Pietra, Entre o Amor e o Ódio - Máfia Italiana - (Concluído) EM REVISÃO

Capítulo 15

- Acelere mais! — Grito para o motorista já desesperada porque havia dois carros nos seguindo. Eu não entendo como Ettore ficou sabendo que me aproveitei da confusão para fugir! — Não posso voltar novamente na mansão! Preciso escapar! - Suplico ao motorista

- Estou acelerando senhora! — O motorista responde nervoso. De repente toco em meu peito e sinto o colar... Como não pensei antes? É com isso que ele me encontrou! Que Merda! Como fui tão burra? Agora não há mais volta...

Quatro horas antes.

Saímos do quarto um ao lado do outro. Ele me oferece seu braço e enlaço no meu. Andamos pelo corredor em silêncio e toda essa proximidade só provocou-me mais nervos. Fico imaginando se depois dessa noite eu estarei mesmo livre... E se algo de errado acontecer? Eu não tenho certeza do que vem depois, mas tenho certeza que não será fácil escapar de Ettore.

Ergo ainda mais meu rosto enquanto descemos as escadas e respiro fundo. Olho de relance para Ettore e vejo que seu rosto se mantia sério e frio — pelos vistos ele é antipático e sério com as pessoas de fora. Mas esse é o objetivo, não? Ele mostra ser o mais bravo da "alcateia" para que temam e nunca tentem contra ele.

Havia vários convidados nos esperando e quando notaram nossa presença, alguns que estavam próximo batiam palmas — quase arregalo os olhos, mas prefiro sorrir forçado.

Não vejo a hora da noite terminar para me sentir livre novamente. Olho ao redor da sala procurando Santiego. Quando encontro-o bem no fundo do canto da sala, dou um olhar cúmplice para ele. Assinto meu rosto para confirmar minha fuga e ele entende, dando um sorriso e se retira.

- Mio Diós! Mas que noiva mais bonita! — Um senhor barbudo de cabelos grisalhos aparece sorrindo quando descemos as escadas — Prazer Senhora. — Ele olha para mim como se quisesse me devorar naquele instante.

Não digo nada, apenas retribuo seu sorriso, não quero criar laços de afeição com ninguém aqui, e muito menos com um Senhor que olha para mim cheio de malícia.

- Realmente minha esposa é muito linda, mas cuidado com a língua. — Ettore fala educadamente, porém notava-se o tom de ameaça que ele usou a proferir as ultimas palavras.

O Senhor barrigudo fica pálido e se retira sem dizer mais nada.

- Seus convidados, mais especificamente homens, não param de olhar para mim — Falo para Ettore enquanto caminhamos pelo salão — Como está se sentindo meu esposo? O que pensa fazer? — Provoco e vejo seus lábios se curvarem num sorriso amargo.

- Quer mesmo saber o que está se passando em minha cabeça? — Ele fala sério — Garanto-lhe que são conteúdos para pessoas menos sensíveis como você...

- Sensível? Eu? — Solto uma risada curta —Está na cara que não sabe nada sobre mim...

Ele se inclina um pouco e murmura no meu ouvido:

- Pelo menos sei que você fica louquinha quando toque em seu corpo... — diz rouco — beijo sua boca.

Respiro fundo para me recompor e dou um sorriso leve antes de responder — O desejo é mútuo.

Toda gente nessa festa é mais perversa do que a outra, resumindo, todos são maus. Aqui tem assassinos, psicopatas, pedófilos, donos de grandes redes de prostituições e muito mais.

E claro, Ettore é uma dessas pessoas. Como eu consigo sentir atração por uma pessoa tão má e ruim? Eu só posso ter Síndrome de Estocolmo, não, nem essa doença eu tenho! Eu sou louca, apenas isso!

Sei que ele não me faz mal, pelo menos ainda, mas só de saber que ele faz mal a outras pessoas eu devia fechar meu coração e privar de gostar dum homem como ele.