Capítulo 9

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Depois que terminamos de comprar todas as roupas fomos ao salão. Segundo Antónia Guerra,preciso dar um jeito no meu cabelo. Lá passaram escova no meu cabelo com o secador de mão e endereitaram o corte fazendo-o ficar mais alinhado. Meu cabelo caia sobre os ombros num corte recto. Eu estava linda, mas não feliz.

Compramos tantas roupas desnecessárias que não fazem o meu tipo. Eu gosto de vestir calças, camisas com botões, blusas e não monte de vestidos chiques e ajustados que valorizam minhas curvas ou shorts sociais e vestidos rodados da "moda". Pior que as cores das roupas variam entre as cores da primavera e verão. Gosto mais de tons escuros como do outono.

Posto em casa, faço uma súplica mental para que Ettore não esteja em casa e não cruze comigo. Não quero ser tocada por ele.

Saio do carro sem tirar uma só compra e caminho em passos largos para dentro da mansão, mas paro de andar quando ouço Antónia gritando:

- Vai até seu quarto e se apronte para ficar linda para o seu noivo.

Arregalo os olhos. Meu noivo?!

Não respondo e sem dizer nada entro em casa e subo as escadas.

Enquanto subo as escadas penso " Por que não aproveitar a ausência de Ettore para procurar algo que o incrimini?" Se encontrar algo estarei um passo à frente.

Olho para tudo que é canto da casa e quando vejo que não tem ninguém passando, começo a procurar o quarto de Ettore. Depois de muitas tentativas para tentar achar, finalmente encontro seu quarto e entro.

Dou conta do quarto pela simplicidade e pelas cores da decoração. As cores em destaque são preto e cinza. Os lençóis são cinzentos e a cortina preta, causando um ar solitário e Dark. Ignoro a decoração do quarto e começo a vasculhar as coisas dele pra ver se encontro um cofre. Normalmente ricos sempre têm um cofre para guardar os seus bens mais valiosos ou documentos de valor,então, creio que Ettore também tenha algo a esconder no cofre.

Se eu encontrar um cofre e adivinhar o código, terei uma carta na manga. Já que estou aqui, não vou ficar de braços cruzados, vou recolher o máximo de provas e quando sair daqui vou mostrar para esse bando de homens que uma mulher consegue colocar um mafioso na prisão. Sairei dessa mansão, mas não de mãos vazias.

Fico procurando em tudo que é canto e não encontro nada. Abro várias gavetas e uma chama a minha atençaõ quando noto que está trancada. Onde está a chave!? Tiro um doss grampos que o cabelereiro usou para prender meu cabelo e faço movimentos treinados para abrir a gaveta.

Giro o grampo e a gaveta se abre. Encontro vários documentos e começo a ler. Parecem ser contratos que a Máfia fez com políticos, mas nada que seja suficiente para colocá-lo na cadeia porque não havia suas assinaturas e nem um vestígio que prove sua participação.

Havia também o envelope de uma clínica. Observo bem e noto que ainda está selado... De quem será?

Parece ser um teste de DNA feito esse ano...

De repente ouço passos vindo do corredor e rapidamente coloco todos documentos na gaveta desajeitadamente, fecho e volto a trancar.

Procuro um sítio para me esconder e fico de baixo da cama. A porta se abre e vejo os sapatos de Ettore. Ele abre uma das gavetas e tira de lá algo.

A cama se afunda quando ele senta e em silêncio abre o envelope ainda selado.

- Vamos ver se você está dizendo a verdade Paola... - Ele comenta enquanto abre o envelope.

Quem é essa tal de Paola?

O silêncio foi quebrado quando Ettore começou a soltar várias palavrões.

Pietra, Entre o Amor e o Ódio - Máfia Italiana - (Concluído) EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora