C A P Í T U L O 29

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Mesmo já tendo se passado alguns dias desde o jantar, meu cérebro ainda não havia processado tantas informações

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Mesmo já tendo se passado alguns dias desde o jantar, meu cérebro ainda não havia processado tantas informações. Mas ainda estávamos sendo observados pelo Treinador Dominic e minha rotina  precisava continuar. Ainda mais agora que eu parecia ter o dever de impressionar meu novo treinador. Evitei de todas as formas possíveis conversar com ele, ainda não me sinto preparado para ouvir sobre seu relacionamento com minha mãe.

Mesmo com meu corpo ainda sonolento por ser apenas seis da manhã de uma sexta- feira,  faço alguns aquecimentos antes de começar a corrida matinal. Respiro fundo e inicio em uma velocidade lenta.
Minha play list era organizada em músicas legais, rap. Tenho um gosto musical resumido a sons com batidas envolventes e uma boa rima.
Continuo correndo até alcançar uma distância boa. Sou um atleta, por isso meu corpo já estava acostumado com distâncias bem maiores que aquela, mas isso não impediu com que uma fadiga enorme tomasse posse de mim. Respirei fundo mais uma vez. Estava cansado, não só fisicamente. Coloco as mãos nos joelhos e faço algumas técnicas de respiração para conter minha pulsação acelerada.  Cada parte de mim parecia pedir um pouco de descanso,  paz talvez fosse a palavra.
Abro os olhos novamente resolvendo voltar para casa em passos mais lentos dessa vez.

★ ★ ★

Após umas vinte voltas  por todo campo, o time inteiro parecia exausto.  Suspiros ofegantes eram ouvidos e meus olhos quase não conseguiam ficar abertos.  Literalmente eu estava cansado.

— Lewis!  — abro os olhos rapidamente ouvindo a voz de Dominic.
O treinador parecia pensativo enquanto me encarava.  — Para o chuveiro. Está péssimo! 

—Não senhor, estou bem. — questiono colocando meus braços para trás do corpo. Encaro o homem suspirar e ajeitar seu boné azul.

— É uma ordem, Ian. — sua fala faz meu lado retrucativo querer questionar. — Quero o capitão desta equipe bem. Então, para o chuveiro! — ordena novamente e me rendo seguindo em direção ao vestiário masculino sem olhar a minha volta.

O treino foi adiantado em duas horas, então não havia tempo para descansar já que tinham duas aulas nas horas seguintes.

Entro debaixo do chuveiro sentindo pequenas gotículas limparem a terra do meu corpo.  Precisava de um banho.  Uma sensação de alívio correu por cada parte de mim. Parecia que nunca tinha tomado banho antes.

Depois de mais alguns minutos no chuveiro, termino meu banho com uma toalha amarrada na cintura.  Balanço meu cabelo tentando tirar um pouco da umidade e caminho para o meu armário no vestiário. Mas antes de ter a oportunidade de poder me trocar, um corpo pequeno está esquivado no mesmo. Seus cabelos estão presos em um rabo-de-cavalo , o que dá destaque para seus olhos.

— Anna Beth. — ainda estou um pouco surpreso com sua presença. — Está bem?

— Eu sim. — responde cruzando os braços.  — Mas você, não.

— Não deveria estar na aula? — retruco mudando de assunto e repetindo sua ação de cruzar os braços .

Anna e eu temos passado um bom tempo junto. Coisa que achei que nunca aconteceria já que não podíamos ficar nem perto um do outro sem discutir. Até sua presença era pesada para meu humor. Não sei como isso mudou e nem o motivo.  Mas gosto de senti-lá próxima, apazigua algo dentro de mim.
Meu corpo reaje de formas diferentes e inusitadas,  tudo clama por um simples gesto afetivo. Ela já é tão presente que dificilmente não sentiria sua falta.
Como Josh Mackenzie pôde ser tão idiota a ponto de deixá-la partir?
E o pior de tudo é que não sou tão diferente dele. Estou a usando para uma vingança estúpida.  Estou usando alguém que me faz um bem incalculável.  Estou usando alguém de quem gosto de está perto mesmo em silêncio.
Meu lado racional grita para que eu esclareça absolutamente tudo. Mas nunca ajo por racionalidade,  ainda sou um homem das cavernas.

— Por que está me olhando desse jeito?  — seu rosto ganha um tom de vermelho e seus dedos colocam uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Perguntei primeiro, princesa.  — a provoco observando seu revirar de olhos.
Meus olhos descem mais um pouco admirando suas curvas. Cada modelagem do seu corpo vestido no uniforme escolar. Sua saia quadriculada estava acima do joelho exibindo um pouco de suas coxas.
Sua pele não era mais tão branca,  agora parecia bronzeada.  Ficar sozinho e desnudo com Anna Beth parecia um problema nesse momento.

— Fui dispensada mais cedo e resolvi assisti ao treino de hoje. — seus olhos parecem me analisar da mesma forma que os meus. Me aproximo o suficiente ficando bem em sua frente, coloco um braço sobre o armário , bem perto de triscar sua bochecha vermelha,  sentindo sua respiração pesada sobre o mesmo.

— Estou bem e agradecido por sua preocupação.  — meus olhos não conseguiam desgrudar dos dela.
Parecíamos conectados por  algo bem mais forte do que podíamos imaginar.
Levei minha mão livre para seu rosto buscando sua pele macia.
— Você é linda. — elogio depositando um beijo rápido em seus lábios. Um sorriso surge em seu rosto iluminando meu dia.

— Você não é tão feio assim. — agora é minha vez de sorrir. Suas mãos seguem para minha nuca acariciando meus cabelos.

— Dou para o gasto?  — implico distribuindo beijos por seu pescoço e queixo. Eu gostava profundamente do seu cheiro doce. Era viciante.

— É.  — outro sorriso. — Olha que eu nem gosto de você.

— Ótimo, também não gosto.

Ainda não sei exatamente o que essa frase quer dizer. Mas sei que não é literal. Anna e eu somos complicados de entender. Uma hora está tudo bem, porém na seguinte estamos brigando por seus pés gelados tocarem em mim. É, você leu certo. Detesto quando os pés de Anna, que são de outro mundo, tocam em mim. Parece frescura, mas não é! A temperatura deles parece está menos de zero graus de tão gelado.  

— Ah, ainda temos um encontro essa noite. — digo apertando mais sua cintura.

— Achei que tinha esquecido.

— Tenho uma ótima memória,  srt. Sanderson. — e finalmente beijo seus lábios que são minha própria perdição. Exploro cada pedacinho como se fosse a última vez. Uma sensação estranha novamente invade meu peito, como um sentimento de conforto e... paz.
Há minutos atrás meu corpo parecia cansado e ter atingido seus cem por cento de êxito,  entretanto,  agora parece que uma energia está sendo liberada sobre minhas artérias.

Acho que estou um pouquinho mais ferrado!


Próximo capítulo será um especial!

Já temos mais de 1k!!!

#Superfeliz♥

Bjs♥

Anna - depois de você Onde histórias criam vida. Descubra agora