11 - Tragédias Acontecem Rápido

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  - Abre a porta! - Escutei a voz de novo, mas não era da Mallya, nem dos outros meninos. Era uma voz que eu não reconhecia, mas com autoridade o bastante pra me arrepiar por inteira.
  Eu já estava suando frio quando consegui encostar o rosto no espelho, mal conseguia me levantar, quem dirá abrir a porta. Foi quando eu estava com mais um braço quebrando que arrombaram a porta e quem veio me acudir sem receios e nem hesitar foi aquele Rei dos elfos, Valentin.
  - Olha para mim. Tenta olhar nos meus olhos. - Ele me pegou nos braços me acolhendo como se eu fosse bem menor e mais nova do que parecia. Ele era grande e musculoso demais para o tamanho que tinha também. E me lembrava hortelã por algum motivo. Ele estava passando folhas no meu pescoço enquanto eu agonizava, o cheiro de hortelã intensificou e enquanto a Mallya me encarava com expectativa, eu sentia meus ossos voltando lentamente no lugar, com uma dor pulsante aos poucos se esvaindo.
  - Você vai ficar bem, vai ficar ótima. - Ele falava, mas eu ia aos poucos me perdendo em seus olhos negros. Era um escuridão tão infinita que me deixou zonza, e depois que tudo estava embaçando eu senti meus ossos relaxarem. Até perder os sentidos.

- Mallya on-

  Depois de agradecer Valentin, ofereci estadia para ele se recuperar até o dia seguinte. Tinha gastado suas energias aparentemente mágicas com a Alícia, ele tinha acalmado um lobisomem no meio de uma transformação, eu vivi a minha vida para ver isso. E ainda achei que ia morrer sem ver. E tudo com folhas de hortelã e propriedades élficas.
  Quando entrei no meu quarto, depois de me assegurar que a Alícia estava dormindo muito bem no dela, eu me deparei com Taehyung, debruçado sobre uma mesa longa no canto mais escuro do cômodo, quase escondido da lareira praticamente.
  - Tae... - Chamei, mesmo sem precisar já que seus olhos não desgrudavam de mim. - Não te vi a manhã toda.
  - Eu estava te esperando. Tae levantou, vindo em passos demorados na minha direção, e eu agarrei ele o puxando pra perto instintivamente, eu o queria, fazia tanto tempo que não dormíamos juntos, nem nos tocávamos. Eu senti tanta falta dele naquele inferno que passei no castelo de Mark.
  Taehyung perdeu toda concentração quando eu o puxei pela gola da camisa e o beijei, roubando um beijo lento e molhado de seus lábios.
  - Tae por favor. Primeiro eu quero você, eu preciso disso, sinto tanto a sua falta... - Sussurrei escapando os lábios para sua maçã do rosto, e depois sua orelha - Eu quero você dentro de mim.
  Tae umideceu os lábios e um gemido rouco escapou de sua garganta. Não demorou para me agarrar pelos quadris e me arrastar pra enorme cama que jazia no quarto. Tão grande e espaçosa que me deram várias idéias.
  Comecei a rasgar sua camisa, estourando botão por botão enquanto Tae me beijava por cima do meu corpo, subindo a bainha do vestido pra me tocar, quase não me aguentei quando ele me introduziu.
  - Devia ser um pecado você estar tão molhada... - Tae ronrronou na minha garganta e eu penso a cabeça pra trás soltando um gemido de prazer.
  Era isso que eu estava sentindo falta.

  - Eu estive na cidade a meia hora atrás, - Tae começou a dizer, interrompendo nosso silêncio qua reinava naquele quarto tão vasto. - Mallya se você tivesse visto... - Me ajeitei em seu peito para olhar em seus olhos, até aquele momento mal tinha notado como nossas pernas se enrroscavam de maneira tão natural - Aconteceu muita coisa desde que saímos de lá.
  - Do que você está falando? Quão grave é? - Indaguei agarrando os dedos dele nas minhas mãos. Seus olhos buscavam nos meus algo com tanta determinação que eu até estranhei seu jeito. Tinha passado de um estado de espírito para outro num piscar de olhos.
  - Grave o bastante pro pai da Alícia sair do cargo, e do seu pai... O jaebum está precisando de apoio mais do que nunca Mallya.
  - Tae você está me assustando. - Disparei sentindo a pressão começar a subir e latejar na nuca com fervor, toda aquela adrenalina boa e a sensação de um orgasmo sensacional se esvaindo pelas veias, podia sentir no tom de voz de Tae que algo muito ruim tinha acontecido, e que viria carregado de outras informações bem complicadas. Como se eu pudesse pressentir sentei na cama, esperando ele dar a sentença.
  - Seu pai faleceu ontem a noite, ele enfiou uma estaca no próprio peito.

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