Emirados Árabe - Dubai

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Amamos vocês 💖💖
(1/10)

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Lua 🌙

Depois de muito lutar comigo mesma e com o tesão desgraçado que aquele shake maldito me deixou, acabei adormecendo pensando em maneiras de me vingar daquele gostoso dos infernos.

Cheguei a conclusão que até o momento eu não fazia ideia do que ele queria comigo e do que poderia acontecer com a minha vida e pelo que a Samira tinha falado, ele realmente era perigoso.

Claro que é né, minha filha. O cara te traficou, ô lesada!

Então seguindo o que eu ouvi a vida inteira da minha avó, eu tinha que manter os inimigos próximos. Minha avó achava que era "cocota" e tinha inimigas, por isso vivia repetindo isso. O mais próximo que a dona Valéria tinha de inimigas era a dona Lourdes que sempre que varria a frente da casa dela, jogava o lixo em frente ao portão da minha avó.

Mas voltando ao plano que eu elaborei durante a noite, depois da privação de orgasmo pelo dono da tora árabe, eu precisava engolir o meu orgulho e declarar trégua.

Levantei da cama e fiz minha rotina matinal, só coloquei uma calça de moletom e uma blusinha fina mesmo, hoje estou a fim de ficar deitada o dia todo.

Fui pra sala de jantar sabendo que ele estaria tomando café, nunca vi acordar 6 da manhã e colocar empregados pra trabalhar. Folgado. Nem eu sei porque estou acordada também, mas preciso falar com ele logo.

— Ô árabe — O chamei assim que me sentei na mesa para tomar café da manhã e ele que estava com um copo de suco na mão me olhou — Precisamos conversar.

— Sobre? — Adorava essa coisa de poucas palavras dele, maldito gostoso. E na hora que ele me olhou respirei fundo para não pedir para ele me coger — Vai ficar me olhando ou vai falar o que quer conversar? Não tenho todo tempo do mundo.

— Você não colabora, hein? — Respirei fundo e me ajeitei na cadeira — Mas não vim falar da sua grosseria e falta de modos para tratar a dama que sou — Dei uma pausa — Eu quero saber o que exatamente você quer comigo e porque estou aqui?

— Hum, bom... — Fudeu, o cara não conseguia me explicar o que ele queria comigo. Eu ia virar comida de tigre? Logo eu toda gostosa, ele não ia perder a oportunidade de me comer, deve só estar esperando isso para me jogar pro tigre.

— Fala merda. Não era você que não tinha tido tempo do mundo? — Falei olhando pra ele — Só não fala que você quer me dar para aquele dinossauro de pêlo branco que você mantém naquele quarto — Me apoiei na mesa — Sei que eu sou gostosa, mas tenho preguiça de cozinhar então como muito fast food, vou dar colesterol no tigre.

Argumentos... No desespero, argumente!

— Você realmente não existe, Lua. — Ele falou rindo e o olhei estranha — Eu nunca te daria ao Blanco! E respondendo a sua pergunta, eu não pensei o que eu quero ou o que pretendo fazer com você — Ele se levantou da cadeira e veio andando na minha direção e parou na minha frente — No momento, eu só quero conhecer você.

Para tudo. Esse homem me tombou!

Eu poderia bancar a rendida? Poderia! Eu banquei? Claro que não, e perder a oportunidade de falar o que não deveria, nunca!

— Cadê o bandidão, traficante de mulheres de Dubai? — Falei rindo — Tá muito fofo, sheik sheik, quer me comer? — Arquei a sobrancelha e ele fechou a cara — Não precisa de muito esforço não, amado!

Assim que terminei de falar me levantei e fiquei na frente dele. Senti sua respiração se misturar com a minha e ali olhando naqueles olhos castanho escuros, quase pretos era até possível encontrar alguma doçura, mas o que prevalecia era o desejo.

E sem pensar muito, coisa que não tô fazendo direito desde que pisei nesa joça de país, eu enlacei meus braços em volta do seu pescoço e o beijei.

Quando os nossos lábios se tocaram,foi diferente das outras vezes, não tinha urgência ou ferocidade. As nossas línguas se encontravam enquanto nos descobríamos de forma gentil pelo toque. Sem interromper o beijo ele colocou o meu cabelo de lado e começou a fazer círculos com o dedão na minha nuca com a mão que estava em minhas costas, grudando o meu corpo ao dele e com a outra mão ele segurava o meu rosto de forma suave.

Eu morei por minutos naquele beijo e quando nossos lábios se separaram ele me olhou no fundo dos olhos e falou com a voz rouca.

— Esteja pronta às 20 horas. Agora tenho que trabalhar.

O descarado saiu e me deixou ali naquela sala, totalmente atordoada. Ele sempre faz essas coisas né? Não é possível, filho da puta.

Tomei meu café ainda meio chocada com tudo o que aconteceu mas segui plena, não vou ficar nervosa e nem pensando muito nisso.

Só que ele não me disse o lugar que vamos, com certeza é algo chique, o homem é rico que só ele.

Estava tão perdida nos meus pensamentos que não vi quando a Samira chegou e se sentou do meu lado.

— Lua? — Ela me chamou estralando os dedos na minha frente — Tá pensando no que, pra estar com essa cara de retardada? — Ela disse rindo e eu fechei a cara.

— Bom dia pra você também, sua imunda. Estou com minha carinha linda normal de todos os dias — Falei passando a mão no rosto — Você que vê coisas aí.

— Vai me contar não, sua mandada? — Perguntou e eu neguei — Eu descubro sozinha então, certeza que tem algo com o Unsel — A olhei chocada e virei o rosto.

— Ele me convidou pra sair — Falei baixinho e ela deu um berro.

— Ele o que Lua? — Me olhou com os olhos arregalados — Não consigo acreditar nisso, você não está brincando né?

— Não Samira. Ele disse com todas as palavras "esteja pronta às 20hrs" — Olhei pra ela como um pedido de socorro — Me ajuda com a roupa, eu não nasci pra ter essas roupas chiques que eles usam aqui não.

— Eu te ajudo sua doida — Falou rindo — Mas você tem certeza que vai nesse jantar?

— Eu tenho — Respondi confiante — É uma forma de conhecer ele melhor, saber o que ele quer de mim e porque me "escolheu" — Falei fazendo aspas com a mão no escolheu.

— Então tudo bem, como eu disse antes, não vou ficar me metendo nos assuntos.

— Isso mesmo, você calada é como um poeta — Ela me olhou com cara de bunda e eu ri — Vamos tomar esse café da manhã logo.

Eu e Samira ficamos a tarde todinha conversando e comendo, tanto que nem vimos o tempo passar. Só vi que já era 19hrs e eu tinha que correr pra me arrumar.