3 - O Começo de Uma Guerra

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- Que plano minha cara? - Jimin correspondeu meu olhar buscando entender aonde poderia chegar - Estamos aqui para te servir, o que você quiser faremos. - Ele sorriu mais abertamente, e então desengasgou o que parecia estar esperando tanto para falar - Mas se quer um plano para começar, - Ele limpou a garganta quando entramos no castelo, fiquei estupefata com tanto ouro que havia ali dentro, na minha vida inteira não tinha visto nem um terço de cada peça que havia ali. Desde lustres a estátuas enormes, e bem no fundo do palacete estava um majestoso trono. Adornado com estátuas chamuscadas de anjos de asas abertas e recolhidas, tomados por um encanto devastador. - Como eu ia dizendo, - Jimin continuou - Você lembra que há uma guerra entre o seu reino e o das Ninfas da Alícia não sabe? - Jimin ponderou e eu acenei em concordância, indo até o meu trono, olhar cada detalhes esculpido naquele relíquia diante dos meus olhos - Então informo vossa majestade que tome uma atitude perante o descaso que sua amiga teve, pois ela veio para este mundo, e não foi resgata-la, muito menos cessou o fogo cruzado entre os dois reinos.
- O quê? - Indaguei me virando pra Jimin sem entender, então a Alícia veio pra esse mundo, e não fez nada pra me tirar das mãos do namorado desgraçado dela?! - Ela já está aqui a quanto tempo? - Indaguei ainda tentando assimilar a informação e Jimin levantou a mão com os dedos abertos.
- Já se passaram uma quinzena minha majestade.
- Quinze... Dias... - Repeti perplexa. Como ela pôde? O que deu nela pra me abandonar por tanto tempo, me deixando à deriva, nas mãos daquele psicopata, enquanto ela brincava de atacar o meu reino?!!
- Afirmo que são informações repassadas minha Majestade. O próprio Rei da Guerra me informou.
- O Jackson também já está aqui..? - Indaguei e Jimin assentiu.
- Sim minha majestade.
Senti a musculatura do maxilar enrijeceram de raiva. Meus punhos cerraram e eu senti o meu coração se endurecer de ódio. Então era esse o valor da nossa amizade Alícia, você resolveu se perder mesmo por um homem que nem a amou de verdade, não passava de mentiras e manipulações...
Me sentei no trono, possuindo cem por cento de tudo que era meu, meu por direito, e agora eu ia dar ordens que também estavam dentro do meu direito, um direito impetuoso e cheio de ódio!
Meu corpo inteiro se arrepiou com a sensação da pedra gelada do trono em contraste com a pele, e algo começou a formigar nas minhas omoplatas, uma sensação de desconforto, como se alguma coisa estivesse me incomodando. Mas nem isso ia me impedir de fazer o que eu pretendia agora.
- Se é guerra que nos pedem, dê a eles algo do que se lembrar em seus pesadelos! - Bradei e minha voz ecoou pelo vasto salão, fazendo os dragões rugir do lado de fora, agarrando o chão com suas garras gigantescas e afiadas - Como vocês estão contra-atacando o Reino da Alícia?
- Com combates leves minha majestades, só o suficiente pra não causarem tanto estrago nem chegarem muito perto dos nossos vilarejos. - Comentou Jimin e eu ponderei mentalmente o que poderia fazer e uma ideia ousada ocupou meus pensamentos na mesma hora.
- Nada disso Jimin, mande os melhores e mais violentos dragões atrás da Alícia e de seu reino, eu quero sangue! Ela vai aprender a nunca mais me trocar por aquele psicopata doente! Nunca mais... - Comecei a abrir um sorriso, me divertindo com a ideia de destruir um povoado inteiro e ver as torres do castelo dela pegando fogo, tudo na mais pura desordem. Achei tão prazeroso que desatei a rir, gargalhar como nunca fiz antes, orgulhosa de tanta possível carnificina.
- Me prepare um exército Jimin, de dragões e soldados, depois do primeiro ataque, eu mesma vou fazer questão de ir até lá quebrar o resto do reino.
- Sim minha Majestade, o seu desejo é uma ordem... - Jimin se acatou, podia ver o temor em seus olhos, um temor tão grande que nem Tae com todo o pavor que tinha ficado poderia expressar. Era o medo real, de que agora com poder, eu era imparável. Ninguém mais poderia me segurar, nem impedir. E eu gostei, gostei demais disso.

- Alícia on-

- Olhei pro céu azulado, lentamente analisando a lua cheia irradiando todas as suas magias pra esse mundo. Ele parecia ser tão diferente do meu, tão diferente de casa. Já tinham quinze dias que eu e Jung Kook estávamos andando desenfreados em direção ao reino de Mark, precisávamos resgatar a Mallya, ela devia estar sofrendo poucas e boas nas mãos daquele cretino. Eu queria fazer algo, qualquer coisa pra ir mais rápido, mas só dava pra andar mesmo. E tinhamos que andar logo, porque cada dia que passava, pra Mallya poderia ser mais sofrido. Eu não estava aguentando mais toda essa demora pra chegar. Só de pensar que ele podia estar maltratando ela... Torturando... Me fervia o sangue, e eu estava me sentindo tão impotente, mas estava tão cansada que não conseguiria mais caminhar sem ter pelo menos algumas horas de descanso. Meus pés estavam cheios de bolhas e doíam tanto. Eu não estava mais aguentando caminhar.

PRISON IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora