Capítulo 9

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(I'm a prisoner in my own mind)

(Eu sou um prisioneiro em minha mente)

(I'm prisoner in my own life)

(Eu sou prisioneiro da minha vida)

-Crazy
New Hope Club

Cheguei em casa, troquei a roupa de escola por uma confortável, peguei meus fones e meu celular e coloquei uma música para me acalmar

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Cheguei em casa, troquei a roupa de escola por uma confortável, peguei meus fones e meu celular e coloquei uma música para me acalmar. Fui até o jardim regar as plantas, momentos bobos como esse me deixavam feliz e com uma paz inexplicável. E percebi que deixei muita coisa para trás, costumes, uma vida e uma parte de mim. Depois de um tempo me sentia sempre incompleta, eu tinha tudo, mas não parecia ser o suficiente. Me lembrei da época quando era criança, sempre gostava de lugares que não chamavam muita atenção e ali criava meu mundinho, assim como o balanço rústico que havia ali. Sempre gostei de ficar lá, mas depois de um tempo eu mal percebia ele.

Terminei de regar as flores e fui me no balanço, tinha me esquecido como dali eu podia ver todo o jardim e era o lugar perfeito para escutar uma música e ler um livro. De repente você se sente única e como se nada pudesse te atingir. Vi mamãe chegar com o carro e colocá-lo na garagem, ela saiu dele e veio até mim e sentou ao meu lado.

- Faz tempo que você não senta aqui, quando criança era seu lugar preferido.- parecia que por um momento ela voltou ao passado, me levando até lá e percebi que poderia ficar lá para sempre.

- É, tinha me esquecido como é bom. A brisa, a vista, o sentimento.- minha voz começou a falhar.

- Rô, tenho algo para te contar.- ela virou o rosto para mim.- Filha, por que está chorando? O que aconteceu?- a preocupação era evidente no seu rosto, mas eu simplesmente não conseguia parar de chorar.

- N-nada mãe.- disse limpando as lágrimas.- Pode contar a novidade.

- Não mesmo, minha novidade pode esperar. Você quer falar sobre isso?- sua voz era tão macia e seus braços que eu mal tinha percebido estavam envolta de mim, eram tão calorosos, eu queria poder nunca mais sair de lá.

- Não-funguei.- Só fique abraçada comigo, por favor.- e ela assentiu.

Não sei quanto tempo fiquei chorando , já estava escurecendo e minha cabeça doía, mas nada era melhor do que o cafuné que recebia, eu não queria sair de lá, sentia que nada pudesse me atingir, mas apesar de tudo, eu estava mais calma. 

- Sabe, o que podemos fazer?Pedir algo para comermos e de brinde uma sobremesa. Vamos ficar juntinhas e escutando suas músicas. O que acha?

- Acho perfeito.- minha voz saiu meio abafada por conta de estar deitada, mas logo tratei de levantar.- Obrigada mãe, você é a melhor.

2,meu número favorito Onde histórias criam vida. Descubra agora