16 Dias para o Apocalipse...
- Alícia on-
- É aqui, que a verdadeira guerra começa meu amor... - O sussurro deturpante me fez abrir os olhos no mesmo instante, quase pronta pra gritar, como se Mark pudesse ler meus pensamentos tapou a minha boca e da boca sua mão desceu e apertou a minha garganta, apertando seus dedos esqueléticos envolta do meu pescoço com força, como se eu fosse uma boneca.
- M-Mark... - Gagueijei, o coração tinha disparado. Eu já sabia controlar a transformação em momentos de raiva, mas agora insegurança... Isso era algo que eu ainda estava praticando. Não tinha o controle total.
- Sabe Alícia, eu já sabia que isso iria acontecer, mas acredito que você nem imaginava. Que cada vez que eu trago uma alma do mundo humano para o purgatório, nossa conexão se enfraquece o bastante para não sentirmos tanto o que o outro sente. Isso inclui pancadas... Golpes... Menos cortes... Tudo que você pode imaginar que cause lesões e não feridas muito grandes, surte efeito apenas em quem sofrer a agressão e não passa para o agressor...
- Mark o que você.. - Tentei falar e recebi um soco debaixo da costela que me fez gritar. A dor agoniante cheia de pontadas foi tão forte que eu me encolhi, sentindo os olhos se encher de lágrimas.
- Ah meu amor... Eu te machuquei? Mas eu nem senti nada! - Ele disse irônico e eu tentei desferir um chute, ou me chaqualhar, qualquer coisa que lhe devolvesse a minha dor, mas ele prendeu minhas pernas com as suas, e me socou outra vez no mesmo lugar, me fazendo arquejar e cerrar os dentes. A dor era demais. Uma região tão sensível recebendo pancadas de quem tinha forças suficientes para quebrar meus ossos.
- Mark. Mark o que você está fazendo? - Perguntei, meu peito subindo e descendo chegava a encostar nele, e naquela cama macia eu podia imaginar meus ossos quebrando, estava por um fio. Se ele fizesse qualquer coisa, me desse mais um golpe ou susto que fosse eu não ia aguentar segurar mais. O lobo estava querendo sair e não estava nem um pouco contente.
- Não me olha assim meu amor, esses seus olhinhos vermelhos não me dão medo, seu irmão também era um lobo e nada me impedia de bater nele quando eu queria. - Agora a raiva tinha começado a se sobressair ao medo. Uma sensação amarga na minha boca estava quase me fazendo cuspir em Mark.
- Do que você está falando, BamBam jamais perderia pra você seu desgraçado!
- Ah perdia sim, e ficava tão machucado que mal aguentava andar, do mesmo jeitinho que eu deveria fazer com você minha querida. - Mark continuou destilando veneno e num momento de distração que seus olhos bobearam para levantar minha camiseta e ver o estrago que fez, eu escapei uma perna e lhe dei um belo chute, forte o bastante pra jogar ele da cama.
Devagar e pressionando o roxo na minha costela eu fui até o local onde ele tinha caído e fui surpreendida. Mark já me esperando me agarrou e jogou no chão também, desferindo mais dois socos na minha barriga, e então se levantou, olhando para o meu corpo encolhido, enquanto eu agonizava tentava recuperar o ar.
- Desgraçada! - Ele me deu um chute no estômago e depois outro e por último um soco no meu rosto que me deixou até tonta, me fazendo virar de barriga pra cima. Gritando de dor.
Meu nariz estava encharcado de sangue.
Podia sentir os ossos se desmembrando e voltando lentamente.
Gritei mais, a dor dos golpes e dos ossos saindo estavam alfinetando meu corpo todo, me arrastei, agoniada de dor e Mark me catou pelos colarinhos me erguendo em pé, de cara para ele.
- Ah agora vai chamar o lobinho pra te defender? Você não precisou dele pra me roubar, não é? - Levei um tapa na cara, tão forte que me fez voltar pro chão. Queria revidar, bater e socar a cara dele no chão até ele pedir socorro. Mas mal aguentava me levantar, os ossos da costelas estavam quebrando e dando lugar a outros maiores para o lobo sair. Me curvei sobre o chão tentando não levar mais nenhum golpe, mas Mark já tinha outros planos, ele se abaixou e esmagou uma das minhas costelas com as mãos, me fazendo perder o ar de tanta dor. O grito que eu soltei depois disso foi tão alto que saiu mais como um uivo do que um urro humano.
Avancei na garganta de Mark com sangue nos olhos, nem sentia mais a dor, meu sangue estava fervilhando dentro das minhas veias. Agarrei seus braços com minhas garras e rasguei sua mandíbula até o peito com os dentes. Mark se afastou praticamente caindo atordoado.
E por um lapso de dor eu uivei mais alto, como se estivesse convocando um bando da minha localização, mas quem veio foi outro, foi Jung Kook quem escancarou as portas do quarto e ficou chocado com o que viu.
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PRISON III
HorreurO Fim está próximo... Mergulhadas num mar infinito de pesadelos, Mallya e Alícia vão ter que encarar uma doce cruel verdade, que nem mesmo o destino poderia ser capaz de mudar. A morte se aproxima, e agora mais do que nunca as meninas vão ter que...