40 - Esclarecimentos

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- Mallya on-

  - Tá, então vamos ver se eu entendi, você veio aqui matar o Mark por quê a Jennie "morreu"? Sendo que obviamente como um delegado você foi pra possibilidade mais provável de que o Mark era o assassinato, mas lamento informar, não é. Ele estava comigo, a noite inteira. Eu sou o álibi do Mark dessa vez. Ontem eu tive um incidente com Taehyung e fui pra floresta e no meio do caminho dei de cara com ele.
  - Ok, e o que o meliante estava fazendo no meio da floresta mais de meia noite? - Indagou o pai da Alícia com um olhar mortal pra cima de Mark e ele devolveu o olhar com a mesma frieza. Por um momento ele tirou a bolsa de gelo da cara e se pronunciou, dando os gelos pra Alícia por no queixo roxo.
  - Eu fui atrás da Jennie...
  - Ahan!!! Eu sabia seu desgraçado!!! VOCÊ É UM ASSASSINO! - O pai da Alícia já ia se levantando pra bater nele de novo mas eu dei um tapa na mesa, batendo forte o bastante pra o estrondo chamar a atenção dos outros.
  - Deixa ele acabar de falar senhor! - Briguei com ele e dei a palavra pra Mark se explicar. Que deu continuidade ao seu relato, fuzilando o pai da Alícia.
  - Ela tinha largado das amigas e ia atrás da Alícia. Eu não ia matar ninguém, somente garantir a segurança da Alícia que estava bêbada e transformada. Ela não estava em condições de se defender.
  - Eu sei muito bem me virar sozinha Mark. - A Alícia tirou a bolsa de gelo do queixo, dando pra ele por na cara roxa.
  - A Alícia também estava lá... Na floresta? - Indaguei olhando a mesa ao redor e ela mesma quem assentiu confirmando.
  - Quando eu consegui chegar até ela... - Mark fez um pausa para olhar pra Taehyung, - Eu senti que tinha mais alguém além da Jennie e da Alícia na mata e não era a Mallya, era alguém muito mais forte do que todos nós juntos, alguém com força e velocidade o bastante pra derrubar a Jennie como se ela fosse um brinquedo. Ele ou ela, o que for aquela coisa andava em pé e era muito, muito forte. Ele pegou a Jennie desacordada depois de ter dado uma pancada na cabeça dela e a levou dali. Depois disso eu fui atrás da Alícia pra tentar evitar que o que quer que fosse aquela coisa, pelo menos não tivesse chance de chegar até ela. E eu achei ela, mas ela já estava longe demais, não era ela, era o lobo. A Alícia não foi muito receptiva quando eu a encontrei e me recebeu com uma patada no quadril forte o bastante pra rasgar um pedaço da pele e depois matou um coelho pra se alimentar. Não sei se ela me atacou por que achava que eu ia tomar o coelho dela ou se estava assustada com alguma coisa, ela estava muito fora de si.
  - Mark por quê você não me contou isso? Preferiu me deixar pensando que eu... Aquele sangue todo era do coelho então? - Indagou a Alícia angustiada e Tae entrou no meio.
  - Espera aí, aquele segredinho todo de hoje de manhã no corredor era só isso? Sangue de coelho que vocês queria esconder?
  - Não era só sangue do coelho, era meu também, não é atoa que ela tá com um baita corte no quadril também.
  - Espera aí então, todo aquela frescura e aquele sangue que estava em você ontem... - Comecei olhando pra Mark e então coloquei a mão na cintura franzindo a testa - Não acredito que deixou a Jennie morrer na covardia.
  - Eu não sou covarde. - Mark se levantou da mesa me fitando como se eu fosse uma estúpida e tivesse acusado ele de alguma idiotice pior ainda - Eu preservo a minha saúde e a minha vida em primeiro lugar. Ela já estava morta quando recebeu o primeiro golpe da coisa, eu que não ia ficar lá pra resgatar só um corpo. De jeito nenhum iria me sacrificar por alguém que queria o mal da Alícia. Independente de quem foi que fez aquilo, ela mereceu! - Mark bateu na mesa irritadiço e eu bati de novo, peitando ele.
  - Podia simplesmente ter me avisado, custava avisar que a pouco havia se deparado com todos de uma vez, pouparia transtornos como agora! - O enfrentei e a Alícia se levantou também, os hematomas estavam quase invisíveis na pele. Como ela tinha se curado tão rápido? Será que a Ninfa e o lobo estão trabalhando em conjunto agora?
  - Ficar brigando não vai resolver nada agora, precisamos de provas e pelo menos alguma pista que nos leve até quem está matando os outros pela cidade por diversão. - Alícia se pronunciou exaltada e assim que terminou de falar o pai dela estava bufando ódio.
  - O que eu te falei Alícia?!! - Você pela segunda vez, ou quarta, já até perdi as contas, não vai investigar esse caso! Tem outro psicopata retardado mental a solta e você que acabou de voltar a vida está querendo se matar de novo?!! Vocês duas aliás!!! - O ex-delegado ouviu de raiva encarando nós duas como se fossemos ceder ou voltar a trás, mas ele estava enganado se achava que iríamos nos retirar. Agora que uma pessoa morreu, tínhamos mais motivos ainda pra interceder. Não podíamos ficar paradas enquanto a cidade corria perigo.

PRISON IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora