C A P Í T U L O 22

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Pov ★ Ian

Estar brigado com minha mãe era doloroso para mim. Ela foi a guerreira que lutou por Steven e eu. Colocou suas necessidades em segundo plano para nos posicionar em primeiro. Eu sei de tudo que ela teve que enfrentar e discutir ou qualquer coisa relacionada, a não nos falarmos , me deixa preso em uma caixinha distante.  Me faz ser um Ian que ninguém conhece, o cara calado e pensativo. 
Só que Anna não permitiu que a solidão me preenchesse desta vez. Sua ousadia foi admirada ao tentar conversar comigo e me convencer a falar com a Sra. Jess Lewis. Coisa que eu fiz no mesmo dia. Foi como se um peso tivesse sendo tirado das minhas costas e a paz reinou novamente.

Os dias de treinos puxados começaram. E a fatiga dominava meu corpo por algumas horas do dia. Mas nada que corridas frenéticas e distrações com os amigos não resolvessem.
Sábado foi nosso dia importante.  Jogos fora de casa eram sempre essenciais para enfrentar. Mas os Reds  são nossa rixa antiga. Jogar contra eles é um grande desafio.

Ouvi atentamente o nome de cada jogador do time adversário que se exibiam como modelos. Se eles querem espetáculo,  o campo de futebol americano não é o lugar para isso. Meus companheiros pouco a pouco foram sendo chamados e eu sorri de lado quando ouvi Ian Lewis 18
Começar o jogo em campo quer dizer mais cansaço muscular para o fim da partida,  só que se o treinador me escolheu para junto com meus companheiros defender a equipe,  eu irei até o final.
Está  ao lado desses caras me deixa orgulhoso do nosso time. Aprendi que em um campo não  se joga sozinho, você tem uma equipe junto.
Se for para cair, caímos  como equipe.
Se for para chorar,  choramos  como equipe.
Se for para sorrir, sorrimos  como equipe.
Se for para perder, perdemos como equipe. E se for para ganhar, ganhamos como equipe. Não  existe  individualismo em um time. Afinal, não se joga sozinho.

Os Reds são sempre uma pedreira, e foram assim hoje. Nada dentro e fora de um campo é fácil. Mas agir com humildade é um dos nossos mantras.

—Ótimo jogo, Lewis. — elogia Cooper,  o quarterback  do time adversário, apertando minha mão.

—Digo o mesmo, Cooper.

—Mas o melhor foram as líderes de torcida do seu colégio. — declara sorridente.
Devo admitir  que a equipe de torcidas nos deixou impressionados. Porém, uma certa pessoa ficou ainda mais visível aos meus olhos.
Observei em volta e já faziam quase meia hora que o jogo tinha acabado,  então  só  restavam os dois times e mais algumas pessoas.

—Tenho que ir ali com o resto do time. — Cooper ouve  o chamado de seu treinador. —Parabéns  de novo quarterback.  — bate levemente em meu ombro e se vai.

Olho para o lado e observo a loira vir em minha  direção. Um sorriso cheio de dentes aparece rapidamente em meu rosto. Abro os braços e recepciono minha mãe  de uma forma calorenta.

—Está fedorento! — murmura saindo do calor de seu filho.

—Eu também te amo! — declaro meus sentimentos por ela.

—Eu também. — corresponde na mesma intensidade. —Steven não pôde vir. — diz desapontada.

—Ele me disse que teria um trabalho em grupo. — finjo tristeza. —Mas eu sou um irmão muito compreensível. — minha mãe arquea a sobrancelha direita em demonstração de dúvida. — Ah, não sei o que o time vai fazer depois daqui, mas não garanto chegar tão cedo.

—Certo. Mas não chegue em casa sete da manhã! — ordena com seu olhar repreendedor. —Eu te amo e foi um ótimo jogo! — mais um abraço e beijo caloroso antes de seguir seu caminho de volta.

—Preciso de um banho urgente! — digo para mim mesmo, só  o cheiro está me matando.

Recebi alguns acenos pelo caminho em direção ao vestiário para tomar uma ducha.
O time inteiro já estava aqui.

Anna - depois de você Onde histórias criam vida. Descubra agora