C A P Í T U L O 33

2.5K 218 20
                                    

Já era Segunda-feira e eu nem tinha noção do qual rápido o fim de semana passou

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Já era Segunda-feira e eu nem tinha noção do qual rápido o fim de semana passou. E com isso a rotina semanal se iniciava.

Naquela manhã eu acordei péssima, literalmente.  Nada de princesa!  Acordei igual uma ogra, mas isso não era pior. Ian havia me mandado uma mensagem informando que não poderia me dar carona para o colégio, pois ia sair bem mais cedo para uma conversa com o treinador.
Sem o meu motorista especial, precisei dar um jeito de chegar ao meu destino com tempo. E funcionou. 

— Você está péssima! — diz Mia ao meu lado enquanto tento arrumar meu armário. Respiro fundo e imediatamente sinto a dor de cabeça voltar.

Qual é? Não posso nem tentar manter minha sanidade mental.

— É, eu percebi.  — digo tentando não ser irônica. 

— Mas quais são seus sintomas? — retira da mochila uma  caneta e sua agenda dourada com várias colagens de fotos do Dylan O'Brien, seu ator favorito, o homem de seus sonhos.
Mia nos impregnou Dylan, já assistimos todos os filmes que ele participa e maratonamos qualquer série que ele faça uma mísera participação de dois minutos, mas principalmente Teen Wolf. E toda vez que me lembro de Teen Wolf, lembro de um certo lobinho azul e começo a sorrir feito uma boba.

— Do que está sorrindo?  — Mia olha dentro do meu armário para tentar achar a coisa que provocou um sorriso dos meus lábios. Mas logo desiste iniciando seu interrogatório. — Voltando a minha pergunta, quais seus sintomas?

Reviro os olhos rapidamente.

— Dor de cabeça.  — uma pausa para observar a caneta em seus dedos se movimentarem. — Febre, mal estar e um cansaço horrível. 

— Hum... desde quando está sentindo tudo isso? — me encara curiosa.

— Desde hoje de manhã.  — fecho meu armário encostando meu rosto no mesmo.

— Acho melhor ir descansar em casa, amiga. — toca em meu ombro. Eu também achava isso.

— É,  vou a enfermeira para ter uma declaração.  — Já tinha um plano perfeito arquitetado em minha mente. Ir para casa e dormir o resto do dia. Seria perfeito. 
Mas o destino nos prega peças e lá estava ele de novo mudando todas as coisas. O clima rapidamente mudou, o que era sol se tornou neblina.
As poucas pessoas que tagarelavam pelo corredor pararam de conversar para observá - la caminhar.
Zaara Gilda seguia o caminho pelo corredor com todo seu ar de superioridade como se todos fossem submissos a ela. Mas desta vez seu olhar estava direcionado a alguém.  Seu queixo permanecia levantado e os olhos transmitiam fúria. 

Imbatível. Era isso que ela sempre achava ser.

Fazia um bom tempo que não a via, porém ela estava bem aqui, materializada na minha frente.

— Anna Sanderson.  — pronuncia meu nome com desdém.  — Você é audaciosa.  Isso é perigoso.  — seu olhar de fúria estava silenciosamente querendo me matar.
Mia iria questionar sua vinda súbita até mim, só que estava na hora de eu falar. Quem tinha que enfrentar meus problemas era eu!

— Não, Mia. — paro a garota que parece surpresa com minha atitude.  — O que você quer Zaara?

— Saber se é verdade sobre o que andam falando do Ian e você. São um casal agora? — pergunta ainda mantendo a pose.

— O que que você tem haver com isso? — questiono encarando seus olhos gélidos.

— Você se meteu no meu caminho, Anna. Acha que eu deixo as pessoas se intrometerem dessa forma? — franzo a testa para seu tom de voz elevado.

—Eu não me intrometi no seu caminho,  Zaara.  — questiono mantendo o contato visual.

— Não? — dá uma risada incrédula.  — Tem certeza? Entrar para a torcida rival e namorar o Ian Lewis não é se intrometer no meu caminho? — questiona apontando seu dedo indicador em meu rosto. — Josh não foi convivente o suficiente para te manter afastada? Ou você não continua obcecada por ele?

— Nunca fui obcecada no Josh! Eu o amava, isso é totalmente diferente. — questiono.

— Amor? Coitada! Você amava sozinha.  Deve ser horrível. — continua com seu sorriso maléfico.

—É o que parece. Mas tenho que agradecer a você que isso acabou. Caí na real de uma forma precoce, mas ela me fez bem. Olha para mim ,Zaara.  — engulo toda a vulnerabilidade que há dentro do meu peito, para responder a altura.  Ela faz o que eu mando. — Você não faz ideia dos dias horríveis que tive, das insônias, dos medos, das inseguranças. Acha que pode vir aqui e dizer que eu entrei na porcaria do seu caminho? — nem me importo se estou gritando, só precisava desabafar.

— Então realmente você nos deve gratidão. — diz fingindo não está abalada.

—Sim, mas eu principalmente desejo felicidade aos dois.  Se é que vocês são capazes de ser felizes sem a desgraça dos outros.

— Sabe, Anna, você só consegue ficar com as minhas sobras. Acho que deve ser seu complexo de inferioridade que continua gritante.

— Pode ter razão.  — ela sorrir parecendo vitoriosa.  — Mas em que você é superior a mim? — esbravejo controlando todas as minhas emoções.  — Você não tem a resposta né?  Sabe o motivo? Não sou eu que preciso pisar nos outros para me sentir bem. Então,  acho que o seu complexo de inferioridade é o gritante aqui. — faço uma pausa. — Antes eu queria ser parecida com você.  Mas percebi o quão baixo teria que descer para tentar me igualar a alguém tão vazia. É isso que é, vazia. Pode trocar o "z" pelo " d" que ficaria a mesma coisa. Ser bonita , usar roupas caras ou fingir ser quem não é, são uma porcaria no final das contas, pois da mesma forma acabará sozinha e vazia. — cuspi cada palavra presa na minha garganta.

— Então, está declarando guerra, Anna? — desvia seu olhar fingindo que nada a afetou.  Sorri amargamente.

— Acho que a minha paz não está por perto. — eu sabia a que ou a quem me referia. Mas preferi continuar ignorando a loucura do meu estômago só de pensar em um certo alguém.

— Eu avisei para sair do meu caminho enquanto era tempo. — diz se aproximando mais ainda.

— Que pena. Mas quem veio me procurar foi você.  — respiro fundo antes de dar as costas a furiosa Zaara Gilda e seguir puxando Mia para algum lugar distante.

Minha dor de cabeça havia piorado e uma sensação agonizante tomado conta do meu corpo.

Entramos em uma sala vazia e finalmente consigo tentar respirar calmamente.

— Anna? — ouço a voz de Mia enquanto passo minhas mãos no rosto. Eu estava com a temperatura elevada. — Você está pálida.

Eu não me sentia bem, não pelo que aconteceu com Zaara a minutos atrás. E sim algo que não conseguia explicar. Mas ligeiramente tudo ficou escuro e apenas a voz de Mia foi audível antes de tudo ficar um breo de vez.

Anna...

Bjs♥

Anna - depois de você Onde histórias criam vida. Descubra agora