Capítulo 4

3.3K 354 49
                                    

Sinto meu Coração batendo a mil por horas. Bate tão forte que é bem capaz de escapar pela boca! Sei que essa missão será muito arriscada e estou consciente desde o momentos que me chamaram. E sim, eu corro o risco de morrer, mas mesmo assim estou seguindo em frente sem olhar para trás.

Talvez não será assim tão difícil como imagino...

— Nervosa? — Enrico quebra o gelo me perguntando.

Viro meu rosto que antes estava voltado para janela do carro, olho em seus olhos cinzentos e vibrantes — Não. — respondo sorrindo de leve.

Nunca deixo transparecer minhas fraquezas, por isso, dificilmente revelo minhas emoções.

— Quando me disseram que tinha que vir buscar um militar escolhido para essa missão, nunca pensei que fosse você, uma mulher... — Ele confessa penetrando seu olhar no meu.

Bufo — Obrigada, seu comentário machista valeu para algo. — Ironizo e viro novamente meu rosto em direcção da janela e fico observando a paisagem. Reparava como essa rua é chique e prestigiada. As casas,melhor dizer, mansões que já passamos, são gigantes e lindas...

— E agora que vejo você — Enrico fica em silêncio antes de continuar — entendo por que a escolheram.

— Por que acha que me escolheram? — Rencosto minha cabeça no banco do carro.

— Antes de enviarem-na a carta, vários militares receberam. E, acredito que várias mulheres também foram convocadas para essa missão. Por ser uma missão de vida ou morte, dá-se o direito a cada um de escolher se aceita ou não. — Franzo a testa — Vários homens responderam que sim, mas nenhum deles mostrou toda sua bravura e coragem. Nenhum deles mostrou estar capacitado para essa missão. Nenhum deles transmitiu confiança ao comandante... — Ele dá uma pausa e solta um suspiro pesado — Desejo boa Sorte. Não morra, ainda vou querer tomar um drinque contigo. — Diz com um sorriso de canto no rosto revelando sua covinha solitária.

— Ainda vai encher a cara comigo! — Falo com um sorriso de canto e ele solta uma gargalhada me fazendo rir também — parece não saber muito, mas pelos vistos sempre soube que a intenção era escolherem uma mulher...

Ficamos em silêncio por mais alguns minutos até ele proferir:

— Ande mais uns dois quarteirões e encontrará a Mansão Guerra. — Assinto e saio do carro carregando minha mochila nas costas.

O vento batia forte em meu rosto e enquanto andava todo meu cabelo bagunçava, sorte a minha ter prendido.

Enquanto ando, rolo meus olhos por toda rua, como havia dito, há várias casas perfeitas por todo canto. Uma mais bela que a outra. Por vezes a fortuna esbanjada por toda essa gente é motivo da pobreza e desgraça de outros... Agora me pergunto, como alguém consegue dormir assim? Com certeza no mundo dessa gente não existe consciência pesada.

Finalmente chego no bendito quarteirão! Encontro uma etiqueta apontando para mansão De Luca Guerra. A casa mais bela e gigante da Rua.

Posto lá, no portão havia dois homens armados. Respiro fundo e visto a minha nova identidade de mulher desempregada, simpática e com fio de esperança para conseguir o emprego.

— Bom dia meus senhores! _ Cumprimento sorrindo — Sou Laura Ricci e tenho aqui uma proposta de emprego... Hoje será a entrevista! Será que poderiam chamar a governanta? Ou o responsável? — Falo educadamente.

Pietra, Entre o Amor e o Ódio - Máfia Italiana - (Concluído) EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora