47 - Fúria de Fogo

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" As asas em chamas da Fênix ressurgindo das cinzas e com as forças renovadas assustou a todos, quem não acreditava mais, voltou a acreditar naquele mesmo dia, que há sim o fogo que queima sete vezes mais do que o fogo mundano. O verdadeiro fogo do inferno."

  - Jong Up-

  Com a destreza de uma verdadeira deusa a Alícia cravou as duas mãos no chão, pobre Taehyung tinha acabado de entrar na casa em chamas enquanto a querida amiguinha da sua amante estava prestes a explodir a casa de dentro pra fora. Eu Ja podia imaginar os destroços voando com os pedaços do que sobrou do anjinho ensanguentado. Um problema a menos, assim no entando a Mallya esqueceria logo de uma vez dele e se lembraria que nos meus braços o exército vencedor não morre e nem desfalece.
  O grito que rompeu dos pulmões da Mallya foi tão alto que até Jimin teve que tapar os ouvidos. Estava na cara que Mark havia conseguido tudo que queria, e eu também, afinal mais uma vez as amizades haviam se virado uma contra a outra. E estava mais do que claro que a Alicia estava com a mente tão deturpada pelo poder que seus olhos estavam cegos, ela via o que Jackson queria que ela visse, isso a fazia mais perigosa do qualquer um deles num raio de 1000km. Nem a Mallya, nem ninguém seria capaz de parar ela agora, a não ser...
  acho que isso poderia ficar ainda mais interessante... Que os jogos comecem...  Novamente...

- Alícia on-

  - Alícia! - Berrava aos prantos minha mãe, o que havia restado do seu corpo sem as pernas rastejava na minha direção, engoli em seco, podia sentir o gosto do sangue na minha boca, as mãos úmidas e cheias de vermelho, não sabia mais como minhas palmas emanavam fogo se estavam tão molhadas de suor.
  Diante de mim, minha mãe se esguelava no chão, implorando pela vida mais uma vez, no piso de madeira macia estava cravejado marcas de suas unhas e um rastro imenso de sangue por um corredor longo, onde mais uma vez estava ele. Gap Dong.
  Ao longe contemplava suas feições da morte, a faca e a rosa na mão, decretando sem pedir permissão muito menos dar mais uma chance a morte de mais uma vítima. Ela era a próxima e mais uma vez eu não poderia fazer nada.
  - Alícia!!! Alícia ajuda sua mãe, me ajuda filha pelo amor de deus!!!! - Berrava ela aos prantos, e o fogo nos braços e nos pulsos ia subindo, eu não sabia mais como controlar aquilo, estava se espalhando rápido demais. E aquele monstro horroroso estava andando na direção dela com a foice, ia terminar de esquartejar minha mãe na minha frente.
  - Mãe... - Tentei gritar angustiada e a voz não saiu, na minha garganta não saiu sim e foi como se eu tivesse engolido cacos de vidro, a menor tentativa de berrar por socorro não emitia nenhum som. Meu coração se desesperou, e o sangue nas minhas veias começou a disparar gelado. A Mallya estava morta, minha mãe estava morta, estávamos todos mortos. De repente senti alguém agarrar minha perna. Quando olhei pra baixo vi o corpo da minha mãe sem braços e nem olhos, as tripas estavam caídas para baixo, os órgãos se decompondo e o odor insuportável de morte e carne podre subiu no meu nariz.
  - Você é a próxima...!
  Eu ia morrer também... Eu não posso morrer.
  - Venha meu amor, vou escolher a rosa mais bonita pra você... - Gap Dong sussurrou, olhou do corpo da minha mãe sem vida no chão, logo em seguida pra mim, analisando minha face assustada, já se programando para o próximo ataque.
  - Não, não vai! - Briguei rebatendo, o chão ao meu redor parecia ceder eu sentia que não estava dentro daquela casa, mas podia sentir que uma parte de mim estava lá. Gritando por socorro, mesmo sem voz, assim como minha mãe fez e a Mallya...
  Com toda minha força uni as mãos num único soco e enterrei os punhos no chão.

- Mallya on-

  O asfalto chegou a arrebitar as bordas e eu pude sentir a quentura atravessar o meu sapato pelo chão e discorrer pelo chão, fogo e mais fogo se infiltrando por cada pedacinho de solo até chegar na casa e incinerar tudo de cima pra baixo.
  - TAE!!! - Berrei tão alto que a voz quase não saiu, e as asas irromperam outra vez, o sangue pulsando nas veias já tinha começado a tilintar no meu ouvido, por um instante a casa pareceu inflar. Ia explodir. Não podia explodir com o Até lá dentro!
  Jung Kook veio até mim, estava tentando me dizer alguma coisa, mas eu estava surda, não conseguia ouvir o que ele estava falando. Só conseguia escutar meu coração batendo acelerado nós tímpanos.
  O sangue nas veias aqueceu de tal maneira que senti até os cabelos da nuca e dos braços arrepiarem.
  Depois disso o que eu fiz já não era mais eu.

PRISON IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora