Voltei para a escola, após o término do estágio. Shouta me recebeu com um abraço apertado. Lembro-me de ter forçado um sorriso. Eu estava tentando seguir minha vida sem deixar que a morte daquela garotinha me abalasse completamente. Mas a imagem de seu corpo se chocando contra o chão passava pela minha mente o tempo todo, e com isso, eu lembrava de Shinki.
Eu sentia tanta falta dele...
Voltei a ser destaque na televisão. Uma foto em que eu estava chorando, com os braços dilacerados, o rosto molhado de lágrimas e sangue, enquanto Endeavor me consolava rodou todo o Japão. Tudo o que eu tinha falado para ele naquela hora havia sido gravado e viralizado nacionalmente e internacionalmente, levantando um debate mundial sobre como os heróis lidavam com a dor emocional das perdas.
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Eu fui para a sala de estar um tempo depois após o anoitecer. Se eu quisesse mostrar para meus amigos que eu estava bem, eu precisava interagir com eles.
Virei o corredor forçando um sorriso radiante. Eu me apoio por trás do sofá me jogando em cima de Kaminari e Kirishima.
— Como meus garotos estão indo está noite?
— "Meus garotos"? Assim a gente se acostuma. — Kaminari diz.
— A gente fica feliz em ver que você está lidando com tudo tão bem. — Uraraka pronunciou.
Eu pressiono meus lábios e olhos para não desmanchar meu sorriso.
— Eu estou estou bem. — Sou praticamente interrompida por Bakugou que se levanta e vai indo em direção ao corredor do elevador. — Ei, onde você vai? Eu acabei de chegar.
Agarro seu braço sorrindo. Ele olha pra mim e depois me empurra.
— Me solta. — Ele diz se virando.
— Bakugou! Não faça isso com ela. — Kirishima o repreende.
O que aconteceu? Ele está me ignorando desde o dia da operação. Mas agora, ele está me tratando assim.
— Para de graça. Você vai começar a agir como o intocável? — Eu faço biquinho e seguro seu rosto com minha mão. — Vamos, fique conosco esta noi-
Bakugou agarra meu pulso. Ele me olha com raiva, mas seu olhar oscila, por um momento, para uma forma mais carinhosa. Ele me solta com brusquidão.
— Fique longe. — Ele se vira e entra no elevador.
— O que...foi isso? — Digo para mim mesma.
— Shiro, não se importe com isso. — Jirou diz.
Eu não entendo...Nós estávamos nos dando "bem". O que eu fiz agora?!
Corro para o elevador.
— Shiro, onde você vai? — Eu ouço Midoriya me chamar.
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Bato algumas vezes na porta, que alguns segundos depois, se abre. O garoto loiro me olha por pouco tempo antes de tentar fechá-la novamente. Seguro a mesma com meu pé, eu empurro o garoto, entrando no quarto e fechando ela atrás de mim.
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Can I be a Hero? • [Boku No Hero]
Ficção AdolescenteApós finalmente terminar o seu 1° ano na escola de heróis UA, Iwasaki Shiro vê sua vida desmoronar diante de seus olhos quando é acusada da morte de seus pais. Ela some no mundo, vivendo na rua entre becos por 2 anos. Mas um encontro inesperado c...