Capítulo 12

3K 335 57
                                    

Sem Revisão.
______________

Ettore segura meu rosto com suas mãos e beija minha boca com ternura. Fico parada sem me mover, mas sua língua invade minha boca e correspondo o beijo acompanhando o ritmo lento e preguiçoso. Minha mente dizia não, mas meu coração, meu corpo sentiam necessidade de tê-lo em meus braços.

Nunca me deixei levar pelo desejo carnal, sempre coloquei em primeiro lugar a "razão" e só depois minhas vontades, evitando muitas decepções. Eu não posso simplesmente esquecer que Ettore é um mafioso e uma pessoa que há minutos atrás gritou comigo! E que me matará caso não aceite casar!

Minhas mãos estavam livres, então, enquanto ele me beijava, empurro ele e não consigo o afastar, mas ele dá conta e para de me beijar. Ele se afasta e passa as mãos pelo cabelo furiosamente.

Passo as costas da mão na boca, e limpo meus lábios com brusquidão. Não quero pensar nas possibilidades de eu ter gostado do beijo.

- Entenda Ettore,eu não sou para ti! - Falo ofegante, sem desviar seu olhar do meu. Eu sentia meu coração a bater tão forte, que custava falar - Eu nasci para viver sem homem ao meu lado... - Paro por uns segundos e prossigo - Nunca estarei preparada para te amar...

Ettore dá passos lentos até mim, sem desviar seu olhar penetrante do meu.

- Veremos até quando você pensará do mesmo jeito. - sussurra próximo ao meu ouvido. Não digomais nada, mas meu coração falha uma batida.

Quando ele sai do meu quarto, sinto alívio...

- Eu preciso sair o quanto antes... - falo desesperada. Ettore não desistirá e se eu continuar negando, ele pode perder a paciência e me matar! Ou machucar pessoas inocentes.

(...)

Já é de manhã e estou sem ânimo algum. Passei a noite toda pensando em como fugir-ultimamente só penso nisso. Acho que a melhor altura seria no dia do jantar onde farão minha apresentação para todos amigos. Mas como vou fugir tendo vários guardas me sercando? Pelo menos se fosse um baile de máscaras...

- É isso! Um baile de máscaras! - grito empolgada, como se tivesse descoberto água em marte.

Claro, se todo mundo estiver disfarçado e de máscaras eles não vão notar quando eu sair! Mas preciso ter dois trajes ou alguém que use o meu! Mas quem seria?

Tomo um duche rápido e quando saio do banheiro, visto um calção branco, de cintura alta e uma camisa vermelha. Calço chinelas e faço um coque no cabelo.

Saio do quarto e caminho em passos largos no longo corredor. Desço as escadas no mesmo ritmo. Abrando meus passos quase chegando na sala de jantar, onde está montada a grande e recheada mesa para o Café.

- Bom dia... - cumprimento em geral e sento-me no lugar de sempre, sem olhar para ninguém. A cadeira de Ettore está vazia, acho que ele já saiu.

Ergo meus olhos e quase Caio quando vejo Santiego na mesa. Sorrio de leve pra ele e sorri de volta. Não sei porquê fiquei surpresa já que ele revelou que é primo de Ettore!

Santiego está muito lindo vestido de uma camiseta branca que marcava muito seus músculos. No seu pulso um relógio e seu cabelo estava húmido.será que ele dormiu aqui?

Santiego pode ser a minha saída, como também a minha condenação.

- Bom dia a todos! - E a voz imponente e grossa "dele" faz meu coração bater forte. Não me movo, nem faço questão de olhar em seus olhos. Meu peito, sobe e desce num ritmo descompassado.

Todos respondem seu cumprimento, menos eu. Ele puxa a cadeira e quando senta sinto o cheiro de seu perfume amadeirado com toques cítrico.Sinto o olhar penetrante de Santiego em mim. Ele mal disfarça que já me viu! Provavelmente está surpreso eu não expliquei-lhe que agora vivo aqui.

Pietra, Entre o Amor e o Ódio - Máfia Italiana - (Concluído) EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora