vocês se chamam Grindel, Staw e Mery, não é? - ele diz nossos nomes, apontando para cada um de nós.

- Como você sabe o meu nome? - Grindel pergunta, desconfiado.

- Éééé... Palpite!? Bem, venham comigo. E dessa vez, vocês não tem escolha.

Ele começou a andar, e nós o seguimos, meio que obrigados. Ele nos leva até a Sala do Cristal.

- Coloquem suas mãozinhas no cristal, por favor.

- Mas não podemos fazer isso! A Miiko não deixa! - o Staw falou.

- Confiem em mim.

O Staw vai primeiro. Ele respira fundo, e encosta sua mão no cristal. Algo muito assustador aconteceu, ele começou a brilhar, mais do nada desapareceu, e foi a vez do cristal brilhar. Ele não voltou.

- STAW! O QUE ACONTECEU COM O NOSSO AMIGO? - o Grindel grita.

- Ele está bem, confiem em mim. Ele foi mandado para... Ééé... Um lugar cheio de crianças felizes, e que brincam juntas todo dia. - o moço diz, convidando o Grindel a fazer o mesmo que o Staw fez.

- EU NÃO ACREDITO EM VOCÊ! AONDE REALMENTE ELE FOI?

- Você me pegou, eu realmente menti, desculpe... - ele bufa, como se estivesse pensando - Ele foi... Reencontrar a vovó dele, e você irá reencontrar o seu vovô.

- Mas... - o Grindel pareceu um pouco abalado, mas ficou feliz logo depois. Encostou no cristal, e sumiu, do mesmo jeito que o Staw.

- Sua vez pequenino! - ele fala com uma voz gentil.

- Moço, quem eu vou encontrar? - pergunto a ele.

- O seu pai.

Papai!!! Sinto tanta falta dele!!! Faz muito tempo que não o vejo, mas...

- Mas o meu papai morreu, já faz muito tempo...

Ele se fechou na hora.

- Espere, eu... eu... Eu morri? - falo.

Ele respira fundo, meio desapontado.

- Eu não queria que você descobrisse isso, me desculpe, realmente.

- Tudo bem, você não tem culpa disso...

Avanço minha mão meio triste em direção ao cristal, mas quando eu o encosto...

Não acontece nada comigo.

Tento denovo e denovo, mas nada. Até que o moço vai em minha direção. Ele pega a minha mão e tenta a encostar no cristal. Ele continuou várias vezes, até a minha mão começar a doer um pouco.

- Mas por que eles conseguiram ir, e eu não? - pergunto ao homem.

- Você ainda deve ter assuntos pendentes em Eldarya... Bem, você vai ter que morar aqui por um tempo.

- Não tem jeito de eu voltar?

- Não, quando você está definitivamente morto, isso é impossível.

- Então, eu vou ficar aqui com você, Senhor Coisa-vestida-de-preto?

Ele riu com esse apelido que dei a ele.

- Sim, e no decorrer desse tempo, acho que vou ter que te ensinar alguns dos meus poderes sabe... Vai ser legal ter um discípulo!

- O que é discípulo?

- Um aluno. Eu como seu mestre, serei seu professor!

- Okk então, mas eu posso ao menos ver seu rosto?

- Agora você está pedindo demais, Mery.

- Me desculpe.

- Tudo bem, agora venha comigo, vou ter que te explicar um punhado de coisa.

Eu sai correndo, todo alegre com meu novo amigo, enquanto ele ria da minha agitação.

FeatherOnde histórias criam vida. Descubra agora