C A P Í T U L O 35

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Pov ★Anna

—Eu vou ficar bem, mãe.  — afirmo pela décima vez só naquela manhã. O fato de não estar presente nos meus minutos dramáticos de desmaio, mexeram com a cabeça dela.

— Tem certeza? — refaz a mesma pergunta. 

— Eu vou ficar bem, mãe.  — reafirmo novamente.  — Tem sopa na geladeira e os números de emergência estão na agenda perto da televisão.  Pode ir trabalhar em paz. 

— Certo. — concorda sorrindo e arrumando seu blazer preto.  Era seu primeiro dia trabalhando na editora da tia Jess,  o que me deixou feliz por vê-la fazendo mais alguma coisa que goste, livros.  Revisar livros é seu hobbie favorito e fazer isso como uma forma de ganhar dinheiro lhe parece ótimo.  O ruim é que não saiu de seu cargo de professora de literatura, o que me permite recordar que ainda tenho um trabalho com Ian Lewis. — Mas se sentir qualquer sintomas, me avise! — bato continência como se ela fosse um general.

— Agora vai. Boa sorte! — a empurro até a porta e antes que fale mais alguma coisa lhe dou um beijo na testa e fecho a porta.
Agora poderia dormir em paz para que meu corpo pudesse absorver todos os remédios que precisei tomar.

★ ★ ★

Já eram quase quatro da tarde quando despertei com o barulho das notificações do meu celular em cima da mesinha de centro.
Ainda sonolenta verifico as quase sessenta pessoas que me mandaram mensagens desejando melhoras.  Sorri percebendo a preocupação. É, eu tinha encontrado bons amigos.

A campainha ecoa por toda casa me deixando assustada. Coloco meu celular de lado e  sigo para verificar quem seja.

Assim que abro o porta da frente fico ainda mais impressionada com a visita da equipe de torcida.

— Surpresa!!! — grita Mia sorridente com alguns balões na mão.

— Estamos aqui para saber como está.  — foi a vez de Sarah falar.

Eu estava aflita pela presença de todos.

— Olá. — não sabia o que falar. — Estou bem, obrigada. — acrescento ainda sem ação.
Esperava mensagens desejando melhoras, assim como as que recebi,  não uma visita inesperada. Mas aquilo era bem melhor.

— Soubemos o que aconteceu. Zaara te envenenou? — pergunta Melinda com seu ar de confusão.

— Ah, não. Não fui envenenada! Foi apenas um mal estar, já estava prestes a ir para enfermaria quando ela me procurou.  — explico um pouco desconfortável por ter a presença de tantas pessoas me encarando.

— Mas o que ela te falou? — questiona Melinda ainda curiosa.
— Melinda! — Jace a repreende. — Não precisa responder.  Trouxemos um bolo e desejamos melhoras. — sorri ao ver o bolo de chocolate sendo entregue a mim.

—Obrigada! — encaro cada rosto que se tornaram tão conhecidos.
Possivelmente ainda não sabia lidar com muitas coisas que aconteceram na minha vida, principalmente no fato de haver pessoas que se importam comigo. Mas lá estavam eles, e eram reais. — Obrigada, de verdade. Vocês não querem entrar? — agradeço outra vez recebendo sorrisos contentes.

— Disponha. Mas agora temos que ir, não queremos atrapalhar sua recuperação. — diz Sarah.

Com expressões de amabilidade em seus rostos e palavras para uma boa recuperação eles pouco a pouco foram se afastando enquanto atentamente meus olhos os observaram.

Anna - depois de você Onde histórias criam vida. Descubra agora